Olá. Tudo bem?
Antes de falarmos dos desafios da aposentadoria, é importante mencionar as gerações atuais. Há vários estudos sobre gerações com referências de datas um pouco diferentes, mas há um consenso mundial de que temos 4 classificações:
Baby Boomers (1946-1964): são os nascidos no pós-guerra, os que ajudaram na reconstrução de seus países, aqueles que foram mais atingidos e duramente impactados na sua economia. Essa geração é mais disciplinada e valoriza muito a estabilidade pessoal, profissional e financeira.
Geração X (1965-1980): guardam alguma relação com os Boomers, viveram o início do movimento hippie e a guerra do Vietnã. O Brasil vivia a ditadura militar e o mundo conhecia evoluções tecnológicas importantes como, por exemplo, o computador. Os X são menos otimistas que os Boomers, mais céticos com o futuro e individualistas.
Geração Y (1981-1996): é uma geração mais receptiva a mudanças, já que vivenciaram a transição do mundo analógico para o digital. São multitarefas, dinâmicos, mais competitivos e mudar de emprego com mais frequência é algo que os difere das outras gerações que presam muito a estabilidade.
Geração Z (1997-2010): nasceram no mundo da internet e do smartphone. Lidam com naturalidade com atividades multitarefas, são rápidos, ansiosos e tem facilidade em aprender. São fortemente engajados nas questões sociais e ambientais. Presam muito pela qualidade de vida e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. São imediatistas.
Saúde financeira
As Gerações X, Y e Z são as mais ativas e presentes no mercado de trabalho e algo comum a elas é a preocupação com o futuro financeiro. Mais de 65% das pessoas acreditam que não terão conseguido fazer uma poupança para sua aposentadoria e temem não ter uma rede de proteção social na velhice. Essa preocupação pode estar relacionada a três razões:
Primeira: a geração anterior, os Baby Boomers, na sua grande maioria enfrentou dificuldades financeiras na velhice. Apenas 25% dessa geração parou ou acredita que pode parar de trabalhar. Os 75% restantes estão ou vão precisar trabalhar após os 65 anos para se manter financeiramente. Dificuldades que as gerações X, Y e Z não querem enfrentar.
Segunda: a longevidade. As pessoas estão vivendo mais e não será raro vê-las com idades que superam os 90 anos. Preparar-se para a aposentadoria deverá encarar o desafio da longevidade para essas gerações.
Terceira: o benefício da aposentadoria pública será cada vez mais difícil de alcançar e provavelmente será insuficiente para manter o padrão de vida.
Aposentadoria
As três gerações também indicam os mesmos desejos na aposentadoria: viajar, passar mais tempo com a família e amigos e cultivar um hobby que não puderam ter na fase de trabalho. Apesar das semelhanças, essas gerações encaram de formas diferentes o desafio da aposentadoria.
Geração X: tem uma necessidade, digamos, mais urgente de se planejar para a aposentadoria. Para os que já começaram esse planejamento é importante revisar metas e reorganizar os investimentos, além de responder a pergunta: “o que estou fazendo, hoje, será suficiente para atingir meus objetivos no futuro? ” Uma coisa é certa: não dá mais para adiar! Deixar para depois é colocar em risco a segurança de um futuro financeiro tranquilo. O custo de adiar é ver aumentar o esforço e comprometimento do orçamento para essa finalidade. É exatamente aí que mora o perigo. Para essa geração, ainda que a renda seja maior, as obrigações com manutenção da família são maiores (moradia, saúde, educação e alimentação, por exemplo). Condição que torna o desafio da aposentadoria mais complexo.
É importante definir como se deseja viver na aposentadoria. Vai ser a partir desse parâmetro que será possível estabelecer o tamanho do esforço necessário para poupar e quanto tempo terá que se manter no mercado de trabalho.
Geração Y: por sua vez, são aqueles que saíram da universidade e estão em trajetória ascendente em suas carreiras, mas vivem uma contradição: se por um lado desejam viajar, ter lazer, mais tempo para a vida pessoal, estar mais com os amigos, por outro são os que mais temem o futuro financeiro. Algumas pesquisas indicam que a maioria das pessoas dessa geração dizem que terão que trabalhar para sempre pois acreditam que não vão ser capazes de economizar para se aposentar.
O fato é preocupante para uma geração que está entrando no auge de sua carreira profissional e tem as maiores oportunidades de poupar, considerando que não priorizam formar uma família, ter filhos e não consideram importante ter casa própria. Objetivos que normalmente requerem um grande esforço no orçamento e que, naturalmente, limita o potencial para poupar.
Geração Z: certamente é a que mais foi afetada pela recente reforma da previdência. Provavelmente novas mudanças devem ocorrer no futuro, tornando ainda mais rígidas as regras para obter o benefício, além de idades mais avançadas. Para essa geração, será imperativo construir reservas para o futuro. Se hoje já não dá para contar apenas com a previdência pública, no futuro será ainda mais difícil. É uma geração de imediatistas que não pensam no longo prazo. Provavelmente a crença de achar que tem tudo ao alcance das mãos, como um smartphone, faz com que deixem de lado o planejamento financeiro, justamente numa época de profundas transformações em que o futuro é cada vez mais incerto.
Reflexo da pandemia
Para todas as gerações, a pandemia mostrou o quão importante é pensar no futuro e se planejar para formar uma reserva e poder contar com uma rede própria de proteção. O vírus permanece entre nós, e seus reflexos sociais e econômicos serão sentidos por muito tempo. As restrições e o isolamento social impostos pela pandemia obrigaram muitos a pararem suas atividades, o desemprego aumentou consideravelmente e a renda de muitas famílias, ou foi bastante reduzida ou simplesmente deixou de existir. Muitas pessoas foram pegas desprevenidas financeiramente.
A importância do controle financeiro
Não existe uma receita única. As gerações são diferentes, as pessoas são diferentes dentro de suas gerações e têm desejos e objetivos distintos. No entanto, a regra base é controlar o orçamento para não comprometer o planejamento de formar uma poupança de longo prazo. Controlar o orçamento pode requerer que se viva mais modestamente.
Quanto mais tempo trabalhando, mais chances de maximizar as contribuições para previdência. Bem ou mal, vale ficar atento para a Previdência Social: não se deve desprezar esse benefício, pois ele vai complementar sua renda no futuro. Por isso a importância da contribuição para aqueles que são profissionais autônomos ou não estão regidos pelas regras da CLT. Se possível, não se deve mexer na poupança da aposentadoria. É importante diversificar os investimentos, aceitar correr um pouco de risco, manter a calma com os movimentos do mercado e, principalmente, manter o foco na estratégia de longo prazo.
O dinheiro não é seu inimigo
Hoje, mais do que nunca, se fala muito em educação financeira. De fato, é o ponto de partida para um bom planejamento de longo prazo. É preciso enxergar o dinheiro como um aliado, e não como um vilão. Para muitos, falar de finanças pessoais, de criar o hábito de poupar e de investimentos é um assunto árido. É claro que buscar apoio de pessoas e instituições confiáveis é importante, mas cada um deve formar sua própria opinião. Permitir que outros decidam por nós sobre algo tão importante não é o melhor caminho.
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Um abraço e até a próxima.
Luiz Sacchetto é administrador de empresas com mais de 30 anos de experiência em finanças. Já atuou em bancos e em empresas dos setores agrícola, farmacêutico, químico e de seguros. Atualmente é Gerente Nacional de Vendas do ramo Previdência na Seguros Unimed.
boa noite ! Não sei exatamente qual o produto que tenho
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