A anestesia garante que o paciente enfrente procedimentos mais invasivos no dentista, sem sofrer com dores e desconfortos. Usada principalmente nas cirurgias, durante extrações, restaurações e tratamento de canal, ela bloqueia temporariamente as terminações nervosas, responsáveis por enviar os sinais de dor para o cérebro. Veja como ela funciona!
O medo da anestesia do dentista é um sentimento comum entre os pacientes que visitam o consultório. Isso porque muitos têm receio de sentir dor durante o procedimento, enquanto outros temem possíveis reações adversas ao medicamento. Mas será que esse medo é realmente justificado?
Segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), os anestésicos utilizados em consultórios odontológicos são extremamente seguros. Hoje, os anestésicos locais são testados e desenvolvidos para causar o mínimo desconforto possível. Por isso, reações alérgicas ou complicações graves são raríssimas, especialmente quando administradas por um profissional qualificado.
No entanto, para quem sofre de ansiedade severa ou fobia de agulhas, o medo da anestesia dental parece incontrolável, mesmo que os riscos sejam mínimos. Nesses casos, conhecer um pouco melhor o assunto reduz a ansiedade e ameniza a tensão durante o procedimento.
Pensando nisso, preparamos os tópicos seguintes com informações sobre como funciona a anestesia no dentista, tipos de anestesia odontológica e dicas para relaxar na hora da anestesia. Confira!
O que é anestesia do dentista?
É uma técnica usada para bloquear a dor durante procedimentos odontológicos, como restauações, extrações e tratamentos de canal. Ela é essencial para garantir que o paciente fique confortável e sem dor enquanto o dentista realiza o tratamento necessário.
A anestesia local, a mais comum, é aplicada diretamente na área a ser tratada; ou seja, o dentista injeta um anestésico com uma pequena agulha nas proximidades do nervo responsável por transmitir a sensação de dor.
Em poucos segundos o anestésico fica ativo e bloqueia temporariamente a transmissão dos sinais de dor para o cérebro, permitindo que o paciente não sinta desconforto durante o tratamento.
O anestésico começa a fazer efeito em poucos minutos e pode durar de 1 a 2 horas, dependendo do componente utilizado.
Tipos de anestesia utilizados pelo dentista
É impossível definir previamente qual anestesia será usada pelo dentista, já que o cirurgião primeiro avalia o paciente e depois define qual sedativo encaixa melhor no procedimento que será realizado.
Nesse sentido, existem 3 principais tipos de anestesias esclarecidos abaixo:
1.Anestesia local
Como já citamos, a anestesia local é a mais comum no consultório do dentista. Isso porque ela é muito rápida e prática, servindo para bloquear a dor em uma área específica da boca durante procedimentos como:
- Restaurações;
- Extrações dentárias;
- Tratamentos de canal.
O dentista aplica o anestésico diretamente no local e ele bloqueia os nervos que transmitem a sensação de dor, permitindo que o paciente fique consciente durante o tratamento, mas sem sentir dor na área tratada.
2.Sedação
A sedação, também conhecida como sedação consciente, é aplicada em pacientes que têm medo ou ansiedade de ir ao dentista.
Nesse sentido, existem diferentes níveis de sedação, desde o leve, que causa relaxamento, até o moderado, que faz o paciente ficar sonolento, mas ainda acordado e capaz de responder a comandos.
A sedação pode ser feita por via oral (com comprimidos), inalatória (com óxido nitroso, o “gás do riso”), ou intravenosa (com medicamentos injetados diretamente na corrente sanguínea). Ela é combinada com o anestésico local para bloquear a dor, mas ajuda o paciente a relaxar durante o procedimento.
3.Anestesia geral (menos comum)
A anestesia geral é usada em casos mais complexos ou em pacientes com necessidades especiais que não podem ser tratados com anestesia local ou sedativa. Ela faz com que o paciente fique completamente inconsciente e insensível à dor durante todo o procedimento.
Por ser mais invasiva e exigir monitoramento hospitalar, a anestesia geral é menos comum em consultórios odontológicos e reservada para cirurgias mais complicadas, como a remoção de múltiplos dentes ou tratamentos em pacientes com condições médicas específicas.
Como o dentista administra a anestesia?
Antes de administrar o anestésico, o dentista faz uma avaliação completa do paciente. Isso inclui perguntas sobre alergias, histórico médico, medicamentos em uso e possíveis condições que influenciam o tipo de anestesia a ser escolhido.
