A cefaleia, conhecida como dor de cabeça, atinge a grande maioria de nós – cerca de 70% das mulheres brasileiras e 50% dos homens brasileiros apresentam pelo menos um episódio assim ao mês, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia. Ainda segundo a entidade, 13 milhões de brasileiros sofrem de dor de cabeça pelo menos 15 dias por mês, o que é chamado de cefaleia crônica diária.
É importante saber que ter dor de cabeça é comum, mas não é normal. Acreditando nessa suposta normalidade, muitas pessoas marcam consultas médicas somente quando experimentam dores intensas ou frequentes. Mas toda dor de cabeça deve ser enxergada como um sintoma que pode fazer parte de diversos quadros clínicos, dos mais simples aos mais complexos.
É possível também que a cefaleia seja o único sintoma, caso da dor de cabeça tensional, ligada ao estresse e ao cansaço, e da enxaqueca, que costuma ser mais forte e é frequentemente acompanhada de aversão à luz, náuseas, entre outras sensações desagradáveis.
A ideia de normalidade relacionada à dor de cabeça pode atrasar diagnósticos e o tratamento adequado a cada paciente, além de levar à automedicação. Quando isso ocorre de forma indiscriminada, o organismo pode se acostumar ao medicamento e perder seus próprios mecanismos de regular a dor. Assim, a dor é cada vez mais intensa, o que leva o paciente a tomar remédios cada vez mais potentes, diminuindo as chances de cura e aumentando os riscos associados à medicação contínua.
Não hesite em consultar um médico em caso de dor e veja a seguir quando devemos prestar atenção redobrada à cefaleia: quando for a primeira ou a pior dor de cabeça da vida da pessoa; quando há mudanças em uma cefaleia já existente; quando começa após os 50 anos de idade; quando progride em intensidade e frequência rapidamente, em dias ou semanas; quando ocorre exclusivamente durante tosse, atividade sexual ou esforço físico; quando for acompanhada de febre, confusão mental, rigidez na nuca, convulsões, paralisias, desequilíbrio ou qualquer sinal neurológico.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaleia (http://www.sbce.med.br/index.php/joomlart/infancia-e-adolescencia/253-ter-dor-de-cabeca-e-comum-mas-nao-e-normal; http://www.sbce.med.br/index.php/joomlart/infancia-e-adolescencia/252-a-automedicacao-agrava-as-dores-de-cabeca-cronicas)