É considerado hipertensão arterial quando o resultado da medição é superior a 140 x 90 mmHg (14 x 9). Nestes casos o acompanhamento médico é fundamental; conheça as principais complicações da pressão alta.
A hipertensão arterial, ou pressão alta, pode acometer pessoas de todas as idades e gera muita preocupação por ser silenciosa e ter capacidade de causar complicações graves. A alta incidência do problema na população faz com que a doença seja comum nos consultórios médicos.
Felizmente, existem diversas formas de tratar a patologia, envolvendo medicamentos e também mudanças comportamentais. De forma geral, indivíduos que levam uma vida saudável têm maior facilidade em controlar a pressão.
Abaixo você confere tudo sobre esta condição, incluindo dados importantes, fatores de risco, sintomas e maneiras de lidar com a hipertensão. Acompanhe!
O que é hipertensão arterial?
A hipertensão arterial é uma doença crônica que surge quando o coração precisa fazer um esforço maior para bombear o sangue e aumentar a pressão nas artérias, pois elas se estreitaram ou estão menos flexíveis.
Esse esforço constante é capaz de provocar dilatações no coração e danos nas artérias. Como mencionamos, para ser considerado pressão alta, o resultado da medição deve ser igual ou superior a 14 x 9.
Vale lembrar que serão obtidos resultados distintos se a pressão for medida em diferentes momentos do dia. Pois os valores variam conforme uma série de fatores. Ela tende a diminuir quando estamos parados ou relaxados e a aumentar durante a prática esportiva ou durante situações de estresse.
Alguns dados
A Hipertensão atinge cerca de 30% da população brasileira, chegando a 50% na população mais idosa e em torno de 5% nas crianças e adolescentes.
Normalmente, os sintomas são silenciosos e podem levar a graves complicações como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência renal terminal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, cerca de 300.000 pessoas morreram devido a complicações da Hipertensão Arterial no ano de 2015.
A Hipertensão é uma doença multifatorial que envolve fatores genéticos e fatores externos como aumento de peso e hábitos de vida como sedentarismo, tabagismo e uso excessivo de sal e álcool.
Para prevenir-se, lembre sempre de:
– Manter uma alimentação saudável;
– Evitar excesso de sal na dieta;
– Praticar exercícios físicos regularmente.
Fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão
Existem diversos fatores de risco para a hipertensão primária, que é aquela que surge sem estar associada a outros problemas de saúde. São eles:
- Hereditariedade: este é um fato que o indivíduo não pode controlar e que tem grande peso no desenvolvimento do problema. Quem tem um dos pais com pressão alta tem 25% de chance de desenvolver a doença. Quando ambos os pais foram acometidos, o risco de o filho também ter o problema sobe para 60%;
- Idade superior a 65 anos: o risco aumenta conforme envelhecemos, pois, as artérias se tornam menos flexíveis;
- Sedentarismo: pessoas sedentárias ou obesas sofrem mais com o estreitamento das artérias;
- Fumar: a nicotina é capaz de aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial;
- Consumir sal em excesso: quanto mais sódio no organismo, maior o estímulo para a presença de água nos vasos sanguíneos, o que acaba elevando a pressão.
Sintomas e complicações da pressão alta
A pressão alta costuma evoluir silenciosamente, sem apresentar qualquer sintoma até que esteja em um estágio avançado ou durante uma crise. Mas, os sinais mais populares do problema são:
- Dor no peito;
- Ansiedade;
- Problemas para respirar;
- Tontura;
- Náuseas;
- Cansaço;
- Visão embaçada;
- Zumbido no ouvido;
- Dor de cabeça;
- Sangramento no nariz;
- Desmaio.
Quando não tratada, a pressão alta pode levar a doenças cardiovasculares, como o infarto, além de contribuir para AVC, impotência sexual, doenças renais e problemas de visão
A importância do diagnóstico precoce da hipertensão
Diagnosticar a hipertensão precocemente é importante para evitar suas complicações e facilitar o controle.
Quanto mais cedo o problema é descoberto, menos esforço é necessário no tratamento e, muitas vezes, o paciente consegue normalizar a pressão apenas com a mudança de hábitos, sem a necessidade de recorrer a medicamentos que precisam ser consumidos a longo prazo.
