Das articulações do nosso corpo, o joelho é uma das que merece atenção redobrada, já que possui a maior incidência de lesões.
Formado por ligamentos, meniscos, músculos, tendões e uma série de outros componentes que lhe dão estabilidade, ele é capaz de suportar as diversas forças que atuam na junção.
Durante a corrida, a cada contato dos pés com o solo ocorre uma força de reação, em torno de 1,5 a 5 vezes o peso corporal. Se fizermos uma conta rápida com um homem que pesa 70 kg e multiplicarmos pela força de reação, teremos um valor próximo de 250 kg ou mais agindo sobre essa articulação.
Se a pessoa está acima do seu peso ideal, e inicia o treinamento sem orientação, sem preparo muscular, quanto será que essa articulação sofrerá?
Qualquer pequeno desalinhamento no membro inferior, deficiência de força muscular, volume exagerado no treinamento, falta de descanso adequado, pode causar problema ao corredor. As dores e incômodos devem ser investigados para que, a médio e longo prazo, o atleta não seja obrigado a diminuir o ritmo e até mesmo ficar fora de treinos e provas.
Exercícios de reforço como musculação são benéficos, principalmente aqueles que trabalham os músculos que fazem a extensão do joelho. Sem esquecer, também, da região posterior da coxa, importante para manter o equilíbrio muscular entre a região da frente da coxa e a de trás. Exercícios funcionais, treinamento sensório motor são outras opções que podem ser associadas à musculação, melhorando a qualidade muscular em geral.
Tudo isso, deve estar relacionado ao seu treinamento específico para corrida. Um profissional especializado saberá dosar o volume e a intensidade adequada, respeitando as características individuais de cada corredor.