Quando um grande problema surge, a liderança precisa assumir um papel fundamental seja nas empresas, organizações ou governos. É preciso tomar decisões claras que motivem as outras pessoas a encontrarem soluções para os desafios. É nesse momento que a liderança feminina tem se destacado.
Durante a pandemia, artigo escrito pela consultoria Zenger Folkman e publicado na Harvard Business Review, mostrou que países conduzidos por mulheres tiveram melhores resultados, levando em conta o número de casos e mortes relacionados à Covid-19.
O estudo traz à tona que, em um momento tão dramático, as mulheres conseguiram expressar maior conscientização e preocupação com a comunidade, sendo capazes de transmitir mais confiança em seus planos e estratégias.
Mas o que explica o sucesso da liderança feminina em momentos de crise?
As líderes mulheres se sobressaem em momentos desafiadores, porque, ainda de acordo com Zenger Folkman, desenvolveram habilidades, como: colaboração, trabalho em equipe e motivação. É justamente essa capacidade de inspirar e engajar os colaboradores o “x” da questão. Mulheres têm uma maior preocupação com os medos e inseguranças dos funcionários, focando sua gestão em criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos.
Além disso, está ligado ao sexo feminino a facilidade em construir relacionamentos e ter uma comunicação mais efetiva, competências fundamentais para liderar equipes em momentos de crise, em que a confiança e a colaboração são essenciais.
Outro ponto importante é que as líderes femininas são capazes de reunir pessoas com diferentes opiniões em torno de uma visão compartilhada, sendo possível perceber na liderança feminina uma escuta mais ativa e uma forma mais inclusiva de gerir equipes.
Antes, um bom líder, era visto como centralizador e dono das decisões; hoje em dia, sabendo trabalhar com as inteligências socioemocionais, como resiliência, empatia, criatividade e persuasão, acaba sendo supervalorizado no ambiente corporativo.
E neste assunto, as mulheres estão na frente! A Consultoria Caliper avaliou o potencial de mais de dois milhões de colaboradores e chegou à conclusão que líderes femininas são mais assertivas e persuasivas, além de estarem mais dispostas a assumir riscos do que os homens.
Mas, apesar dos avanços que as mulheres têm conquistado, ainda há muitos obstáculos. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de 2023 revelou que apenas 29% dos cargos de liderança na indústria brasileira são ocupados por mulheres. O preconceito e a cultura machista ainda são entraves para a implementação de programas de igualdade de gênero no local de trabalho.
Para vencer tudo isso, um bom caminho é investir em programas de liderança feminina e qualificação de mulheres e também em políticas que promovam a igualdade salarial e paridade de gênero. Só assim veremos mais e mais mulheres participando ativamente das discussões e ocupando posições de destaque nas empresas e organizações!