Compreender o que é linfoma e como ele se relaciona com o câncer é fundamental para o diagnóstico precoce, tratamento eficaz e manejo adequado da doença. Embora muitas pessoas associem o linfoma diretamente ao câncer, é importante distinguir entre os diferentes tipos e os métodos de tratamento disponíveis.
Ao receber um diagnóstico de doença no sistema linfático, a primeira coisa que o paciente se pergunta é se o linfoma é câncer. Ele não está errado em ter esse tipo de preocupação, pois o linfoma é uma doença que afeta as células responsáveis por uma das partes mais importantes do sistema imunológico do corpo.
Os especialistas em linfoma dizem que a doença surge misteriosamente, mas alertam que uma das causas mais comuns é a mutação dos genes das células e do DNA. Essa mutação prejudica as células e causa uma divisão catastrófica. O resultado é a febre, suores noturnos, perda de peso inexplicada e fadiga.
Você se pergunta se linfoma e câncer são a mesma coisa? Se existem diferenças entre linfoma e câncer? Não se preocupe, esse texto tirará essas dúvidas de forma clara e objetiva, detalhando o que você precisa saber e como identificar essa doença. Confira!
O que é Linfoma?
O linfoma é uma doença na qual algumas das células que auxiliam o nosso corpo a se defender contra enfermidades começam a crescer de maneira descontrolada.
Essas células ficam doentes e se acumulam nos gânglios linfáticos (que são como pequenas “estações de controle” no corpo) além de outras partes, fazendo com que a pessoa se sinta mal.
É como se as células que normalmente ajudam a proteger o corpo ficassem “doentes” e começassem a atrapalhar em vez de ajudar. Existem dois principais tipos de linfoma:
- Linfoma Não-Hodgkin (LNH): tipo mais comum, ele engloba uma variedade de subtipos e se desenvolve em qualquer parte do sistema linfático. Pode variar em termos de agressividade, desde formas indolentes (lentas) até formas mais agressivas (rápidas).
- Linfoma de Hodgkin: menos comum, ele é caracterizado pela presença de células específicas chamadas células de Reed-Sternberg. Tende a se espalhar de forma previsível, dos linfonodos para áreas adjacentes, e é tratado com sucesso, quando detectado precocemente.
Linfoma é câncer?
Sim, infelizmente o linfoma é classificado como um tipo de câncer, já que o crescimento e a mutação das células formam massas (ou tumores) que se espalham para outras áreas do corpo, deixando a pessoa cada vez mais doente e com risco elevado de vida.
A diferença do linfoma para outros tipos de câncer é que ele começa nas células do sistema linfático, enquanto os demais se originam em praticamente qualquer parte do corpo, como pele, pulmão, mama e próstata.
Enquanto o linfoma é classificado em dois principais tipos, Hodgkin e não-Hodgkin, os demais tipos de câncer são classificados segundo o órgão ou tecido em que começam, como carcinoma (câncer que começa nas células epiteliais), sarcoma (câncer que começa em tecidos conectivos), entre outros.
Os linfomas são considerados tumores “sanguíneos” porque afetam o sistema linfático e se espalham por meio do sangue e da linfa. Já os tumores sólidos, por outro lado, se formam em tecidos maciços, como mamas, pulmões ou fígado.
O linfoma é maligno, ou seja, muito agressivo, quando ocorre o crescimento rápido das massas tumorais, com a capacidade de se espalhar para outros linfonodos e órgãos, desencadeando sintomas agudos, como febre alta, perda de peso inexplicada, suores noturnos e cansaço extremo.
Quais são os sintomas comuns do Linfoma?
Agora que você já sabe que linfoma é câncer, veja alguns dos sintomas mais comuns dessa doença:
- Aumento dos linfonodos, com inchaço ou massas visíveis e palpáveis, frequentemente localizadas no pescoço, axilas ou virilha;
- Febre persistente ou recorrente, sem causa aparente;
- Suores noturnos que podem encharcar a roupa de cama;
- Perda de peso inexplicada, sem mudança na dieta ou no nível de atividade;
- Cansaço extremo e falta de energia que não melhora com o descanso;
- Coceira na pele, que ocorre sem uma razão clara;
- Desconforto ou dor em áreas onde o linfoma está afetando órgãos internos, como o abdômen ou o peito;
- Tosse ou dificuldade respiratória, se o linfoma estiver afetando áreas próximas aos pulmões ou causando obstrução das vias aéreas.
O que leva a pessoa a ter linfoma?
