Nos últimos meses, o Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste.
O que é microcefalia?
É uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal.
A microcefalia está associada a outros problemas? Que sequelas a criança pode ter?
– Atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor (90% dos casos);
– O tipo e o nível de gravidade da sequela variam caso a caso, e em alguns casos a inteligência da criança não é afetada;
– Déficit cognitivo (limitações no funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social);
– Limitação visual ou auditiva;
– Epilepsia, paralisia e convulsões;
– Autismo.
O que pode causar microcefalia?
As causas da microcefalia podem incluir doenças genéticas ou infecciosas, exposição a substâncias tóxicas ou desnutrição (como consumo de cigarro, álcool ou drogas como cocaína e heroína durante a gravidez); Síndrome de Rett; envenenamento por mercúrio ou cobre; meningite; HIV materno; doenças metabólicas na mãe, como fenilcetonúria; uso de medicamentos contra epilepsia, hepatite ou câncer nos primeiros 3 meses de gravidez.
Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose durante a gravidez também aumentam o risco do bebê ter microcefalia.
Além destas, existe a suspeita de que a doença causada pelo Zika vírus, quando ocorre durante a gestação, também possa estar ligada à microcefalia.
A importância dos cuidados destes pacientes na Odontologia
Estes pacientes constituem um grupo que pode ser considerado de alto risco para o desenvolvimento de doenças bucais em função do:
– Uso de medicamentos;
– Dificuldade na realização do controle de placa bacteriana (é uma película aderente e transparente constituída por bactérias a açúcares. É a principal causa de cáries dentárias e doença gengival e pode endurecer transformando-se em tártaro se não for removida diariamente);
– Alteração salivar;
– Dieta cariogênica (conjunto de alimentos sólidos e líquidos, que possibilitam o aparecimento das cáries dentárias);
– Alteração muscular.
Portanto, estes pacientes devem receber atenção precoce e cuidados contínuos para evitar problemas futuros.
Estas pessoas têm uma necessidade aumentada para o cuidado preventivo odontológico, para prevenção de cáries e doenças periodontais.
A maioria destes pacientes não apresenta plena capacidade de realizar seus cuidados bucais necessitando da ajuda de demais pessoas. A participação de familiares ou responsáveis nestes cuidados é fundamental para o sucesso do tratamento odontológico e para promoção da saúde bucal do paciente.
Quanto maior o grau de dependência do paciente, mais atenção o cuidador deve ter à higienização e aos cuidados preventivos.
A primeira consulta odontológica deve ser composta de uma aproximação com o paciente e familiares, assim como o conhecimento das condições médicas preexistentes.
Os procedimentos odontológicos não diferem tecnicamente daqueles realizados em qualquer indivíduo. As principais diferenças envolvem:
– As características do espaço físico do consultório (acesso facilitado com rampas, elevadores e portas amplas);
– A análise psicológica do paciente e da família;
– A abordagem do próprio paciente;
– Os cuidados pré e pós-operatórios.
Desta forma, a odontologia para pacientes com necessidades especiais se faz extremamente importante e essencial!
Você Sabia…
A especialidade de Pacientes com Necessidades Especiais cuida daqueles pacientes que têm alguma deficiência intelectual, física, motora ou que necessitem de um cuidado especial, como diabéticos, portadores de problemas cardíacos e gestantes. O especialista terá um olhar global sobre o tratamento odontológico e sua relação com medicamentos e possíveis interações com seu quadro.
Responsáveis técnicos:
Dra. Cristiane Hiromi Tamaki – CRO 60531
Dra. Luciana Ferreira Ramos – CRO 73307
Dra. Renata Peixinho – CRO 97388
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