Olá Pessoal,
Tudo bem?
O mês de junho começou quente e assustado. Mês de Maio tivemos um mês onde imperou o otimismo e vimos Bolsa subindo, Dólar e Juros caindo e prenunciava um mês de Junho também positivo.
A otimismo de maio pode ser resumido em 5 pontos:
- Ritmo de abertura das economias ao redor do mundo indo bem especialmente na Zona do Euro, EUA e China.
- Indicadores econômicos de EUA e China melhores do que o esperado tanto de queda das economias, como na produção industrial e taxas de desemprego.
- Retomada do preço do Petróleo indicando que o risco de excesso de estoques não estava ocorrendo, houve certo alinhamento dos membros da OPEP+ e que voltou a crescer o consumo indicando uma recuperação econômica.
- Novos anúncios de Pacotes Monetários e Fiscais das maiores economias do mundo. A China, a Coreia do Sul e a Zona do Euro já fizeram seus anúncios e criou-se uma expectativa de que os EUA fizessem o mesmo.
- Cresceu a expectativa da oferta de uma vacina com os avanços importantes da pesquisa da Universidade de Oxford no Reino Unido. A pesquisa encontra-se na Fase 3 (uma antes da aprovação final) e o Brasil foi escolhido para essa fase, colocando o país no mapa da vacina.
Como sempre dizemos o caminho da recuperação será desafiador e veremos “soluços” nessa jornada. Foi o que aconteceu no início de junho. Tudo começou com o discurso do Jerome Powell, Presidente do FED – Banco Central Americano quando disse que os indicadores econômicos disponíveis apontam para uma estabilização da atividade e uma recuperação modesta da economia americana. Nas palavras dele “permanece uma incerteza significativa sobre o momento e a força da recuperação”. Um duro choque de realidade para um mercado que estava entrando em euforia.
A essa altura vale fazer referência ao título dessa PrevNews. O que é uma recuperação e “V” ou em “U”? O gráfico abaixo demonstra muito bem o comportamento dos dois tipos de recuperação. As duas curvas apresentam a mesma intensidade de queda. Saindo em t1 de +10 para t7 em -2. No entanto a recuperação ao ponto original (+10) na curva em “V” ocorre em t13 e na curva em “U” ocorre apenas em t21. Em outras palavras a curva em “V” precisou de t+6 para recuperar o ponto +10 enquanto a curva em “U” precisou de t+14 (8 períodos a mais).
É exatamente a forma de recuperação que tem sido a maior preocupação dos Governos no Mundo todo. A fala do Presidente do FED sugere que os primeiros indicadores mostram uma possível recuperação nos EUA em “U” e não em “V”. Se for assim nos EUA, outras regiões também podem seguir a mesma trajetória.
Além disso, voltou a aumentar a preocupação com o ritmo de abertura das economias com a flexibilização das regras de quarentena com um possível segunda onda de contaminação que abrigue um novo fechamento. Observamos relatos de um aumento do número de contaminações em várias regiões pós flexibilização (Zona do Euro, Coreia do Sul, EUA, China, Japão e Nova Zelândia). Pequim, por exemplo, já determinou o isolamento de algumas regiões.
A preocupação com uma segunda onda de contágio é válida, até porque tudo indica que a vacina deve mesmo ficar disponível só no primeiro semestre de 2021. No entanto, é importante considerar que a Comunidade Científica e Governos sabem hoje muito mais sobre a doença do que no começo da pandemia, se tem padrões mais assertivos de acompanhamento da doença, se conhece melhor as medidas mais eficientes de controle e prevenção e os sistemas de saúde estão melhor aparelhados para enfrentar a doença. Tudo isso sugere que o risco de uma segunda onda existe, mas serão casos localizados e administráveis.
Naturalmente o Brasil se inclui nesse cenário e temos desafios maiores. Por aqui as curvas de contágio parecem indicar que não estamos em trajetória descendente e já estamos promovendo flexibilizações em várias regiões. O ambiente político está bastante tenso, mas apesar da tensão está sendo preservada a agenda focada no descontrole das contas públicas, déficit público e endividamento do Estado Brasileiro, bem como permanecem as discussões de pautas reformistas. Até aqui as tensões políticas estão mais concentradas no campo ideológico e observa-se certa convergência nos temas estruturais da Economia Brasileira.
Fato é que há duas grandes forças mexendo com o mercado no Brasil e no Mundo. De um lado os fundamentos da economia real e de outro o gigantesco volume de dinheiro disponível pelos generosos pacotes Fiscais e Monetários mundo afora. Se os fundamentos sugerem que ainda não está claro se a recuperação será em “V” ou em “U”, é a liquidez, juros baixos e a perspectivas de novos estímulos fiscais e monetários que estão falando mais alto.
É nesse contexto que os Fundos de Previdência continuam na sua trajetória de recuperação após o susto de março. Até o dia 15/06 o RV15 acumulava uma rentabilidade no mês de 1.140% do CDI e nos últimos 3 meses 550% do CDI. O RF100C até 15/06 acumula no mês rentabilidade de 261% do CDI e nos últimos 3 meses 180% do CDI. Em ambos os fundos uma recuperação muito consistente.
Esses resultados consistentes na recuperação confirmam a eficiência do modelo de Governança da Seguros Unimed no acompanhamento da gestão dos fundos e na qualidade dos Gestores Parceiros, BNP Paribas Asset Management e Claritas Asset Management.
Um abraço, cuidem-se bem e boas vendas.
Luiz Sacchetto é administrador de empresas com mais de 30 anos de experiência em finanças. Já atuou em bancos e em empresas dos setores agrícola, farmacêutico, químico e de seguros. Atualmente é Gerente Nacional de Vendas do ramo Previdência na Seguros Unimed.
Boa inciativa este blog. Sempre trazendo novidades sobre o mercado financeiro e também referente ao produto seguro e analises das tendências após pandemia do Covid 19.