Com milhares de mortes pelo mundo, o Coronavírus ou Sars-CoV, é um dos principais motivos de estudos de médicos e cientistas.
O motivo de tanta dedicação é, para além de encontrar vacinas mais eficazes e remédios homeopáticos, prever quais serão as próximas cepas dos vírus, ou seja, mutações que ocorrem no código genético e alteram, ou não, a gravidade de quem contrai a doença.
Sempre que um vírus realiza suas cópias nas células humanas, ele está sujeito a erros que levam a mutações de seu código genético. Essa mutação que dá origem a uma nova variante.
Quando a variante é detectada, os esforços vão para entender como ela age no sistema imunológico do ser humano, que males pode trazer e como a doença pode ser controlada.
Estes estudos são feitos diariamente e, segundo a OMS, o objetivo é priorizar o monitoramento e pesquisa, à nível global, para estancar qualquer processo que aumente os casos da doença durante a pandemia.
Entenda quais são as variantes da Covid-19
Embora novas variantes da Covid-19 estejam surgindo, ainda não é totalmente compreendido como o vírus está se tornando cada vez mais infeccioso.
Com isso, as variantes, como Delta e Ômicron, aparecem com mais frequência. Geralmente, elas conseguem isso por meio de alterações na proteína spike externa, que é o principal alvo de nossos anticorpos.
Assim como acontece com os vírus da gripe em seres humanos, podemos ver o surgimento de novas variantes que escapam da imunidade. Com isso, elas podem provocar novas ondas de infecções.
Dito isso, entenda melhor quais são as recentes variantes da Covid-19.
Variante Delta
A variante Delta foi descoberta na Índia, durante uma forte onda de Covid-19, que atingiu o país na primavera de 2021.
Essa variante se espalhou rapidamente pelo mundo, sendo mais transmissível que o vírus original e mais infecciosa do que as primeiras cepas.
O que alguns especialistas dizem é que o vírus ainda está procurando formas de se adaptar ao hospedeiro humano.
Estudos sugerem que a Delta teve ganhos significativos no que diz respeito à sua aptidão. Com isso, aperfeiçoou sua capacidade de infectar células humanas e, consequentemente, se espalhar entre as pessoas.
Quando comparada às primeiras variantes, a Delta se multiplica muito mais rápido e em níveis mais elevados. Inclusive, ela ultrapassa respostas imunológicas iniciais contra o vírus.
Variante Ômicron
A mais recente variante da Covid-19 é a Ômicron, que está causando sintomas mais leves do que as variantes anteriores.
A maioria dos pesquisadores acreditava que as próximas variantes seriam “filhas” da Delta, mas não foi isso que aconteceu, já que na verdade surgiu a Ômicron.
A variante Ômicron foi identificada na África do Sul, no final de novembro de 2021.
Embora não tenha sido comprovado onde a variante realmente surgiu, as autoridades de saúde a relacionaram a um surto centralizado na própria África do Sul.
A Ômicron está sendo estudada por cientistas em todo o mundo para avaliar a real ameaça que ela representa à população.
Devido ao grande aumento de casos da Ômicron na África do Sul, é possível que ela tenha uma vantagem de aptidão em relação a Delta.
Além disso, pesquisadores suspeitam que o crescimento da Ômicron pode ser devido a sua capacidade de infectar pessoas que estão imunes à Delta.
Vale ressaltar que não há indicação de testes de rotina que identifiquem a variante. Este tipo de estudo é feito por amostragem e para fins de vigilância apenas.
As vacinas de Covid-19 funcionam contra as variantes?
Existem evidências de estudos de laboratório de que algumas respostas imunológicas impulsionadas pelas vacinas atuais podem ser menos eficazes contra algumas variantes.
Isso porque a resposta imune envolve diferentes componentes, como as células B que produzem anticorpo e células T que podem reagir às células que estão infectadas.
Porém, a redução em uma delas não significa que as vacinas não oferecerão proteção.
É importante que as pessoas que receberem as vacinas mantenham-se atentas às mudanças nas orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e outros órgãos de saúde.
Assim, é possível continuar com as precauções de segurança contra o coronavírus para reduzir o risco de infecção.
É importante deixar claro que todos os anos lidamos com mutações para o vírus da gripe e, no caso da Covid-19, as autoridades responsáveis também ficaram de olho.
Se acontecer alguma grande mutação, acontecerá o processo de desenvolvimento de novas vacinas para lidar com as mudanças, se necessário.
Vale dizer que, até o momento, as vacinas oferecidas são eficazes contra as variantes que estão em circulação.
Isso porque foi verificado que elas estimulam de forma eficaz a resposta imunológica. Com isso, diminui a gravidade da infecção.
Porém, novos estudos estão sendo feitos para avaliar a duração da imunidade que as vacinas promovem em relação às novas variantes.
Enquanto isso, os órgãos de saúde dos governos indicam que os cuidados — que estão sendo indicados desde o início da pandemia — continuem. Sendo que os principais deles são:
- Distanciamento social;
- Higiene das mãos com frequência, com água e sabão ou álcool em gel;
- Tomar as vacinas segundo calendário;
- Usar máscara em locais públicos, especialmente em locais fechados;
- Ficar em casa se sentir indisposto;
- Cobrir nariz e boca com o braço dobrado ou utilizar um lenço ao tossir ou espirrar.
Ao tomar todos os cuidados citados acima, você diminui o risco de pegar e transmitir qualquer nova variante que surja.
Mas, afinal de contas, será que realmente existe o risco de novas variantes surgirem?
Novas variantes da Covid-19 ainda podem surgir?
Estamos presenciando o surgimento de diferentes variantes da Covid-19, que estão espalhando ondas de infecções em todo o mundo.
Portanto, embora não exista uma garantia de que novas variantes irão surgir, há muitos motivos para pensar que isso acontecerá durante o ano de 2022.
Inclusive, não é possível saber se as possíveis novas variantes serão mais ou menos perigosas.
O coronavírus precisa infectar o maior número de pessoas para que continue a existir. Logo, as variantes que são melhores para propagá-lo irão superar as outras anteriores.
Quando o vírus começou a se espalhar pelo mundo, em média, cada pessoa infectada por ele infectou duas ou três outras pessoas. Já a variante Delta infecta seis ou sete pessoas. Enquanto que a Ômicron parece ser ainda mais contagiosa.
No entanto, vale ressaltar que as pessoas em todo o mundo já possuem acesso a vacinas e isso pode ajudar a combater novas variantes. E, caso seja necessário, novas vacinas serão desenvolvidas.
Tenha em mente que o surgimento de novas variantes acontece com qualquer vírus.
Os cientistas estão acompanhando as novas variantes desse coronavírus conforme evolui. Enquanto isso, cuide-se e siga as recomendações para evitar a Covid-19!