O judô brasileiro está levando a sério o… sono. Segundo uma reportagem do UOL, colocar os atletas para dormir bem virou uma estratégia da Confederação Brasileira de Judô na preparação para as Olimpíadas do Rio 2016.
Desde 2009, os principais lutadores brasileiros participam de um estudo que envolve monitoramento do sono e estão tratando distúrbios que podem atrapalhar o desempenho nas competições.
“Se uma modalidade quiser sair de quatro medalhas olímpicas para seis, é preciso trabalhar em detalhes. E cada detalhe pode fazer uma baita diferença. O monitoramento do sono é um deles”, afirma Breno Schor, médico da seleção brasileira.
O peso-pesado Rafael Silva, vice-campeão mundial e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de 2012, é um exemplo desse trabalho cuidadoso. Ele tratou a apneia que obstruía as vias aéreas durante a noite e dormir melhor vai ajudá-lo em sua evolução muscular e também na perda de peso.
De acordo com estudos científicos, uma noite bem dormida tem cinco fases. Nas três primeiras, o corpo relaxa. Entre a terceira e a quarta, libera uma série de hormônios responsáveis pela manutenção das funções orgânicas. Um deles é a grelina, que controla a sensação de fome. Quem não dorme bem tem oscilações de apetite mais rápidas, contribuindo para uma dieta desregrada. Assim, o sono de qualidade ajuda a manter os níveis normais de fome, ajudando a controlar o peso.
A testosterona também é liberada nas fases de sono pesado. Quem tem um sono constantemente interrompido por uma apneia, por exemplo, tem crescimento muscular mais lento.
Cuidar do sono, portanto, não só ajuda a ter mais disposição para enfrentar uma competição intensa como as Olimpíadas, como aprimora o funcionamento do organismo nos mínimos detalhes.
Conquistar medalhas pode ficar mais simples quando se dorme bem, quem diria?
Fontes: UOL (http://olimpiadas.uol.com.br/