É difícil estipular uma causa certeira para o desenvolvimento do linfoma, porque essa mutação genética ainda não é totalmente compreendida pela comunidade médica.
Por outro lado, os cientistas já detectaram alguns fatores de risco e condições associadas ao desenvolvimento dessa doença. São eles:
- Comprometimento do sistema imunológico: pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como aquelas com HIV/AIDS ou que tomam medicamentos imunossupressores, após um transplante de órgão, têm maior risco de desenvolver linfoma;
- Infecções virais ou bacterianas: certos vírus e bactérias são associados ao linfoma. Por exemplo, o vírus Epstein-Barr (EBV), que causa mononucleose, e o vírus HTLV-1 estão ligados a alguns tipos. A bactéria Helicobacter pylori, que causa úlceras estomacais, está associada ao linfoma de MALT (tecido linfóide associado à mucosa);
- Exposição a produtos químicos: a exposição a certos produtos químicos, como pesticidas e solventes, aumenta o risco;
- Histórico familiar: ter um parente próximo com linfoma sugere uma possível predisposição genética;
- Idade: embora o linfoma ocorra em qualquer idade, o risco aumenta após os 60 anos;
- Doenças autoimunes: como artrite reumatoide ou lúpus;
- Radiação: a exposição à radiação, incluindo tratamentos de radioterapia anteriores;
- Estilo de vida e fatores ambientais: alguns estudos sugerem que fatores como obesidade, tabagismo e dieta influenciam o risco de linfoma, embora as evidências não sejam conclusivas.
Como o diagnóstico do Linfoma é feito?
Caso você esteja experimentando algum dos sintomas do linfoma, procure o médico imediatamente, para que ele realize exames físicos e de imagem. Com eles, você terá um resultado preciso e saberá se realmente está lidando com um câncer.
Entre os exames mais indicados para essa busca, temos:
1. Exame físico
Nesta primeira etapa, o médico realiza um exame de toque físico para verificar se há gânglios linfáticos aumentados no pescoço, axilas, virilha e outras áreas. Ao menor sinal de gânglios inchados, doloridos ou firmes, ele considera a possibilidade de um linfoma.
2. Exames de sangue
Um hemograma completo ajuda a identificar anormalidades no sangue, como anemia ou alterações no número de leucócitos e plaquetas. Além disso, exames bioquímicos avaliam a função hepática e renal, níveis de lactato desidrogenase (LDH) e outros marcadores que podem ser alterados na ocorrência da doença.
3. Biópsia
Este é o principal método para diagnosticar linfoma. Envolve a remoção de uma amostra de tecido de um gânglio linfático afetado por excisão total (remoção do gânglio inteiro) ou parcial. Em alguns casos, é necessário retirar uma amostra da medula óssea para avaliar se o linfoma se espalhou para essa área.
4. Exames de imagem
A Tomografia Computadorizada (TC ou TAC) ajuda a identificar o tamanho e a localização dos gânglios linfáticos aumentados e detecta a enfermidade em outras partes do corpo, como o tórax, abdômen e pelve.
Já a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-Scan) é usada para determinar a extensão do linfoma e monitorar a resposta ao tratamento. Ela utiliza um traçador radioativo que se acumula em células cancerosas, permitindo que os médicos visualizem a atividade metabólica anormal.
Neste caso, também pode ser usada a Ressonância Magnética (RM), que é menos comum que a TC e o PET, mas eficaz em casos específicos, como quando há suspeita de envolvimento do sistema nervoso central (cérebro ou medula espinhal).
5. Exames moleculares e genéticos
A imuno-histoquímica é uma técnica usada para identificar tipos específicos de linfoma, detectando marcadores celulares característicos.
Além disso, a citogenética e FISH (Hibridização In Situ Fluorescente) são feitas para detectar anomalias genéticas associadas a diferentes tipos de linfoma.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento para linfoma considera o estágio da doença, a idade do paciente e algumas condições de saúde anteriores. Felizmente, existem muitas abordagens que permitem ao paciente aumentar as suas chances de sucesso.
Conheças os principais:
1. Quimioterapia
Usa medicamentos potentes para destruir células cancerosas ou impedir que elas se multipliquem. Os medicamentos podem ser administrados por via oral ou intravenosa, e circulam por todo o corpo, o que é útil para tratar o linfoma, que muitas vezes se espalha por várias partes do sistema linfático e outros órgãos.
É o tratamento mais indicado para muitos tipos de linfoma, especialmente quando a doença está em estágios avançados. Também pode ser usada em combinação com outros procedimentos, como radioterapia ou imunoterapia.
Protocolos de quimioterapia como o ABVD (adriamicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina) para linfoma de Hodgkin e CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) para linfoma não-Hodgkin são exemplos comuns.
Infelizmente essa terapia medicamentosa vem com muitos efeitos colaterais, incluindo náusea, vômito, perda de cabelo, fadiga, infecções, e danos a outros tecidos saudáveis. No entanto, muitos desses efeitos são gerenciados com medicamentos de suporte.
2. Radioterapia
Utiliza raios de alta energia para destruir células cancerosas em áreas específicas do corpo. Ela é direcionada diretamente para os gânglios linfáticos afetados ou outras áreas onde o linfoma está presente.
É aplicado nos estágios iniciais do linfoma de Hodgkin, em combinação com a quimioterapia, ou como tratamento isolado em casos de linfoma localizado. Também pode ser usada como terapia paliativa para reduzir sintomas em casos avançados.
Os efeitos colaterais incluem fadiga, irritação da pele no local da radiação, e danos a órgãos próximos ao local tratado (por exemplo, pulmões ou coração, dependendo da área irradiada). A maioria dos efeitos colaterais é temporária, mas alguns podem ser de longo prazo.
3. Imunoterapia
Essa abordagem estimula o sistema imunológico do corpo a atacar as células cancerosas. Existem diferentes tipos de imunoterapia utilizados no tratamento de linfoma:
- Anticorpos monoclonais: medicamentos como o rituximabe se ligam a proteínas específicas na superfície das células cancerosas, marcando-as para destruição pelo sistema imunológico;
- Inibidores de Checkpoint Imunológico: medicamentos como o nivolumabe e o pembrolizumabe liberam “freios” no sistema imunológico, permitindo que ele ataque mais efetivamente as células cancerosas;
- Terapia CAR-T: neste tratamento inovador, as células T do paciente são geneticamente modificadas para reconhecer e atacar as células cancerosas.
A imunoterapia é indicada especialmente para linfomas que não responderam bem à quimioterapia ou radioterapia, ou em casos de recidiva.
Por outro lado, pode incluir reações autoimunes, nas quais o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis, além de fadiga, febre, e sintomas semelhantes à gripe.
Agosto verde-claro:conscientização e prevenção do linfoma
Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Agosto verde claro reúne diversas instituições para educar o público sobre os sinais e sintomas do linfoma.
Ao promover uma maior compreensão sobre esses sintomas, a campanha busca facilitar o diagnóstico precoce, que é crucial para aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido.
Além de informar a população, o “Agosto Verde Claro” também se dedica a oferecer suporte emocional e social às famílias afetadas pelo linfoma. Isso inclui a promoção de recursos, grupos de apoio e assistência que podem ajudar a aliviar o impacto emocional e prático da doença.
A campanha também se empenha em arrecadar fundos para instituições que trabalham no tratamento e na pesquisa do linfoma. Eventos e atividades são organizados para gerar recursos financeiros que sustentam pesquisas avançadas e proporcionam ajuda direta aos pacientes e suas famílias.
Compartilhar histórias de superação e resiliência também faz parte da estratégia para inspirar e engajar as pessoas, fortalecendo a luta contra o linfoma e promovendo um maior entendimento sobre a doença.
Como o seguro de vida pode ajudar nessas situações?
O diagnóstico de linfoma impacta a escolha e contratação de um seguro de vida, pois as seguradoras avaliam o estado de saúde do indivíduo para determinar o risco associado.
Um histórico de linfoma, dependendo do estágio e do prognóstico, leva a prêmios mais altos, exclusões de cobertura ou até recusa de cobertura. Por isso, compreender o diagnóstico é crucial.
Ao contratar um seguro de vida com histórico de linfoma, o paciente deve fornecer informações médicas detalhadas e considerar tipos de apólices que possam oferecer melhores condições, como seguros garantidos ou temporários.
Consultar um corretor especializado pode ajudar a encontrar a melhor cobertura possível, garantindo que o seguro atenda às necessidades pessoais e ofereça a segurança desejada, mesmo diante das complexidades de um histórico de câncer.
Agora que você já sabe que linfoma é cancer, entende provavelmente a importância de cuidar do futuro. Com o Seguro Vida da Seguros Unimed, você garante uma segurança financeira para a sua família, mesmo que já esteja enfrentando um diagnóstico desafiador de saúde. Conheça agora mesmo e se surpreenda!
Existe algum conhecido seu que precisa entender qual a diferença entre linfoma e câncer? Compartilhe esse conteúdo para ajudá-lo!