Não existe um exame específico para diagnosticar a enfermidade. Quando o paciente não apresenta sintomas, geralmente o médico suspeita da doença durante medições rotineiras da pressão arterial.
Para uma confirmação, o paciente deverá realizar novas medições diversas vezes ao longo do dia. Quando o resultado sempre se apresenta acima do normal, é um forte indício de pressão alta.
Em alguns casos, o médico pode solicitar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico e verificar se a patologia está associada a outros problemas de saúde.
Pois há casos em que a hipertensão é secundária e surge devido a outras doenças, como infecção nos rins, apneia do sono, problemas no coração, diabetes e hipertireoidismo.
Tratamentos disponíveis para controlar a hipertensão
Apesar de não haver cura definitiva para a hipertensão arterial, existe uma gama variada de medicamentos anti-hipertensivos que permitem um ótimo controle da pressão alta e previnem suas complicações. Porém, a grande dificuldade é a adesão dos pacientes ao uso regular (diário) dos medicamentos, que chega somente a 30%.
E, para o controle ótimo da pressão alta, é fundamental que os pacientes hipertensos façam o uso de seus medicamentos continuamente.
Além disso, a prática de atividades físicas é benéfica ao controle da pressão, independentemente de alterações no peso. Pois, somente os medicamentos não são o suficiente para controlar o problema. Então é fundamental que o paciente faça mudanças no seu dia a dia.
Alimentação saudável e hipertensão
Manter uma alimentação equilibrada é benéfico para a nossa saúde de forma geral, contribuindo também para o controle da hipertensão.
Ao consumir as quantidades adequadas de nutrientes e vitaminas, nosso corpo passar a funcionar de forma mais harmoniosa, sobretudo o sistema cardiovascular, que é tão castigado por refeições ricas em gorduras e açúcar, que provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos e exigem que o coração faça cada vez mais força para bombear o sangue.
Insira em suas refeições laticínios baixos em gordura, frutas e cereais integrais, pois esses alimentos fornecem cálcio, magnésio e potássio, que ajudam a baixar a pressão.
Quando se trata de alimentação, devemos ter muito cuidado com o sal, pois ele é um dos grandes vilões da pressão alta. É importante que o paciente siga a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e consuma apenas 5 gramas de sal diariamente.
Em média, os brasileiros consomem o dobro dessa quantidade, o que é altamente prejudicial.
Por fim, a alimentação saudável também resulta na perda de peso, fundamental para reduzir a pressão.
Exercícios físicos e a redução da pressão arterial
A prática regular de exercícios físicos ajuda a reduzir o peso corporal e fortalece o sistema cardiovascular.
Durante a atividade há uma dilatação dos vasos sanguíneos e, a longo prazo, a eficiência cardíaca é melhorada e o corpo aumenta sua capacidade de absorver oxigênio a cada respiração.
Além disso, os exercícios aumentam a produção de hormônios relacionados ao bem-estar, que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, frequentemente associados aos casos de pressão alta.
Entretanto, os pacientes devem procurar orientação médica antes de começarem a se exercitar. Pois a prática sem a devida instrução pode piorar o problema e também provocar outras situações incômodas, como lesões musculares.
Por fim, lembre-se de que a hipertensão arterial é uma doença crônica, com a qual será preciso lidar por toda a vida. Então, jamais deixe de tomar as medicações ou altere as dosagens por conta própria.
Quando o paciente passa por longos períodos sem nenhuma manifestação do problema, ele pode ter a sensação de que está curado. Mas somente após uma nova avaliação médica será possível dizer se é viável alguma alteração na rotina de tratamento.
Em suma, manter um estilo de vida saudável é o melhor que você pode fazer para evitar ou controlar a patologia. Quando já há casos de hipertensão na família, é importante se esforçar ao máximo para afastar-se dos outros fatores de risco.
Quem sofre da doença deve manter uma vigilância constante, realizando medições periódicas e anotando-as para que o médico tenha uma melhor noção da eficácia do tratamento.
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