A Fissura Labial ou Fenda Palatina, mais conhecida como Lábio Leporino, é uma má formação genética que pode ocorrer durante a gestação. Ela não permite o fechamento completo das partes do rosto do feto, formando uma fenda abaixo do nariz e podendo atingir todo o céu da boca. Apresenta uma abertura que se inicia na lateral do lábio superior e divide-se em duas partes. Esta fenda pode se limitar ao lábio ou se prolongar até o espaço (Sulco) entre os dentes anteriores, gengiva, maxilar e nariz.
O motivo do aparecimento da fissura ainda é indeterminado. O consumo de álcool, algumas doenças maternas durante a gestação, uma deficiência nutricional severa, o fumo, a hereditariedade e a radiação podem provocar o desenvolvimento.
Quais as consequências?
A fissura labial não pode ser considerada somente como um fator estético. A deformidade causa vários problemas respiratórios, má nutrição, dificuldades de fala e audição e alterações na arcada dentária, sem contar os problemas de cunho psicológico e social.
Qual o tratamento?
O principal procedimento é a intervenção cirúrgica. Atualmente, graças ao aperfeiçoamento do ultrassom, é possível identificar o problema ainda na barriga da mãe, permitindo que, logo após o nascimento, a cirurgia corretiva seja iniciada. Um recém-nascido que apresente a fissura é tratado logo após o nascimento (nas primeiras 72 horas).
Depois o tratamento se prolonga. É realizado em etapas e finalizado somente após o desenvolvimento completo dos ossos da face. Durante o período, a criança deve ser acompanhada por alguns especialistas como cirurgião bucomaxilofacial, ortodontista, cirurgião plástico, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, além de um psicólogo. Também é importante tranquilizar os pais, fornecendo informações sobre as possibilidades de tratamento e a espera pelo desenvolvimento da criança.
Enquanto aguarda pelo final da reconstituição, a criança usa um aparelho ortodôntico que cobre a fenda palatina e permite que ela se alimente e interaja sem dificuldades. O acompanhamento odontológico e ortodôntico é muito importante, não só para preservar a estrutura dentária, mas também para melhorar a qualidade de vida da criança.
Responsável Técnica:
Ana Paula Lima da Silva – CROSP 101572