O dente do siso, geralmente, nasce quando temos entre 16 e 20 anos de idade. Como coincide com uma fase da vida que compreende a transição entre a adolescência e a idade adulta, é popularmente chamado de dente do juízo.
Com a arcada dentária praticamente formada, pode ser que os dentes do siso não encontrem o espaço necessário para se desenvolver. E é aí que podem surgir alguns problemas, como inflamações, dor ou inchaço.
Continue a leitura para descobrir como é o processo de desenvolvimento dos últimos molares e o que deve ser feito se eles causarem desconforto.
Sinais de que o dente do siso está nascendo
Como dissemos, os dentes do siso costumam erupcionar entre os 16 e 20 anos. No entanto, isso não é um padrão e o nascimento completo varia de acordo com a estrutura da arcada de cada indivíduo.
É por isso que os sinais de que ele está aparecendo podem ser bem nítidos para alguns e, por outro lado, leves ou assintomáticos para outros. Quando os sintomas são aparentes, tendem a ser os mesmos em comparação ao surgimento dos primeiros dentes de leite:
- Dor na gengiva;
- Inchaço no local;
- Vermelhidão;
- Estado febril.
No entanto, pode ser que o dente do siso não cause nenhum desconforto aparente. Isso acontece, geralmente, quando ele erupciona parcialmente ou não chega a ultrapassar a película da gengiva.
Neste último caso, apenas um exame de raio-x pode confirmar a presença do molar. É por isso que devemos sempre manter a frequência de consultas com o dentista. O profissional será capaz de avaliar se o dente pode ou não causar problemas.
Vale dizer que a fisiologia humana conta com 4 dentes do siso: 2 na parte posterior da boca e 2 na parte inferior. O tempo em que cada um demora pra nascer pode variar e, em alguns casos, ultrapassar o limite de idade mencionado.
Vale dizer que ainda existem alguns casos em que o dente do siso simplesmente não nasce, tampouco fica dente incluso. Isto é denominado agenesia dos sisos, termo usado por especialistas para se referir à ausência da formação desse molar.
Problemas que o dente do siso pode causar
A maioria dos problemas que ele pode causar acontece quando a erupção é incompleta ou parcial. O mais comum é a pericoronarite, inflamação dos tecidos moles que ficam ao redor do dente.
Ainda pode ocorrer a inflamação na gengiva, desenvolvimento de abcessos e, em alguns casos, o trismo (dificuldade para abrir a boca). Outra queixa recorrente relacionada ao siso é o mau-hálito, que pode ocasionar das seguintes condições:
- Presença de bactérias nocivas no local;
- Dificuldade de escovação;
- Presença de tártaro ou cárie.
Dores de cabeça e dor de ouvido são outros sintomas que podem estar associados ao molar. O dente do siso pode, ainda, criar problemas estruturais na região da mandíbula e maxilar.
Isso sem contar na pressão nos demais dentes, que pode fazer com que eles entortem durante a erupção.
O próprio siso pode entortar ou até mesmo ficar retido no osso do maxilar. Quando isso acontece, a tendência é que ele absorva as raízes do dente ao lado e provocar o enfraquecimento do seu vizinho.
Ele pode, ainda, desencadear o nascimento de tumores, sobretudo no osso que o sustenta.
O que fazer para evitar que o siso provoque problemas
O primeiro passo que você deve dar é agendar uma consulta com seu dentista. O profissional fará uma avaliação clínica da sua estrutura dentária para averiguar a presença ou nascimento do siso.
O raio-X panorâmico é grande aliado nessa detecção. O exame é simples, indolor e tem como objetivo promover o acesso à estrutura da sua arcada dentária.
Se você tem 16 anos ou mais, é importante frequentar o dentista na frequência orientada por ele. Assim, será mais fácil acompanhar o desenvolvimento do dente e solucionar problemas antes mesmo de eles surgirem.
Em alguns casos, a cirurgia para extração é recomendada, principalmente quando o nascimento do siso provoca dores e inflamações recorrentes. Esse processo é indolor e realizado mediante anestesia local.
E se o siso crescer saudável e por completo? Nesse caso, a extração só é indicada se ele provocar tensão entre os demais dentes, fazendo com que eles entortem.
No entanto, se ele estiver bem posicionado e não provocar impactos estruturais, o cuidado que você deve ter é com a higienização adequada. Escolha uma escova com cerdas macias e que alcance o último molar.
Agora você já sabe que o dente do siso deve ser acompanhado com atenção especial de um dentista. Lembre-se de que a saúde bucal interfere diretamente na nossa saúde mental, qualidade de vida e no bom funcionamento de outros órgãos.
É fundamental manter a rotina de consultas, mesmo se você não sente dores ou incômodos. Conte com a Unimed Odonto para ter acesso aos melhores dentistas com um plano odontológico na medida certa para você e sua família.
O que pode causar um dente podre?
Normalmente quando o dente não é limpo regularmente pode causar bactérias bucais criando uma camada esbranquiçada dissolvendo o esmalte dentário e se prolongando para um dente podre com cáries. É importante acompanhar e ver se este dente não está afetando outros. As bactérias geralmente atacam a polpa no centro do dente e pode progredir para uma infecção e precisar de um tratamento de canal.
Tratamentos eficazes para o dente do siso
Os tratamentos para o dente do siso variam dependendo da situação. Se o dente estiver erupcionando normalmente e não estiver causando problemas, pode não ser necessário nenhum tratamento além de monitoramento regular pelo dentista. No entanto, se o dente estiver impactado (preso sob a gengiva) ou causando dor e problemas, a extração cirúrgica é frequentemente recomendada.
A extração do dente do siso é um procedimento comum, geralmente realizado por um cirurgião dentista. Primeiro, o profissional fará uma avaliação da posição do dente e possíveis complicações, como a proximidade a nervos ou outros dentes. Em seguida, é administrada anestesia local ou geral para garantir o conforto durante o procedimento.
Durante a extração, o cirurgião fará uma incisão na gengiva para acessar o dente e, se necessário, removerá parte do osso ao redor do dente para facilitar a extração. O dente é então removido cuidadosamente, podendo ser necessário dividi-lo em pedaços menores para facilitar a extração em casos mais complicados.
Após a extração, é comum sentir algum desconforto e inchaço, que geralmente podem ser aliviados com analgésicos e compressas frias. É importante seguir as instruções do dentista para cuidados pós-operatórios, como evitar enxaguar a boca vigorosamente, evitar alimentos duros e manter a área limpa para prevenir infecções.
Em casos raros de complicações, como infecções graves ou danos a nervos adjacentes, podem ser necessários tratamentos adicionais, como o uso de antibióticos ou intervenções cirúrgicas adicionais.