A amamentação é fundamental para o bebê nos primeiros meses de vida, ajuda a evitar uma série de doenças e é importante para o desenvolvimento saudável da criança. Campanhas como o Agosto Dourado promovem a conscientização e o apoio a amamentação, educando a sociedade. Entenda!
O Agosto Dourado nos lembra que o leite humano possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê. Por isso, até os seis meses, não é necessário oferecer nenhum outro tipo de alimento para criança.
O aleitamento ajuda a aumentar a imunidade e a reduzir o risco de mortalidade infantil. De acordo com o Ministério da Saúde, esse alimento fortalece o sistema imunológico e reduz em 13% o risco de morte até os cinco anos.
Além disso, o leite humano também ajuda a prevenir várias doenças, inclusive na fase adulta, como hipertensão, diabetes e obesidade. Ele também traz benefícios para a saúde da mãe, já que diminui o risco de câncer de mama e útero.
Continue lendo este texto para saber tudo sobre o mês dourado e a amamentação!
O que é Agosto Dourado?
É o mês dedicado à promoção do aleitamento materno, simbolizando a luta pela amamentação. Ele tem como representação a cor dourada, associada ao “padrão ouro” de qualidade da amamentação.
A campanha Agosto Dourado busca sensibilizar a sociedade sobre a importância da amamentação para a saúde da mãe e do bebê, destacando os benefícios do leite partilhado pelas mamães como um alimento completo e essencial para o desenvolvimento infantil.
A importância do Agosto Dourado reside na necessidade de apoio que as mães enfrentam nessa fase, já que pode ser muito difícil para algumas delas lidar com a dor e a falta de rede de apoio nessa fase da vida. Por isso, o mês dourado promove a conscientização e o apoio ao aleitamento, quebrando tabus e preconceitos sobre amamentação em público.
Ele também oferece informações sobre as técnicas corretas, e incentiva a criação de redes de apoio para mães, contribuindo para a redução da mortalidade infantil e o fortalecimento do vínculo mãe-filho.
Como surgiu o mês dourado?
A iniciativa de trabalhar o mês de agosto com a cor dourada, pensando na amamentação, começou como uma decisão global para promover o aleitamento materno. Ela foi inspirada pela Semana Mundial do Aleitamento Materno (World Breastfeeding Week – WBW), que ocorre anualmente de 1 a 7 de agosto.
A WBW foi estabelecida em 1992 pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A partir desse movimento, vários países, incluindo o Brasil, começaram a expandir a conscientização durante todo o mês de agosto, reconhecendo a importância contínua do aleitamento materno.
No Brasil, o termo “Agosto Dourado” foi adotado oficialmente em 2017, com a Lei nº 13.435, que instituiu o mês como dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento.
Desde então, o mês dourado tem sido marcado por uma série de atividades, eventos, e campanhas, voltadas para a educação e sensibilização da sociedade sobre os benefícios do aleitamento materno.
Como participar do Agosto Dourado?
A principal forma de participar do agosto dourado é compartilhando as informações sobre a importância da amamentação nas redes sociais, utilizando a hashtag #AgostoDourado. Você também pode:
- Organizar eventos, palestras e rodas de conversa sobre a amamentação em sua comunidade ou local de trabalho;
- Oferecer suporte e encorajamento a mulheres que estão amamentando, ajudando a criar um ambiente acolhedor e livre de julgamentos;
Engajar-se em campanhas de sensibilização sobre os benefícios do aleitamento materno, tanto em espaços públicos quanto em ambientes de saúde.
Quais são os benefícios da amamentação?
A amamentação traz muitos benefícios para o bebê e para a mãe. Esse ato ajuda a
aumentar o vínculo entre a genitora e o filho, já que durante o aleitamento, o corpo libera uma substância chamada ocitocina, conhecida como o hormônio do amor.
Além disso, essa prática traz muitos benefícios para a saúde de ambos. O líquido que sai das mamas nas primeiras mamadas é o colostro; esse alimento tem um aspecto amarelado e aguado.
