Pandemia é uma palavra que causa uma série de questionamentos e, claro, muita ansiedade. Até o momento, o vírus causador da Covid-19 já infectou mais de 4 milhões de pessoas e causou mais de 270 mil mortes no mundo.
Esses números são assustadores, já que estamos lidando com algo novo e totalmente desconhecido. Por isso, é importante seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde para que as estatísticas não aumentem ainda mais.
Você sabia que esse cenário é semelhante ao provocado por outras pandemias no mundo? Conheça 5 delas e entenda por que elas foram motivo de muitas mortes.
O que é pandemia?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, pandemia é um termo que diz respeito a determinada doença que se espalha rapidamente por meio de contaminação sustentada.
Ela é calculada, não pelo seu nível de gravidade, mas pela sua proliferação geográfica, que pode alcançar outros países ou continentes. Em outras palavras, nem toda pandemia provoca grande número de mortes. Isso vai depender da natureza de cada doença.
Pandemias marcantes na história
Como já dissemos no início desse artigo, o coronavírus não é o primeiro e, provavelmente, não será o último fator que desencadeia contágios e mortes em série. Na história, outras doenças foram responsáveis por pandemias. Confira quais são:
Peste bubônica
Causada pela bactéria Yersinia Pestis, a peste bubônica pode ser desencadeada pelo contato do indivíduo com pulgas ou roedores infectados. A doença é popularmente conhecida como peste negra.
Ela foi responsável pela morte de mais de 200 milhões de pessoas no século 14 só na antiga Eurásia. Estudiosos acreditam que ela pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões para 350 milhões de pessoas.
Os sintomas da peste bubônica incluem inchaço dos gânglios linfáticos na axila, virilha ou pescoço, febre, dor de cabeça, calafrios, fadiga e dores musculares. Graças ao avanço das pesquisas em saúde, hoje, ela é tratada com antibióticos e isolamento do paciente.
Além disso, é necessário localizar e parar a fonte de infecção na área onde o caso humano foi exposto, além de instituir saneamento e controle de medidas apropriadas para impedir a fonte de exposição.
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Varíola
Essa doença causou uma das pandemias no mundo que assombrou a humanidade por mais de 3 mil anos. Popularmente conhecida como “bixiga”, ela acometeu faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França.
Ao longo da história, vários surtos da doença causaram mortes em diversas partes do mundo. No século XVIII, a estimativa era de que 400 mil pessoas morriam por ano, somente na Europa.
De acordo com estudiosos, somente no XX a varíola pode ter sido a causa de, aproximadamente, 500 milhões de mortes. Causada pelo vírus orthopoxvírus variolae, ela era transmitida de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias.
Os sintomas são febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Em 1980, a varíola foi erradicada do planeta, após forte campanha de vacinação. Por isso, é importante manter seu calendário de imunizações sempre em dia.
Cólera
A cólera também já foi responsável por causar pandemias em diferentes momentos da história. A primeira pandemia ocorreu entre 1817 e 1823, saindo do Vale do Rio Ganges e acometendo a África e outras regiões da Ásia.
Na década de 1990, somente a região Nordeste do Brasil registrou mais de 150 mil casos. Em 2019, a cólera foi a responsável pela morte de mais de 40 mil pessoas. A doença é causada pela vibrio cholerae.
A razão pela dissipação da cólera são as diversas mutações pelas quais a bactéria passa de tempos em tempos, o que causa novos ciclos de contaminação. Sua transmissão ocorre por meio do consumo de água ou alimentos contaminados.
Os sintomas são diarreia intensa, enjoo e cólicas. O tratamento é à base de antibióticos. O combate à cólera é de responsabilidade pública. Quanto maior for o investimento em saneamento básico e distribuição de água potável, mais longe estaremos da bactéria.
Gripe Espanhola
A gripe espanhola é uma das pandemias no mundo que mais tem sido mencionada ultimamente. Ela foi responsável por matar, aproximadamente, 50 milhões de pessoas em 1918.
Mais de um quarto da população mundial foi infectada. Entre elas, o presidente do Brasil, Rodrigues Alves, que morreu da doença, em 1919. O vírus veio da Europa em um transatlântico que desembarcou infectados em Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
Ao contrário do que muita gente imagina, sua origem pode estar na China ou Estados Unidos. O nome gripe espanhola de deve ao fato de que a imprensa da Espanha foi a responsável por quebrar a censura e divulgar a pandemia para o restante do mundo.
Causada por um vírus influenza mortal, os sintomas eram bem parecidos com os da atual Covid-19. O histórico de prevenção também é comum aos dois contextos. A quarentena, o uso de máscaras e o isolamento social foram as medidas adotadas.
A diferença é que, em 1919, o sistema de saúde entrou em colapso por não suportar a demanda de pacientes internados com os sintomas da gripe espanhola. Isso culminou na improvisação de hospitais.
É importante lembrar que ainda não existiam antibióticos naquela época. Os pacientes mais graves e que desenvolviam infecções sofriam de forma significativa.
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Gripe Suína (H1N1)
A H1N1 marcou a primeira pandemia do século 21. O vírus, que faz parte do influenza tipo A, teve origem no México, em 2019. O nome popular, gripe suína se deve ao fato de a doença ter acometido porcos em um primeiro momento.
A doença matou mais de 16 mil pessoas no mundo. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio 2009. Um mês depois, o país contabilizou, 627 pessoas infectadas, de acordo com o Ministério da Saúde.
O contágio se dá por meio do contato gotículas respiratórias infetadas no ar ou pelo contato com superfície contaminada. Seus sintomas são febres, tosse, dor de garganta, calafrios e dores no corpo.
O tratamento consiste na administração de antiviral. Também podem ser prescritos, de acordo com o quadro do paciente antitérmico, analgésico e expectorante.
Como você pode notar, as pandemias no mundo acompanham diferentes períodos históricos. Muitas doenças só estão erradicadas ou controladas, graças aos avanços de pesquisas na área da saúde.
Muitas foram as pandemias já existentes, até que ouve uma vacina ou medicamento eficaz para combater. Ouve pandemias que duraram muitos anos. A população passou a conviver depois com essas doenças sem maiores problemas. Com o Coronavírus não é diferente. Até que surge uma vacina eficaz para combater o vírus, milhares de vidas são perdidas. Pode ser que daqui a alguns anos surja outras doenças graves e Pandemias. É preciso haver sempre pesquisadores na área da saúde para estar ajudando a combater tais doenças. O governo têm que investir nas pesquisas.
Olá Nideci, tudo bem? É isso aí! Investir na educação e ciência é fundamental para prevenir novas doenças que podem surgir, além de tratar das existentes.