Diversos tipos de acidentes de trabalho podem afetar os trabalhadores em diferentes áreas de atuação e na rotina profissional.
Muitas vezes, esses acidentes no trabalho são associados a setores de alto risco, como construção civil e indústria. No entanto, eles também ocorrem em ambientes como escritórios e escolas.
Eles podem gerar lesões que afastam o colaborador de suas funções por um período ou até de maneira definitiva. Por isso todos os envolvidos precisam se manter vigilantes. A seguir, entenda quais são os principais, como preveni-los e o que fazer quando eles ocorrem!
Quais são os tipos de acidentes no trabalho?
Saber identificar os diferentes tipos de acidentes de trabalho é o primeiro passo para um ambiente mais seguro. Descubra quais são e como identificá-los.
Quedas
Quando o colaborador cai de uma altura considerável, como uma escada ou um andaime. Esta forma de incidente é muito comum em áreas de construção.
Cortes
Essas lesões acontecem quando objetos afiados, como facas, lâminas, vidros, ferramentas ou até mesmo materiais metálicos, entram em contato com a pele, provocando ferimentos de diferentes gravidades. Isso ocorre até mesmo em ambientes que, aparentemente, não oferecem tanto perigo, como escritórios.
Queimaduras
Queimaduras durante a jornada profissional podem acontecer devido ao contato com superfícies quentes, produtos químicos, eletricidade ou radiação. A gravidade varia desde irritações leves até danos profundos, comprometendo a pele, músculos e até ossos, o que pode afastar a pessoa de suas funções por longos períodos.
Queda de objetos
A queda de objetos pode causar danos sérios, especialmente em locais onde há movimentação de cargas, prateleiras elevadas ou ferramentas suspensas. Esse risco está presente em setores como construção civil, indústrias e armazéns, onde materiais pesados podem se soltar devido a falhas na fixação, manuseio inadequado ou desgaste de suportes.
Choque
Choques elétricos podem ocorrer durante a execução de atividades e resultar em danos graves. Esse fenômeno acontece quando o corpo humano entra em contato direto ou indireto com uma corrente elétrica, causando efeitos que variam desde pequenas contrações musculares até complicações fatais.
Fios desencapados, equipamentos mal isolados e instalações irregulares aumentam o risco. Além disso, a umidade potencializa a condução, ampliando as chances de acidentes.
Acidentes com máquinas e equipamentos
A desatenção ou a falta de perícia na operação de máquinas e equipamentos resultam em ocorrências gravíssimas, muitas vezes levando ao esmagamento ou perda de algum membro. Em alguns casos, pode levar ao falecimento do trabalhador.
Exposição a produtos perigosos
O trabalhador pode ser exposto a produtos químicos e tóxicos que causam intoxicação. Essas substâncias podem agir de forma silenciosa, sendo ainda mais perigosas.
Por isso, é necessário que os colaboradores que lidam com esses materiais usem máscaras apropriadas e trabalhem em ambientes bem ventilados, equipados com sistemas que alertem sobre possíveis riscos.
As intoxicações podem ser leves, causando afastamento temporário, mas também existem casos mais graves.
Veja também: Acidentes domésticos mais recorrentes e como evitá-los
O que é considerado um acidente de trabalho?
Essa situação é caracterizada por danos ocorridos durante a atividade laboral ou em razão dela, resultando em prejuízos à saúde do trabalhador, que podem ser temporários, permanentes ou até fatais.
A legislação que regula as obrigações entre empregado e empregador nesses casos também abrange as doenças ocupacionais, que são aquelas que se desenvolvem ao longo do tempo em decorrência das condições de exercício profissional.
Por exemplo, um colaborador exposto a altos níveis de ruído pode sofrer perda auditiva significativa.
Esses incidentes podem ter diversas causas, como: descumprimento das normas de segurança pela empresa ou pelo empregado; falta de habilidade na execução de uma tarefa; ausência de treinamento adequado; equipamentos de segurança inadequados; e condições que apresentam riscos não antecipados.
Quais as classificações dos acidentes de trabalho?
Os acidentes no ambiente de trabalho são classificados em alguns grupos, o que ajuda a entender melhor as causas por trás de cada um deles.
Acidente típico
São ocorrências que causam ferimentos ao trabalhador. Esses episódios podem variar de leves a fatais. Entre os exemplos mais frequentes estão quedas, cortes, queimaduras e o impacto de objetos que caem.
Acidente atípico
O acidente atípico é aquele que ocorre de forma ou em locais inesperados. Algumas vezes essas situações nem estão diretamente relacionadas ao trabalho. Para entender melhor o conceito, é importante destacar alguns exemplos:
- Brigas ou sabotagens no ambiente de trabalho;
- Acidentes nos horários de almoço e descanso;
- Contaminação por produtos tóxicos e químicos.
