O leite materno possui todos os nutrientes necessários para a saúde do bebê.
Entre os seus benefícios está a ampla proteção para o recém-nascido se desenvolver. O alimento natural fortalece o sistema imunológico e reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos de idade, de acordo com o Ministério da Saúde.
Até os seis meses de idade, o bebê pode ser alimentado apenas com o leite materno. É justamente isso que fez a enfermeira Ana Caroline Canedo, coordenadora da Unidade Atenção à Saúde e do Programa Nascer Seguro, da Seguros Unimed, e mãe da Luiza, nascida em abril de 2020. “A minha filha mamou exclusivamente e em livre demanda até o sexto mês de vida e continuamos a amamentação rumo aos dois anos”, diz a enfermeira.
Facilmente digerido pelo organismo, o leite materno diminui a ocorrência de cólicas, de alergias, evita diarreia e a desidratação. Também é uma importante fonte de prevenção de doenças: crianças que mamaram na infância têm menor risco de apresentar problemas relacionados a diabetes e hipertensão ao longo de toda a vida.
Saúde combina com tranquilidade
Além de favorecer o bebê, o aleitamento materno contribui para a saúde e bem-estar da mãe. A ocitocina, hormônio liberado durante a amamentação, ajuda a evitar sangramento após o parto e é capaz de aliviar o estresse.
De fato, o vínculo estabelecido na amamentação reforça o afeto, promove aconchego e tranquiliza mãe e filho. “Antes mesmo de ser mãe eu já gostava muito do tema de amamentação, sempre achei lindo ver bebês mamando no peito”, diz a orgulhosa mãe da Luiza.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que seja fornecido leite materno até os dois anos ou mais. Depois do sexto mês, o bebê pode prosseguir em aleitamento materno complementar à alimentação. A cada ano que a mulher amamenta, pesquisas apontam também que o risco de ter câncer de mama reduz em 6%.
Covid-19 e amamentação
A gestação e o aleitamento materno durante a crise de covid-19 mostram-se um desafio a mais para as famílias. A enfermeira Ana Caroline conta a sua experiência ao dar à luz em plena pandemia. “Tudo era muito incerto, tínhamos medo de estar no hospital e ficamos privados de receber visitas.”
Apesar do contexto pandêmico, a amamentação não deve ser interrompida. Para segurança do bebê, os protocolos de proteção devem ser mantidos, como o uso de máscara e a constante higienização das mãos.
Segundo estudos, foram encontrados anticorpos da covid-19 no leite materno de mães que foram vacinadas. Até o momento não foi detectada a transmissão da doença por meio do leite materno.
Dicas para o aleitamento materno
Amamentar nem sempre é fácil. Para superar as dificuldades iniciais, é importante contar com uma rede de apoio a fim de receber orientações. “Os primeiros dias de vida da Luiza foram bem complicados quanto à amamentação, pois durante a apojadura, que é a descida do leite, minhas mamas ficaram muito cheias e empedradas; portanto, ela não conseguia mamar”, relembra Ana Caroline.
“Um dos mitos que eu logo descobri quando a Luiza nasceu era de que a amamentar era do instinto da mulher; essa é a maior mentira que contam para as mães”, diz a enfermeira e mãe.
Para ajudar no processo de aleitamento, Ana Caroline elencou sete dicas importantes às mães.
- Durante a gravidez, recorra a informações de fontes qualificadas a respeito da amamentação: mitos, benefícios para a mãe e o bebê, os principais problemas e como identificá-los.
- Ao procurar profissionais para acompanhar a sua gravidez e, posteriormente, o crescimento do bebê, opte pelos que são pró-amamentação, pois contribuem com direcionamentos adequados.
- Busque consultoria profissional capacitada no manejo da amamentação. Ela fornece orientações como as melhores posições para mamar, além de realizar uma avaliação da mãe e do bebê. Caso você não tenha recursos para contratar uma consultoria ou o seu plano de saúde não disponha desse benefício, procure em sua cidade o banco de leite humano, onde costuma haver esse tipo de auxílio à população.
- Tenha uma boa rede de apoio: os primeiros dias de um recém-nascido exigem bastante esforço dos novos papais e mamães. Os cuidados com o bebê tomam muito tempo, então para que esse momento seja mais tranquilo, organize-se bem ainda na gravidez. Durante o puerpério (a fase após o parto), vale a pena receber ajuda de pessoas próximas para manter o funcionamento da casa a fim de que a mãe possa se dedicar ao recém-nascido e consiga descansar nos momentos em que ele dorme, pois as madrugadas costumam ser cansativas.
- Não hesite em procurar ajuda aos primeiros sinais de dificuldades com a amamentação. Quanto mais tempo você levar para identificar problemas no aleitamento, maior será a chance de desmame.
- Confie em você e no seu corpo: ele está preparado para fornecer o mais rico alimento para o bebe. Não existe leite fraco! Até o sexto mês de vida não há necessidade de complementar o leite materno com água, suco ou chá.
- Conecte-se com o seu filho: aos poucos, a mãe vai entender cada chorinho, cada necessidade da criança e vai perceber que amamentar não é apenas para matar a fome. Além de se alimentar, quando o bebê quer o peito ele pode desejar também matar a sede, se sentir seguro, dormir, relaxar e perceber o cheirinho da mamãe. Aproveite esses momentos!
Apoio da Seguros Unimed
Por meio do Programa Nascer Seguro, beneficiárias da Seguros Unimed contam com acompanhamento individualizado do período de planejamento familiar ao pós-parto. As iniciativas incluem cursos, monitoramento e visita domiciliar.
Quem tem dúvidas ou receio de amamentar pode entrar em contato com a equipe do Nascer Seguro para receber orientações e se sentir confiante no momento mais especial da vida de uma família. Clique no site do Nascer Seguro para conhecer todos os cuidados oferecidos e fazer a sua inscrição no programa.
Saiba mais, também, sobre o seguro de vida mulher, que oferece segurança e tranquilidade, para que você tenha o suporte e o apoio adequados nos momentos em que mais precisar.
Aproveite para rever aqui o depoimento emocionante da Ana Caroline sobre os desafios da amamentação.