A partir daí ele:
- Escolhe o tipo adequado de anestésico com base na avaliação inicial;
- Limpa a área da injeção com uma solução antisséptica para evitar infecções. Em seguida, pode aplicar um anestésico tópico (em forma de gel ou spray) na gengiva para minimizar o desconforto da picada da agulha;
- Injeta a solução anestésica na gengiva, perto do nervo que precisa ser anestesiado. A injeção é feita lentamente para garantir que o anestésico se espalhe de forma eficaz e o paciente sinta o mínimo de desconforto possível;
- Aguarda alguns minutos até que a anestesia adormeça a área do procedimento, e com a confirmação do paciente, a operação pode ser iniciada.
Cuidados pré e pós-anestésicos para pacientes
Para a anestesia local, não é necessário jejum, mas em casos de sedação consciente ou anestesia geral, o dentista pode solicitar que o paciente fique em jejum por algumas horas antes do procedimento.
Antes da consulta, o paciente deve informar ao dentista qualquer alergia, especialmente a medicamentos ou anestésicos. Condições médicas pré-existentes, como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas ou respiratórias, também devem ser comunicadas, pois afetam a escolha do anestésico.
Pacientes que usam medicações diárias, como anticoagulantes, remédios para hipertensão ou outros medicamentos importantes, também devem informar o dentista, pois é necessário ajustar o tratamento para evitar interações com a anestesia.
Recomendações após receber a anestesia:
Após receber a anestesia do dentista, especialmente no caso de sedativos ou anestésicos mais fortes, o paciente deve evitar dirigir ou operar máquinas até que os efeitos tenham passado completamente, pois a sedação pode prejudicar os reflexos e o julgamento.
É importante estar atento a sinais de complicações, como:
- Dor intensa;
- Inchaço;
- Dificuldade para respirar;
- Reações alérgicas.
Se qualquer um desses sintomas aparecer, é necessário procurar ajuda médica imediatamente.
Quais complicações estão associadas à anestesia?
A anestesia odontológica, como qualquer intervenção médica, pode ter suas complicações.
Entre os possíveis problemas, estão as reações alérgicas, que variam desde erupções cutâneas e coceiras até reações graves como anafilaxia. Além disso, pode ocorrer lesão nervosa, levando a dormência ou dor persistente na área tratada.
Hematomas são outra preocupação, causados pelo sangramento interno no local da aplicação, embora não sejam graves. Infecções também podem surgir, se bactérias forem introduzidas durante a inserção da agulha, resultando em inchaço e vermelhidão.
Em casos raros, podem ocorrer reações sistêmicas graves, como convulsões ou colapsos, especialmente se o anestésico for administrado em excesso. Parestesias temporárias, que são sensações de formigamento ou dormência prolongada, também são possíveis.
Acidentes vasculonervosos, como a administração inadvertida de anestésico em um vaso sanguíneo, levam a efeitos colaterais sistêmicos.
Mitigando medos relacionados à anestesia dental
Aqui estão algumas estratégias eficazes para reduzir a ansiedade antes dos procedimentos odontológicos:
- Comunicação aberta com o dentista: peça ao dentista para explicar o procedimento, os tipos de anestesia usados e o que esperar durante e após o procedimento;
- Educação: informar-se sobre como a anestesia funciona e quais são os efeitos esperados ajuda a aliviar o medo;
- Técnicas de respiração: respirações profundas e focadas relaxam o corpo e a mente, reduzindo a sensação de pânico;
- Relaxamento e meditação: meditar ou ouvir música relaxante acalma o sistema nervoso e reduz o estresse;
- Acompanhamento: ter um amigo ou familiar presente proporciona suporte emocional e um senso de segurança e conforto;
- Sessões de prevenção: realizar uma visita prévia ao consultório para se familiarizar com o ambiente e com a equipe pode reduzir o medo associado ao ambiente desconhecido;
- Terapia cognitivo-comportamental: para aqueles com medo persistente, a terapia cognitivo-comportamental ajuda a identificar e mudar pensamentos e comportamentos que contribuem para a ansiedade;
- Uso de técnicas de distração: trazer fones de ouvido para ouvir música ou assistir a vídeos ajuda a distrair a mente durante o procedimento.
Vimos até aqui, que entender a anestesia do dentista transforma o medo e a ansiedade em confiança e tranquilidade. Embora o receio de sentir dor ou sofrer reações adversas seja comum, é importante lembrar que as técnicas de sedação utilizadas em consultórios odontológicos são extremamente seguras e eficazes.
Para aqueles que enfrentam ansiedade ou fobia, a educação e o diálogo aberto com o dentista são ferramentas valiosas para reduzir o estresse.
Não deixe que o medo do tratamento dentário impeça você de cuidar da sua saúde bucal. Com a Unimed Odonto, você conta com profissionais qualificados e tecnologias avançadas para um atendimento seguro e confortável. Agende sua consulta hoje mesmo!