O pequeno aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue não era popular fora das rodas de profissionais de saúde. Antes da pandemia, você sabia o que é um oxímetro? Agora, o nome tornou-se amplamente conhecido e eles desapareceram das farmácias. Para comprar o novo objeto de desejo, tem sido necessário encomendá-lo e pagar pelo menos o dobro do preço praticado no período anterior ao novo coronavírus.
A corrida pelo oxímetro é justificada porque serviria de alerta para um dos sinais importantes da COVID-19, o ataque agressivo aos pulmões. Como o Sars-Cov-2 pode promover uma ofensiva “silenciosa”, o oxímetro significaria um aviso de perigo antes da doença comprometer a função pulmonar e provocar uma insuficiência respiratória aguda. Ou seja, ela seria detectada precocemente.
No entanto, os médicos são cautelosos na recomendação do equipamento.
“Sabe-se que a queda da oxigenação é um dos primeiros sinais de agravamento em pacientes com o coronavírus, mas isso ocorre em uma minoria: estima-se, baseado em estudos epidemiológicos, algo por volta de 1% dos casos”, diz o pneumologista Heli Samuel Pinto Souza. “Logo, ter um oxímetro em casa não deve ser a regra”, pontifica.
O especialista recomenda o acompanhamento com oxímetro doméstico a pessoas mais vulneráveis, de maneira geral.
“Especialmente idosos, diabéticos, portadores de doenças cardíacas ou pulmonares têm quadro potencial de evoluir para uma pneumonia grave.”
Em nota oficial, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) afirma que “não existe indicação do uso de oxímetro domiciliar em indivíduos sem doenças pulmonares crônicas ou como método de diagnóstico precoce da COVID-19.” A instituição sugere que a decisão da monitoração por oximetria em casa fique a cargo do médico que assiste o doente.
Como funciona?
Em contato com a pele, o oxímetro de pulso (esse é o nome completo) emite feixes de luz que mensuram quanto oxigênio é transportado pelo sangue. Em geral, o aparelho fica encaixado no dedo ou preso ao lóbulo da orelha como um clipe com uma pequena tela digital. É indolor e não invasivo.
Em pessoas saudáveis, a saturação de oxigênio deve ser maior ou igual a 95%. Caso exista alguma doença pulmonar, o índice de oxigênio sanguíneo será menor. A interpretação dos resultados de ser feita por um médico.
“O uso domiciliar de oxímetro tem risco de provocar ansiedade e confusão no paciente, uma vez que os valores do nível de oxigênio também podem variar de acordo com a temperatura, o sono, a posição do aparelho no dedo e outros fatores como a presença de esmalte nas unhas, diz o pneumologista. “
Habitualmente é um dispositivo para ser usado pelo médico no consultório, permitindo uma avaliação imediata da saturação de oxigênio durante a consulta.”
Se for utilizado em casa, a melhor leitura é alcançada quando a mão está aquecida, relaxada e mantida abaixo do nível do coração, de acordo com a SBPT. Heli Souza enfatiza que o oxímetro não serve para diagnóstico do novo coronavírus.
“Antes de haver queda no valor da oximetria, o paciente já apresenta diversos outros sintomas da COVID-19.”
Gostei muito das explicações tirou muitas dúvidas eu já estava ansioso estou me sentindo melhor obrigado.