Doenças ocupacionais
As doenças provocadas pelo cenário profissional ao longo do tempo também são classificadas como acidentes. Elas podem ser de ordem física ou emocional e, ao contrário de um típico, não são notadas imediatamente, já que seu desenvolvimento é lento e gradual.
Por exemplo, alguém que realiza movimentos repetitivos ou fica parado por longos períodos na mesma posição, pode desenvolver problemas no sistema musculoesquelético, como bursite e tendinite.
Acidentes agravantes
São aqueles que agravam uma situação pré-existente, mesmo que não sejam a causa do problema.
Imagine um trabalhador que sofre de artrose, mas precisa trabalhar por longos períodos carregando peso. Esse esforço irá acelerar o desgaste das articulações, mesmo que não esteja ligado à sua origem.
Acidentes de trajeto
Embora muitas pessoas desconheçam, um acidente ocorrido durante o percurso para o local de atuação também é reconhecido pela legislação.
Mesmo estando fora das dependências da empresa, fora do horário de expediente e sem estar realizando suas atividades, a lei assegura ao trabalhador as mesmas proteções que aqueles que sofrem incidentes na empresa.
Exemplos incluem quedas nas ruas ou envolvimento em acidentes no trânsito. No entanto, para o evento ser reconhecido, algumas condições devem ser atendidas:
- O colaborador precisa estar no trajeto e horário habituais, seja a caminho ou voltando do seu destino;
- Deve haver comprovação de que a pessoa estava no percurso habitual, o que pode ser feito por meio de laudos médicos, boletins de ocorrência ou declarações de testemunhas.
Quais as consequências físicas e emocionais dos acidentes no trabalho?
As consequências imediatas são de caráter físico e vão variar conforme a gravidade.
O colaborador pode sofrer fraturas, cortes, queimaduras, perda de membros ou lesões que o incapacitam temporária ou permanentemente.
Entretanto, também é importante considerar os impactos emocionais desse tipo de situação, como:
- Estresse pós-traumático: ser vítima ou presenciar algo que pode desencadear sintomas de estresse pós-traumático, como pesadelos frequentes e ansiedade;
- Ansiedade e depressão: os danos físicos e a limitação na capacidade laboral conseguem causar ansiedade e depressão. Por isso é necessário que o trabalhador acidentado passe por acompanhamento psicológico;
- Medo e fobia: não é incomum que pessoas acidentadas tenham dificuldade de retornar ao trabalho, pois as lembranças do momento traumático causam medo e fobia;
- Estresse: um acidente pode tornar o ambiente ainda mais estressante e prejudicar a relação com os colegas.
Como prevenir acidentes no trabalho?
A prevenção requer personalizações conforme as particularidades de cada negócio. No geral, as medidas costumam incluir:
- Avaliação dos riscos: a empresa deve conhecer muito bem o seu ambiente e avaliar todos os riscos aos quais o trabalhador pode estar exposto, assim é possível tomar medidas preventivas;
- Treinamento: as organizações devem fornecer treinamentos adequados aos seus colaboradores quanto à operação segura de máquinas e equipamentos e à forma correta de utilizar os EPIs;
- Concentração: sobretudo em meios perigosos, o trabalhador deve estar atento às suas atividades e evitar distrações.
Procedimentos a serem seguidos em caso de acidentes no trabalho
Quando ocorre um incidente, o primeiro passo é avaliar se ainda existem riscos presentes. Caso a área continue oferecendo perigo, os envolvidos devem ser removidos imediatamente.
Se for grave, é necessário acionar o serviço de emergência e aguardar o atendimento. Os primeiros socorros podem ser prestados, caso haja pessoal qualificado para tal.
Além disso, é importante notificar os supervisores, gerentes e os responsáveis pela segurança e saúde, e registrar de maneira detalhada a situação — incluindo hora, local, natureza e as pessoas envolvidas.
Por fim, as causas do ocorrido devem ser investigadas para que as correções necessárias sejam feitas e um plano de ações preventivas seja elaborado.
Saiba mais: Riscos ocupacionais: o que são e como evitá-los?
Como os diferentes tipos de acidentes são cobertos por seguros?
A cobertura dos seguros de acidentes de trabalho envolve uma série de benefícios que garantem suporte em caso de lesão ou invalidez relacionada ao trabalho. Essa cobertura funciona da seguinte forma:
- Tratamento médico: cobre despesas com atendimento médico necessário, incluindo consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos, desde que relacionados ao acidente ocorrido durante a atividade laboral.