O colostro é rico em anticorpos e glóbulos brancos, por isso, ele ajuda a fortalecer o sistema de defesa do bebê. Alguns médicos até se referem ao colostro como a primeira vacina da criança.
Segundo a Unicef, os bebês alimentados com o leite materno ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que as crianças que não recebem esse tipo de alimento.
Além disso, a amamentação traz muitos benefícios a longo prazo e ajuda a prevenir várias doenças, até mesmo na fase adulta. Confira a seguir algumas das enfermidades que podem ser prevenidas com o leite materno:
- Diabetes do tipo 1 e 2;
- Obesidade;
- Hipertensão;
- Leucemia infantil;
- Asma.
A amamentação também previne o surgimento de alergias, ajuda no desenvolvimento da fala da criança e, também, diminui o risco de má oclusão dentária. O aleitamento materno também pode trazer muitos benefícios para as mães, entre os principais estão:
- Redução do risco de câncer de mama;
- Ajuda a prevenir infartos;
- Ajuda a evitar hemorragias no pós-parto;
- Contribui para o processo de emagrecimento;
- Diminui o risco de câncer nos ovários;
- Ajuda a prevenir a diabetes.
Além disso, de acordo com pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), as mães que amamentam têm menos chances de desenvolver mal de Alzheimer e esclerose múltipla.
Como amamentar?
Uma das melhores posições para amamentar o bebê é com a mãe sentada em um local confortável e com as costas apoiadas. Então, a lactante deve pegar a criança e encostar a barriga dela na sua. Já a boca do bebê deve ficar na altura do mamilo.
No entanto, algumas mulheres que passaram por cesárea não conseguem ficar na posição descrita acima. Para elas, uma opção é se deitar para amamentar a criança.
Dicas para todas as posições de amamentação:
- A cabeça do bebê deve ficar de frente para a mama e o nariz livre, bem à frente do mamilo. Só coloque o bebê para sugar quando ele abrir bem a boca.
- Quando o bebê pega bem a mama, o queixo encosta na mama, os lábios ficam vedados , o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo.
- Cada bebê tem o próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado.
- Caso a mãe perceba que o bebê está com dificuldade de fazer a pega correta, ela pode fazer um “C” com as mãos ao redor da auréola do peito, deixando o polegar na parte de cima e os demais dedos na parte de baixo. Isso ajuda a criança a pegar melhor toda a aréola e não só o bico do peito.
- A pega correta ocorre quando o bebê abre a boquinha o suficiente para envolver com os lábios parte da aréola e não apenas o bico do peito.
Qual é a aparência do leite materno normal?
O líquido que sai nos primeiros dias é o colostro, que tem uma aparência amarelada e aguada. Por volta do terceiro e quinto dia de amamentação, o colostro vai dando lugar ao leite materno, que tem uma cor esbranquiçada.
No entanto, segundo a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a cor e a consistência do leite podem mudar ao longo da mamada, lembrando a aparência da água de coco, até uma coloração mais opaca e um pouco amarelada.
Com que frequência amamentar?
Não há uma frequência certa de amamentação, o ideal é amamentar o bebê sempre que ele demonstra estar com fome. Alguns especialistas chamam essa atitude de amamentação por livre demanda.
Alguns dos sinais que o bebê apresenta quando está com fome são:
- Choro;
- Colocar a mão na boca;
- Inquietação;
- Mover a cabeça de um lado para o outro;
- Abrir a boca.
Após mamar, o bebê deve parar de chorar e apresentar um comportamento mais tranquilo. Caso isso não aconteça, é importante que você procure um médico para avaliar se há algum problema com a criança.
Quantas vezes por dia um bebê mama?
Nos primeiros meses de vida, a maioria dos bebês costuma mamar de oito a 12 vezes por dia, mas o correto é a livre demanda, ou seja, sempre que o bebê sentir fome. Após a introdução alimentar, que deve ocorrer quando a criança completar seis meses de vida, a frequência das mamadas pode diminuir.
