Dificilmente os pais identificam que o filho precisa de algum tratamento ortodôntico, principalmente quando ele tem entre 5 e 7 anos. Portanto, é importantíssimo levar a criança até um Odontopediatra nessa idade para evitar que problemas simples se tornem maiores no futuro.
Esperar que todos os dentes permanentes irrompam ou até que o crescimento facial esteja completo pode tornar a correção de alguns problemas mais difícil ou até limitada. Praticamente 60% da face já está pronta até os 4 anos de idade e 80% até os 6 anos.
Mordida cruzada anterior
Acontece quando os dentes da frente estão cruzados, o que provoca uma inversão da relação da mordida dos dentes de cima e de baixo. Nesse caso, quando a criança está com a mordida fechada, os incisivos inferiores ficam à frente e cobrem os superiores.
Se o tratamento não for feito enquanto a criança ainda está em fase de crescimento, essa condição pode levar à necessidade de uma cirurgia ortodôntica futuramente.
Mordida cruzada posterior
Esse problema ocorre quando a inversão na mordida está entre os dentes de trás superiores e inferiores. Faz-se uma analogia da mordida com uma caixa de sapato, como se a tampa não conseguisse cobrir a caixa por fora. Pode ser unilateral (só de um lado da arcada) ou bilateral (dos dois lados). Ambos os casos necessitam de tratamento precoce.
Com certeza, esse é um dos problemas mais graves e deve ser tratado cedo, pois provoca danos irreversíveis na articulação temporomandibular, aumenta a incidência de dores de cabeça e causa restrição do posicionamento mandibular.
Mordida aberta
Provocada quando os dentes da frente não se tocam, pode ser associada à mordida cruzada posterior. As principais causas são: hábito prolongado de chupar chupeta e/ou o dedo (acima de 4 anos de idade), respiração pela boca, postura inadequada da língua durante o repouso ou deglutição.
Em 80% dos casos, a mordida aberta se autocorrige com a interrupção do uso de chupeta e de mamadeira até os quatro anos de idade. Se o tratamento for adiado para a dentição permanente, o problema corre o risco de não ser resolvido da forma correta, por ser uma anomalia complexa e de difícil tratamento.
Perda precoce dos dentes de leite
Esse problema se dá quando o(s) dente(s) de leite é (são) perdido(s) antes do tempo certo, seja por cárie externa, esfoliação precoce da sua raiz (reabsorção) ou até mesmo por acidente.
Por serem menos mineralizados que os dentes permanentes, as cáries evoluem rapidamente nos dentes de leite. Isso pode ser evitado com bons hábitos alimentares, diminuição no excesso de açúcares e refrigerantes, além de bons hábitos de higienização oral e visitas regulares ao odontopediatra.
Os dentes de leite têm a importante função de guiar a erupção do dente permanente e guardar o espaço até que ele se desenvolva e esteja pronto para nascer. Quando há a queda precoce, é fundamental que os pais levem a criança ao dentista para que ele avalie a necessidade de instalar algum dispositivo que o substitua e evite a movimentação errada dos outros dentes de leite, fato que poderia atrapalhar o nascimento dos novos.
Retenção prolongada dos dentes de leite
Percebido mais tardiamente, a partir dos seis anos, ocorre quando os dentes de leite não caem, o que atrapalha a erupção (nascimento) do seu sucessor permanente.
Nesses casos, o correto é ter paciência e realizar uma radiografia para acompanhar a reabsorção do dente de leite e a formação da raiz do dente permanente que está nascendo. É importante também estimular a criança a comer alimentos mais fibrosos, sempre mastigando muito bem.
Responsável Técnica:
Dra. Renata Peixinho – CROSP 97388
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