Dentro de cada dente, existe uma estrutura viva e delicada que muitas vezes passa despercebida: a polpa dentária. Esse tecido, repleto de nervos e vasos sanguíneos, é responsável pela vitalidade dos dentes e pela resposta imediata a estímulos externos.
Um simples desconforto pode ser um sinal de que algo está errado nessa região, com alta sensibilidade dentária. Compreender a anatomia, fisiologia e patologia da polpa é importante para o diagnóstico e tratamento das doenças pulpares.
Afinal, quando ela é afetada, as implicações podem ser profundas, exigindo atenção rápida e cuidados adequados. Quer entender por que ela é tão importante e como protegê-la? Então vamos explorar mais sobre o tema!
O que é a polpa dentária?
A polpa dentária é o tecido interno do dente, localizado no centro de sua estrutura. Ela é composta por nervos, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo, sendo responsável por nutrir e manter o dente vivo.
Qual é a função da polpa?
Sua função principal é fornecer sensibilidade e detectar estímulos como temperatura, pressão ou dor.
A polpa está protegida por camadas rígidas, como a dentina e o esmalte, mas, quando exposta a lesões ou cáries profundas, pode inflamar ou infeccionar, causando dor intensa. Além disso, ela é essencial para o desenvolvimento dos dentes na infância e adolescência, contribuindo para a formação da dentina. Outras funções importantes são:
- Nutrição: fornecimento de nutrientes e oxigênio através de seus vasos sanguíneos;
- Defesa: proteção contra agressões externas. Neste caso, ela pode reagir com uma inflamação em resposta às agressões. É comum haver pus, extrema sensibilidade e mau odor.
- Formação: também é responsável pela produção da dentina — outro tecido que faz parte da estrutura do dente —, e pelo processo de amadurecimento e anatomia deles no geral.
Por que a polpa do dente dói?
A dor é, na verdade, uma reação às lesões e inflamações nos nervos que formam esta parte do corpo. Tais lesões podem ser relacionadas a cáries e tratamento de canal mal realizados ou que culminaram em traumas.
A abrasão, que é o desgaste excessivo do esmalte dentário, pode expor a dentina e a polpa, tornando os dentes mais sensíveis a temperaturas extremas, como o frio e o calor.
Essa dor pode variar em intensidade e tipo, dependendo da causa e da extensão da inflamação. Os sintomas mais comuns incluem:
- Espontânea: surge sem causa aparente e pode ser intensa;
- Pulsátil: aumenta e diminui em intensidade;
- Ao mastigar: a pressão exercida ao mastigar pode aumentar a intensidade;
- Inchaço na face: em casos mais graves, pode ocorrer inchaço na face próximo ao local afetado e até mesmo febre.
Veja mais: Dor ou dificuldade ao mastigar: entenda quais podem ser as causas
Quais problemas podem afetar a polpa dentária?
Diversos fatores podem afetar a saúde bucal, provocando desconfortos e danos significativos ao longo do tempo. Entender essas questões é essencial para evitar complicações mais graves. Os principais problemas gerados são:
- Cárie avançada: quando não tratada, a cárie pode atingir a dentina e alcançar a polpa, expondo-a a bactérias e toxinas. Isso pode causar inflamação (pulpite) e, em casos graves, necrose pulpar.
- Traumas dentários: impactos diretos, como quedas ou pancadas, podem lesionar, provocando sangramentos internos, inflamações ou até a morte do tecido pulpar.
- Fraturas ou fissuras no dente: rachaduras expõem a polpa a agentes externos, aumentando o risco de infecções e sensibilidade extrema.
- Doenças periodontais avançadas: infecções na gengiva e nos tecidos de suporte podem progredir para a raiz, afetando por meio dos canais radiculares.
- Procedimentos odontológicos mal-executados: intervenções como restaurações excessivas ou desgastes profundos podem irritar ou danificar, causando inflamação ou dor persistente.
- Reabsorção interna: esse processo ocorre quando as células responsáveis pela manutenção começam a destruir o próprio tecido, geralmente de forma silenciosa e progressiva.
- Exposição prolongada a estímulos térmicos ou químicos: a exposição constante a temperaturas extremas ou substâncias químicas irritantes pode comprometer a vitalidade dessa estrutura.
O que é pulpite?
A pulpite é uma inflamação na polpa dentária, que ocorre quando ela está irritada ou infectada por cáries dentárias profundas ou já desenvolvidas e sem o tratamento adequado ou outros traumas no dente.
Essa inflamação compromete a saúde bucal do paciente e provoca dores intensas, sensibilidade e desconforto ao mastigar alimentos e até mau hálito. Existem dois tipos:
- Reversível: quando a irritação é temporária, geralmente indica a presença de cárie em estágio inicial.
- Não reversível: quando a cárie está avançada, é necessário realizar um tratamento de canal ou outro procedimento recomendado pelo dentista.
O tipo de tratamento varia de acordo com o estado da inflamação. Em casos mais extremos, pode acontecer o comprometimento de ossos e gengivas, levando até mesmo à perda.
Como diferenciar a pulpite aguda da crônica?
As inflamações se diferenciam pela duração, intensidade da dor e evolução. A pulpite aguda surge rapidamente, provoca dores intensas e está associada a cáries profundas, traumas locais ou infecções bacterianas, podendo piorar com alimentos frios e doces.
Por outro lado, a pulpite crônica se desenvolve gradualmente, causa dores menos intensas e intermitentes, geralmente em ciclos, e pode progredir para necrose pulpar, resultando na morte do tecido, caso não seja tratada.
O que acontece quando estamos com a polpa do dente exposta?
Quando a polpa dentária está exposta, é importante redobrar os cuidados, pois essa condição pode causar diversos problemas. Para determinar se ela está viva ou morta, é necessário consultar um especialista, que realizará os exames clínicos necessários.
Se estiver viva, o dentista avaliará a extensão da lesão e indicará o tratamento mais adequado, que pode variar entre a aplicação de um material protetor ou a realização de um tratamento de canal.
Além disso, é preciso adotar cuidados preventivos, como manter uma boa higiene bucal, realizar visitas regulares ao dentista e seguir uma alimentação balanceada, evitando alimentos duros ou pegajosos que danifiquem o esmalte.
Quais são os tratamentos comuns para problemas na polpa dentária?
Identificar o tratamento ideal para problemas internos pode fazer toda a diferença na recuperação. Veja a seguir quais são eles!
- De canal: remove o tecido infectado, limpa, desinfeta e preenche o espaço com uma substância adequada. Neste caso, é colocada uma coroa dentária para proteção.
- Extração: em casos de infecções graves, o dentista remove e insere um implante ou ponte no local, garantindo a estética do paciente;
- Pulpotomia e pulpectomia: realizado em dentes provisórios (de leite), o procedimento envolve a remoção parcial ou total da polpa, dependendo da gravidade e das condições do tecido pulpar.
Como prevenir doenças relacionadas à polpa dentária?
Para prevenir, é importante manter a higiene em dia, como os seguintes passos:
- Faça a escovação sempre após as refeições e, no mínimo, 3 vezes ao dia.
- Escolha uma escova macia e um bom creme dental;
- Use fio dental;
- Evite consumo excessivo de alimentos com açúcares;
- Faça consultas periódicos com seu dentista;
Agora que você conhece as funções e principais problemas relacionados à polpa dentária, é importante contar com um bom convênio odontológico para consultas de rotina e emergências.
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