A toxina botulínica, também conhecida pelo seu nome comercial mais conhecido, é bastante difundida por sua utilização cosmética em injeções intramusculares para a redução de rugas faciais, porém sua principal indicação é terapêutica.
Seu uso em humanos teve início no final da década de 1970, quando o oftalmologista Allan Scott recebeu autorização da FDA (Food and Drug Administration) para usá-la no tratamento de estrabismo.
A toxina botulínica injetada nos seres humanos é um complexo proteico originário da bactéria Clostridium botulinum. Trata-se de uma bactéria anaeróbia que, em condições controladas (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes. Dentre estes, o sorotipo A é o mais potente e o que proporciona maior duração. A toxina botulínica é injetada no músculo e age bloqueando a liberação de um neurotransmissor responsável pelo transporte do estímulo entre a terminação nervosa e as fibras musculares, impedindo assim a contração do músculo. Ela começa a fazer efeito entre 48 e 72 horas e tem seu efeito total entre quinze dias, tendo durabilidade entre quatro e seis meses, dependendo do local aplicado. Ela pode ser reabsorvida pelo organismo mais ou menos rápido.
Há poucas contra indicações para o uso da toxina botulínica (pacientes gestantes, em fase de amamentação e em caso de doenças que afetam os músculos, como por exemplo, a esclerose lateral amiotrófica). Sua aplicação é bastante segura se forem respeitadas suas indicações e protocolos de doses e diluição. Para isso, esse profissional necessita de treinamento específico com conhecimento sobre sua utilização e principalmente não extrapolando suas reais indicações, que em Odontologia são exclusivamente terapêuticas.
Dentre os efeitos colaterais transitórios estão dor de cabeça, hematomas, ptose palpebral (queda da pálpebra superior), entre outros. Não se conhecem reações alérgicas às toxinas, porém não devem ser aplicadas em pacientes alérgicos à albumina (proteína do ovo), pois ela está presente na composição da maioria das marcas comerciais de toxina botulínica.
Esse é mais um recurso utilizado em consultórios odontológicos, com excelentes resultados clínicos e alto índice de satisfação; podendo ser aplicada a toxina em casos de bruxismo e apertamento dentário, hipertrofia do músculo masseter, dores orofaciais originadas por disfunções têmporo-mandibulares, assimetria de sorriso, sorriso gengival e em casos de redução da força muscular nos casos de implantes de carga imediata.
Referências: Revista Metrópole, Ergotechnis, Dentalpress, Luposeli
– A resolução Nº 145, de 27 de março de 2014 resolve que:
Art. 1º. Os artigos 1º e 2º da Resolução CFO-112/2011, de 02 de setembro de 2011, passam a viger com as seguintes redações:
“Art. 1º. Permitir o uso do ácido hialurônico em procedimentos odontológicos terapêuticos, com reconhecida comprovação científica.
Art. 2º. O uso da toxina botulínica será permitido para uso terapêutico em procedimentos odontológicos e vedado, exclusivamente, para utilização em procedimentos estéticos.”
Responsáveis técnicos:
Dra. Andrea Tinae Nacamura – CRO 83896
Dra. Cristiane Hiromi Tamaki – CRO 60531
Dra. Luciana Ferreira Ramos – CRO 73307
Dr. Luciano Inada – CRO 55854
Dra. Renata Peixinho – CRO 97388
Aproveite para conhecer o plano odontológico da Seguros Unimed: