Você já deve ter visto esse laço vermelho. Ele é o principal símbolo da campanha Junho Vermelho, que busca incentivar a doação de sangue no Brasil.
A escolha do mês de junho não foi à toa. É neste período que, historicamente, as doações de sangue caem em todo o país. Um dos motivos é que é um período de férias escolares, quando muitos viajam. Esse também é o mês que chega o frio em alguns estados do país ou a chuva em outros. Tudo isso faz diminuir a procura pelos postos de doação.
Com a pandemia, a situação se tornou ainda mais grave. A Fundação Pró-Sangue, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, anunciou que, no último mês de maio, operava com apenas 34% do estoque de sangue necessário. A instituição atende a demanda de mais de 100 instituições de saúde pública.
Por que doar sangue?
A falta de sangue e de seus derivados – como os concentrados de plaquetas ou plasma – é um risco para vários pacientes.
O sangue e os hemoderivados são utilizados, por exemplo, nos tratamentos de pessoas acidentadas, queimados e portadores de hemofilia, leucemia e outras doenças.
Para fazer alguns tipos de cirurgia, o hospital precisa ter estoque de bolsas de sangue com o tipo sanguíneo do paciente. Isso vale para cirurgias de emergência e programadas.
Doar sangue, então, é uma forma de ajudar quem mais precisa. É simples, é rápido e não faz mal à saúde.
Dúvidas sobre doação de sangue
Se eu tiver COVID-19, posso doar sangue?
Sim, mas apenas 30 dias após a recuperação clínica completa da doença, de acordo com o protocolo da Fundação Pró-Sangue. Ou seja, você pode doar um mês após não apresentar nenhum sintoma da COVID-19.
Tive contato com pessoas que pegaram COVID-19. Posso doar sangue?
Sim, mas apenas 14 dias após o último dia de contato com essa pessoa, segundo o protocolo da Fundação Pró-Sangue. Isso vale para contato direto (domiciliar ou profissional), tanto para casos confirmados como suspeitos de contaminação por coronavírus.
Profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, entre outros) que trabalham diretamente com pacientes portadores de COVID-19 também devem aguardar 14 dias após o último dia de contato.
Quem se vacinou contra a COVID-19 pode doar sangue?
Sim, mas é preciso esperar um período após tomar a vacina. Por isso, se vai doar, se programe para fazer isso antes da vacinação.
Na fundação Pró-Sangue, o período de quarentena exigido é de:
- 48 horas após cada dose da Coronavac (vacina da Sinovac/Butantan);
- 7 dias após cada dose da Oxford-AstraZeneca (vacina da AstraZeneca/Fiocruz);
- 7 dias após cada dose da Pfizer (vacina produzida em parceria com a BioNtec).
Posso doar sangue e tomar vacina depois?
Sim. A doação de sangue é segura e não contraindica a vacinação.
Vão tirar muito sangue?
Não. O volume coletado de um doador é, em média, 450 ml (padrão internacional), o que equivale a uma porcentagem muito pequena do total de sangue de um adulto. O corpo saudável repõe naturalmente em 24 horas a quantidade de sangue retirada.
Doar sangue emagrece?
Não. O doador não perde peso e nem engorda.
Se doar, meu sangue vai ficar fino e fraco?
Não. Doar sangue não “afina” nem “engrossa” o sangue.
Hemocentros e bancos de sangue são locais seguros?
Os locais que recebem doação de sangue são ambientes controlados, com rígidos protocolos de segurança para proteger o doador, os profissionais de saúde e também o receptor.
Mulheres em período menstrual podem doar sangue?
Podem, sim! Estar em período menstrual não é um impeditivo para a doação.
Grávidas podem doar sangue?
Não. Gestantes não podem doar sangue, independente do tempo de gravidez.
Mulheres que tiveram filhos há pouco tempo podem doar sangue?
Após o parto, mulheres que fizeram parto normal podem doar depois de 3 meses. Para parto cesárea, após 6 meses.
Para doar sangue, preciso estar de jejum?
Não, mas recomenda-se evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação e aguardar 2 horas após o almoço
Se eu doar sangue uma vez, sou obrigado a doar sempre?
Não. Você pode doar uma única vez, mas vale lembrar que toda ajuda é bem-vinda!
Quem pode doar sangue?
Os requisitos básicos para se tornar um doador são:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis;
- Pesar no mínimo 50kg;
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
- Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação e RNE-Registro Nacional de Estrangeiro);
Quem não pode doar sangue?
Não podem doar pessoas que:
- Tenham tido hepatite após os 11 anos de idade;
- Pessoas com evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, vírus HIV, doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
- Usuários de drogas ilícitas injetáveis;
- Pessoas que tiveram/têm Malária e Mal de Parkinson;
- Quem teve Hepatite B ou C;
- Serão avaliadas por um médico da triagem aqueles que tiveram hepatite A depois dos 11 anos de idade e quem foi curado de hepatite medicamentosa.
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Se quiser saber mais sobre outros benefícios para seguros de vida, fale com a gente.
Informações para doar sangue:
Doe sangue, doe vida (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Ribeirão Preto, Araçatuba, Petrópolis, Santos) – doesanguedoevida.com.br
Alô Pró-Sangue – (11) 4573-7800 / Agendamento online Pró-Sangue (São Paulo): prosangue.hubglobe.com