Afinal, estamos sentindo cada vez mais os impactos do desenvolvimento industrial dos últimos 250 anos e da urbanização dos países em desenvolvimento. Alterações da atmosfera, esgotamento dos recursos naturais e eventos climáticos atípicos causados pelo efeito estufa e pelo aquecimento global estão se tornando preocupantes. Além disso, a extrema poluição, a formação das ilhas de calor, a inversão térmica, a má destinação dos resíduos sólidos e a ausência de saneamento fazem acender, para o mundo, o sinal de alerta.
Diante do entendimento de que alguns recursos naturais são finitos e outros podem levar muito tempo para se renovar, passamos a buscar alternativas que permitam manter o desenvolvimento econômico aliado à preservação do meio natural. Daí, surgiu o tão falado conceito de sustentabilidade. Ele nada mais é do que a capacidade de algo se sustentar, se conservar e permanecer ao longo das gerações para suprir as necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras.
Mas essa não é uma questão simples de ser resolvida, pois mexe com hábitos de várias gerações. E os desafios são muitos: como vencer a lógica consumista, as desigualdades sociais, os impactos negativos da urbanização concentrada e da produção industrial em larga escala.
A conscientização individual é muito importante. Mas é preciso mais: um sistema de cooperação mútuo entre as nações a fim de desenvolver metas ambientais que atendam as necessidades básicas para a conservação da natureza.
E cada vez mais países tem participado deste importante debate sobre os problemas do meio ambiente: se na década de 70, a Conferência de Estocolmo reuniu líderes de 113 países; a ECO-92 realizada no Brasil, em 1992, juntou 172 países. Depois dela, a Conferência das Partes, acontecida em Berlim (1995), Genebra (1996) e Kyoto (1997) e o Rio +10 realizado em Joanesburgo, em 2002, contaram com 189 países. Por último, o Rio +20 reuniu no Rio de Janeiro, em 2012, representantes de 193 países.
As principais propostas levantadas nesta última conferência foram: erradicar a pobreza, integrar aspectos econômicos, sociais e ambientais ao desenvolvimento sustentável, proteger os recursos naturais, mudar os modos de consumo, promover o crescimento econômico sustentável, reduzir as desigualdades e melhorar as condições básicas de vida.
Além disso, levantaram um questionamento que vale a reflexão: “Qual o futuro que queremos?”