A osteoporose é uma doença crônica que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. É como se nossos ossos perdessem sua densidade e resistência ao longo do tempo. Essa condição pode ser silenciosa, muitas vezes não apresentando sintomas até que uma fratura ocorra.
As fraturas causadas pela osteoporose podem ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa, causando dor crônica, limitações físicas e até mesmo incapacidade funcional.
No entanto, com o conhecimento adequado e a adoção de medidas preventivas, é possível reduzir o risco de desenvolver essa condição. Afinal, uma vida ativa e repleta de bem-estar só é possível quando cuidamos da estrutura que nos sustenta.
Ao longo deste artigo, confira algumas orientações práticas para manter sua saúde óssea em dia.
O que é osteoporose?
A osteoporose ocorre quando o organismo produz pouco osso novo ou reabsorve mais osso do que deveria, resultando em um desequilíbrio entre a sua formação e destruição.
O termo “osteoporose” vem do grego e significa “osso poroso”, e é exatamente essa característica que faz com que eles se quebrem com facilidade.
Embora a doença possa afetar qualquer osso do corpo, as fraturas mais comuns ocorrem no quadril, no femur, na coluna e no punho.
Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com essa condição, que pode comprometer a qualidade de vida e aumentar o risco de morte.
Quais são os fatores de risco?
A osteoporose pode afetar qualquer pessoa, mas existem alguns fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença. Alguns deles são:
- Idade avançada: É comum em pessoas mais velhas, pois a densidade óssea diminui com o tempo.
- Sexo: As mulheres são mais propensas do que os homens, principalmente após a menopausa, quando há uma queda na produção do hormônio estrogênio, que protege os ossos.
- Histórico familiar: Se você tem parentes próximos com osteoporose, você está em maior risco.
- Baixa ingestão de cálcio: A falta de cálcio na dieta pode enfraquecer os ossos ao longo do tempo.
- Sedentarismo: A falta de atividade física reduz a estimulação dos ossos e diminui a sua densidade.
- Fumo e consumo excessivo de álcool: Esses hábitos têm muitos malefícios, incluindo o prejuízo à saúde óssea.
- Doenças: Algumas condições médicas podem afetar a saúde dos ossos, como diabetes, hipertireoidismo e insuficiência renal.
- Medicamentos: Alguns medicamentos, como os corticoides, quando utilizados por um longo período, podem afetar o equilíbrio ósseo.
Elementos que podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose
Além dos fatores de risco mencionados, outros elementos podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose.
A falta de vitamina D, que ajuda na absorção de cálcio, pode desempenhar um papel crucial. Da mesma forma, o desequilíbrio hormonal e distúrbios da tireoide podem afetar a saúde óssea.
Quais os sintomas da osteoporose?
A osteoporose é frequentemente chamada de “doença silenciosa” porque, nos estágios iniciais, não causa sintomas óbvios. À medida que a condição progride, no entanto, os seguintes sintomas podem se tornar evidentes:
- Dor na coluna;
- Diminuição da altura;
- Postura curvada (cifose);
- Formigamento nas pernas;
- Fraturas frequentes.
Se você apresentar algum desses sinais ou tiver algum fator de risco, procure um médico para realizar uma avaliação da sua saúde.
Segundo o Dr. Ramon Teodoro Silveira, Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia na Unimed Vale do Aço, a osteoporose pode ser assintomática até que o paciente apresente uma fratura.
“As fraturas mais comuns relacionadas à osteoporose são as vertebrais, de antebraço e de quadril (fêmur proximal). A osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos e atinge ambos os sexos, mas com predominância no sexo feminino, e a sua prevalência aumenta com a idade. Devemos considerar que mulheres na pós-menopausa e homens acima de 50 anos sejam diagnosticados com osteoporose se tiverem um risco elevado para fraturas”.
– Dr. Ramon Teodoro Silveira
Por que é importante o diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce da osteoporose é fundamental para prevenir as fraturas e suas complicações, que podem ser graves e até fatais.