- Afastamento temporário: caso o trabalhador precise se afastar para recuperação, o seguro garante o pagamento de um benefício financeiro (geralmente uma porcentagem do salário) durante o período de incapacidade temporária.
- Invalidez permanente: se resultar em incapacidade permanente, o seguro oferece uma compensação financeira, com base na porcentagem de perda funcional. O valor varia conforme a extensão da incapacidade.
- Pensão por morte: no caso de falecimento, os dependentes têm direito a uma pensão mensal, calculada com base na remuneração do segurado.
- Reabilitação profissional: em alguns casos, também cobre custos com programas de reabilitação, permitindo recuperar suas habilidades para retornar ao mercado, mesmo em uma função diferente daquela exercida anteriormente.
- Indenizações extras: dependendo das circunstâncias e da gravidade, o trabalhador ou seus dependentes podem receber uma indenização adicional, conforme estabelecido pelas cláusulas e pela legislação vigente.
Quais são as leis para acidente de trabalho?
No Brasil, a legislação é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Previdência Social. Os tipos ocorridos durante o expediente ou no trajeto entre a residência e o trabalho são considerados, assim como doenças ocupacionais e agravamento de condições preexistentes.
O empregador deve pagar o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que financia benefícios para os empregados acidentados. Se o trabalhador precisar se afastar por mais de 15 dias, ele tem direito ao auxílio-doença acidentário (B91), pago pelo INSS, sem perder o vínculo empregatício, e à estabilidade por 12 meses após o retorno.
Empresas que não registram corretamente os acidentes ou não oferecem condições seguras podem ser responsabilizadas civil e criminalmente, inclusive, enfrentar ações trabalhistas e pagar indenizações por danos morais e materiais.
Quais procedimentos devem ser seguidos após um acidente de trabalho?
Após a ocorrência, a companhia deve seguir alguns passos obrigatórios para garantir o recebimento do atendimento necessário e os benefícios previstos na lei, como:
- Prestar socorro imediato e providenciar atendimento médico urgente. Se necessário, acionar o SAMU ou encaminhar o funcionário ao hospital;
- Emitir e registrar a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) junto ao INSS, mesmo que não gere afastamento. Caso a empresa se recuse a emitir o documento, o próprio trabalhador, sindicato ou médico pode fazê-lo;
- Encaminhar o colaborador para atendimento. O médico indicará a necessidade de afastamento;
- Garantir estabilidade por 12 meses após o retorno das atividades, sem possibilidade de demissão sem justa causa.
- Implementar medidas de prevenção e corretivas para evitar que o problema ocorra novamente.
Como acionar o seguro após o acidente de trabalho?
Se a empresa possui um seguro, o funcionário pode ter direito a indenizações adicionais, assistência médica e reabilitação profissional. No entanto, vale mencionar que o acionamento da apólice depende das coberturas contratadas.
O processo para receber a indenização pode variar conforme a seguradora, mas envolve os seguintes passos:
1. Notificar a empresa sobre o acidente
O ocorrido deve ser comunicado ao setor de Recursos Humanos ou ao responsável pela gestão do seguro. É importante fornecer detalhes e quais lesões foram sofridas.
2. Recolher documentos necessários
O colaborador precisará apresentar a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), laudos médicos, exames, atestados e qualquer outro documento que comprove o acidente e a gravidade da lesão.
3. Solicitar a abertura do sinistro
A empresa entrará em contato com a seguradora e abrirá um sinistro em nome do funcionário. Algumas seguradoras permitem que o próprio trabalhador inicie esse processo, caso tenha acesso às informações da apólice.
4. Aguardar a análise da seguradora
A seguradora avaliará a documentação, podendo solicitar exames complementares ou perícia médica para confirmar a extensão dos danos e determinar o valor da indenização ou dos benefícios a serem pagos.
5. Receber a indenização ou benefícios
Dependendo da cobertura, o funcionário pode receber indenização por invalidez temporária ou permanente, cobertura de despesas médicas, assistência psicológica ou reabilitação profissional.
Exemplo prático
Um eletricista sofre uma queimadura grave ao manusear um quadro elétrico. Além de receber o auxílio-doença do INSS, a empresa que tem um seguro cobre despesas médicas e oferece uma indenização por afastamento prolongado.
Para receber esse benefício, ele deve apresentar o laudo médico e a CAT, permitindo que a seguradora avalie o caso e libere o pagamento.
Entender os diferentes tipos de acidentes de trabalho é importante para prevenir riscos e garantir mais segurança para todos. Medidas de prevenção, como treinamentos e boas práticas, fazem toda a diferença na redução desses incidentes.
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