Lúpus é uma doença autoimune que pode atingir qualquer pessoa em diferentes fases da vida. No entanto, essa condição costuma ser mais predominante em mulheres entre 20 a 45 anos.
Assim como toda doença autoimune, as células de defesa de quem tem lúpus começam a atacar as células saudáveis, o que pode desencadear diversos problemas para o organismo.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico, ou somente Lúpus, é uma doença que pode se manifestar em diversos órgãos, como pele, coração, rins e pulmão. Por isso, os sintomas podem variar de acordo com a área que essa doença afeta.
Além disso, essa condição não tem cura. Contudo, com o tratamento adequado é possível minimizar os sintomas e proporcionar ao paciente uma boa qualidade de vida.
O médico que cuida dos pacientes com essa condição é o reumatologista. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames de sangue e, em alguns casos, através de uma biópsia.
Continue lendo este artigo para saber o que é Lúpus, como essa condição se manifesta e como funciona o tratamento.
Como o lúpus se manifesta?
O lúpus não evolui da mesma forma em todas as pessoas. Em alguns pacientes, essa doença pode levar meses para se manifestar, já em outras pessoas ela pode evoluir em poucas semanas.
Além disso, como essa condição não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas, é preciso prestar ainda mais atenção aos sintomas. Os tipos de lúpus existentes são:
Lúpus discóide ou cutâneo
Esse tipo de lúpus se manifesta somente na pele, causando lesões nessa parte do corpo. No entanto, em alguns pacientes essa condição pode evoluir e atingir outros órgãos. Por isso, é muito importante que o diagnóstico dessa doença seja feito o mais cedo possível, para evitar complicações na saúde da pessoa.
Lúpus sistêmico
Já em outros pacientes essa condição pode afetar diferentes órgãos e articulações, gerando inflamações nesses locais. Caso não seja tratado, o lúpus sistêmico pode afetar gravemente a saúde da pessoa.
Lúpus neonatal
Esse tipo de lúpus pode afetar os filhos de mulheres com essa condição. Contudo, na maioria dos casos, o tratamento para os recém-nascidos é bem-sucedido. Além disso, o médico pode identificar o lúpus neonatal ainda na gestação, e começar a tratar o bebê na barriga da mãe.
Lúpus induzido por medicamentos
Algumas pessoas apresentam sintomas parecidos com os dos pacientes com lúpus após tomarem determinados remédios. No entanto, ao interromperem o uso dessas substâncias, os sintomas desaparecem.
Como essa condição pode se manifestar de diferentes formas, é muito importante que todos conheçam essa doença. Dessa forma, quem tiver um desses sintomas vai saber que precisa procurar ajuda.
Além disso, assim como ocorre com outras doenças, quem é diagnosticado precocemente tem mais chances de ter um tratamento bem-sucedido. Por isso, iniciativas como o fevereiro roxo são importantes para alertar a população sobre a existência dessa condição.
Quais são os sintomas?
Como o lúpus pode se manifestar de diferentes formas, os sintomas vão variar de acordo com o órgão afetado. Contudo, alguns sinais são comuns para todos os pacientes, são eles:
- Febre;
- Perda de apetite;
- Fadiga;
- Desânimo.
Já os outros sintomas vão variar conforme a parte do corpo afetada pela doença.
Quando o lúpus atinge o cérebro, por exemplo, o paciente pode apresentar:
- Dor de cabeça;
- Convulsão;
- Alteração de humor;
- Depressão.
Contudo, quando essa condição atinge as articulações a pessoa pode ter:
- Dor;
- Inchaço;
- Tendinite.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, aproximadamente 50% dos pacientes com lúpus apresentam inflamação nos rins, o que pode levar a problemas de saúde muito graves. Nesse caso, os principais sintomas são:
- Inchaço nas pernas;
- Pressão alta;
- Urina espumosa;
- Diminuição da quantidade de urina.
Quando o lúpus afeta o coração, o pulmão ou a pele, o paciente costuma apresentar os seguintes sintomas:
- Ritmo cardíaco anormal;
- Dificuldade de respirar;
- Tosse com sangue;
- Manchas na pele;
- Fotossensibilidade.
O que pode causar a doença?
O lúpus é uma doença crônica inflamatória e autoimune, cujas causas ainda não são totalmente conhecidas.
Contudo, os médicos acreditam que essa doença tem influências genéticas e ambientais. Sendo assim, os genes que causam essa condição podem ser ativados por fatores externos, como infecções ou exposição excessiva ao sol, nos casos em que o lúpus se manifesta na pele.
Qual é o tratamento indicado para Lúpus?
O tratamento de lúpus pode variar de acordo com o órgão afetado e pelo estágio em que a doença está. Sendo assim, é fundamental que o paciente tenha o acompanhamento de um médico, pois só um profissional especializado será capaz de indicar o melhor tratamento e acompanhar o progresso do paciente.
Normalmente, o tratamento dessa condição é feito com remédios antimaláricos, anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores.
Mas, além do tratamento medicamentoso, também é importante que o paciente tenha um estilo de vida mais saudável, ele pode fazer isso da seguinte forma:
- Mantendo uma dieta saudável e equilibrada;
- Fazendo exercícios físicos regularmente;
- Não se expondo ao sol de maneira exagerada;
- Dormindo bem;
- Não fumando.
O lúpus não tem cura, portanto, quem tem essa doença vai precisar fazer um acompanhamento médico por toda a vida.
Como essa condição pode afetar o estado emocional das pessoas, já que não há perspectiva de cura, é recomendado que os pacientes com lúpus também façam acompanhamento com um psicólogo.
Qual é a importância do fevereiro roxo?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 65 mil brasileiros têm lúpus. Como essa doença afeta mais as mulheres, acredita-se que uma a cada 1.700 brasileiras têm essa condição.
O lúpus é uma doença que pode afetar gravemente a saúde da pessoa se não for tratada corretamente. Além disso, quanto mais cedo essa condição for diagnosticada, maiores serão as chances do paciente conseguir levar uma vida plena.
Portanto, a iniciativa do fevereiro roxo, que busca conscientizar a população não somente sobre o Lúpus, mas também sobre mal de Alzheimer e Fibromialgia, é fundamental para alertar as pessoas sobre a existência e as características dessas doenças.
A campanha do Fevereiro Roxo começou em 2014, na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Seu lema é: “se não houver cura, que ao menos haja conforto.”
Essa iniciativa tem como objetivo fazer com que as pessoas que têm os sintomas dessas doenças procurem um médico para que sejam diagnosticadas o quanto antes.
A campanha é feita com a colaboração de ONGs e de secretarias municipais de saúde. São realizadas palestras e distribuídos materiais informativos sobre essas enfermidades.
Se você se preocupa com a sua saúde e quer saber como ter um estilo de vida mais saudável, baixe o App saúde e bem-estar da Unimed na loja de aplicativos do seu celular e comece a cuidar melhor de você e da sua família.