Cada bebê mama em um ritmo, e é importante que a mãe respeite o tempo da criança e ofereça as duas mamas em cada mamada.
Existe idade máxima para amamentar?
De acordo com a Unicef, os bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses. Após essa idade, o órgão recomenda que a amamentação continue até os dois anos ou mais, desde que de forma complementar.
Depois que a criança completar dois anos, não há nenhuma recomendação oficial sobre até que idade deve ir a amamentação. Sendo assim, é a mãe que deve escolher se quer continuar com o aleitamento materno ou não. Portanto, não existe uma idade máxima.
O que se pode ou não fazer na amamentação?
O aleitamento materno costuma gerar muitas dúvidas. Por isso, para esclarecer tudo sobre amamentação, vamos mostrar agora alguns mitos e verdades sobre essa prática.
É possível congelar o leite materno?
Sim, aliás, congelar o leite materno pode ser uma ótima opção para as mães que precisam trabalhar fora de casa e, por isso, não podem amamentar o bebê sempre que ele tem fome.
O leite materno dura até 12h na geladeira e até 15 dias no freezer.
Contudo, caso você precise armazenar o seu leite dessa forma, é importante garantir que ele esteja em uma temperatura adequada para o consumo quando você for oferecê-lo para a criança.
A mulher pode fazer regime durante o período de aleitamento materno?
Durante o período de aleitamento materno, a lactante gasta muitas calorias, por isso a amamentação também ajuda a mulher a perder os quilos ganhos na gravidez. Sendo assim, o ideal é que a lactante não faça nenhuma dieta restritiva enquanto estiver amamentando. Caso seja necessário fazer algum ajuste na alimentação nessa fase, é necessário que ela tenha o acompanhamento de um médico e de um nutricionista.
É preciso oferecer as duas mamas na mesma mamada?
Ao dar de mamar de um lado, a outra mama também é estimulada. Oferecer apenas uma mama para o bebê pode fazer com que a outra mama fique cheia demais e o leite “empedre”, trazendo dores e desconfortos para a mãe.
Pode limpar as mamas com sabonete?
O ideal é que a mãe não passe sabonete ou cremes nas mamas. Caso seja necessário usar algum medicamento tópico nessa área, a lactante precisa se consultar com a equipe de saúde para saber qual é a melhor opção para ela e para o bebê.
Algumas mulheres podem ficar com as mamas feridas após as mamadas. Nesse caso, uma das soluções é passar o próprio leite materno nas feridas.
Quem fez cirurgia plástica (silicone ou redução das mamas) pode amamentar?
Sim. No caso de próteses de silicone normalmente a cirurgia não interfere nos canais que levam o leite à criança, portanto, não há interferência na amamentação. Quanto às cirurgias de redução mamária, dependendo da técnica empregada, da retirada de tecido mamário e cicatrização, podem dificultar a saída do leite e/ou diminuir a produção.
Como garantir um parto seguro e um desenvolvimento saudável para o bebê?
Agora que você já sabe tudo sobre amamentação, garanta que o seu parto e os primeiros cuidados com o bebê sejam os melhores possíveis. Para isso, você pode contar com o Programa Nascer Seguro – da Seguros Unimed, que oferece um acompanhamento individualizado desde o período de planejamento familiar até o primeiro ano de vida do bebê!
Neste artigo, vimos a importância do aleitamento materno, não apenas como um alimento completo e essencial para o desenvolvimento saudável do bebê, mas também como um ato que promove a saúde e bem-estar da mãe.
Por meio da disseminação de informações, apoio social, e desmistificação de preconceitos, a campanha do Agosto Dourado cumpre um papel crucial em educar a sociedade e incentivar as mães a amamentarem seus filhos, garantindo um início de vida mais saudável e um futuro promissor para as próximas gerações.
Sabemos que a chegada de um novo integrante na família pode ser uma situação muito desafiadora. Assim como a amamentação é crucial para o desenvolvimento saudável do seu bebê, garantir a segurança financeira da sua família é igualmente essencial.
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