Além disso, quando identificada em estágios iniciais, a doença pode ser tratada com medicamentos e mudanças no estilo de vida para minimizar a perda óssea e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A densitometria óssea é um exame de imagem indolor que pode medir a densidade dos ossos e identificar a condição antes que ela se agrave.
Além disso, o médico pode solicitar exames de sangue e de urina para avaliar os níveis de cálcio, vitamina D e hormônios, identificando as causas e consequências da osteoporose.
Como se prevenir da osteoporose?
A prevenção da osteoporose envolve uma combinação de estratégias de estilo de vida, incluindo uma alimentação saudável, exercícios físicos regulares e a manutenção de um peso corporal adequado.
Alimentação rica em cálcio e vitamina D
O cálcio e a vitamina D são essenciais para a formação e a manutenção dos ossos. Por isso, é importante consumir alimentos que sejam fontes desses nutrientes, como:
- Leite e derivados;
- Vegetais verde-escuros;
- Sementes;
- Oleaginosas;
- Peixes.
A vitamina D também pode ser obtida pela exposição solar moderada (cerca de 15 minutos por dia) ou por suplementos, se necessário.
Hábitos saudáveis
Outros hábitos saudáveis que podem prevenir a osteoporose são:
- Evitar o consumo de álcool e cigarro;
- Manter o peso adequado;
- Controlar as doenças crônicas;
- Usar os medicamentos corretamente, conforme a prescrição médica.
Exercícios para fortalecimento ósseo
A atividade física regular também é essencial para prevenir a osteoporose, pois estimula a formação óssea, melhora o equilíbrio, a força muscular e a coordenação motora, reduzindo o risco de quedas e fraturas.
“É possível atuar sobre os fatores de risco para fraturas por fragilidade óssea. Essa ação deve iniciar-se ainda na infância e adolescência. É na juventude que o ser humano realiza seu “estoque” de massa óssea. Assim é muito importante que crianças e adolescentes sejam fisicamente ativos, brinquem muito e se exercitem ao ar livre. Mas é muito importante também que, por toda a vida, sigamos praticando atividades físicas, principalmente exercícios de resistência e fortalecimento muscular. O sedentarismo é um importante fator de risco para osteoporose e consequentes fraturas.“
– Dr. Ramon Teodoro Silveira
Quais exercícios que ajudam a fortalecer os ossos?
Atividades físicas que envolvem impacto e resistência muscular são as mais recomendadas para fortalecer os ossos.
- Os exercícios de impacto são aqueles que envolvem saltos, corridas ou caminhadas. Alguns exemplos incluem pular corda, subir escadas, dançar ou jogar tênis.
- Os exercícios de resistência muscular são aqueles que utilizam pesos ou elásticos para trabalhar os músculos. Alguns exemplos incluem musculação, pilates e ioga.
A Organização Mundial da Saúde sugere que os adultos pratiquem de 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana.
Pessoas já diagnosticadas com osteoporose devem dar prioridade a exercícios que visem melhorar o equilíbrio, a fim de reduzir o risco de quedas.
“Embora não se trate de uma ação específica da prevenção da osteoporose, é muito importante salientar que a prevenção de quedas é uma ação central no manejo dessa doença. Sobretudo em pessoas acima dos 65 anos de idade, é muito importante corrigir problemas visuais e auditivos, controlar doenças do coração e outras comorbidades, cuidados com os pés e calçados, adequações ambientais como remoção de obstáculos, instalação de barras de apoio, iluminação noturna adequada e a prática regular de exercícios físicos.”
– Ramon Teodoro Silveira
Tratamento da osteoporose
O tratamento da osteoporose envolve medidas para prevenir fraturas, o uso de medicamentos para aumentar a densidade óssea, além das estratégias preventivas mencionadas acima.
Cada indivíduo apresenta uma condição única; por isso, é importante que a terapia seja personalizada e acompanhada por um profissional da saúde.
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