Um grupo de pesquisadores decidiu estudar os restos mortais do rei da Inglaterra Richard III para descobrir como era a saúde bucal na Idade Média. Eles concluíram que aquelas pessoas com dentes escurecidos mostradas em filmes não passam de mito. De acordo com o British Dental Journal, Richard III tinha uma péssima higiene bucal e colecionava cáries. Pode ser um indício de que os mais ricos eram as maiores vítimas de doenças bucais por conta da dieta, com mais acesso a açúcares.
Os restos esqueléticos de Richard III foram encontrados em setembro de 2012 embaixo de um estacionamento — antes, o local era ocupado pela Igreja de Grey Friars, onde o rei foi enterrado, em 1485, em uma sepultura anônima. Os pesquisadores descobriram que alguns dos dentes estavam faltando, muito provavelmente devido à cárie. Nos outros dentes, pode ter havido formação de cálculo dental.
Os pesquisadores também descobriram que os dentes foram extraídos por mãos habilidosas. De acordo com o estudo, cirurgiões bárbaros praticavam odontologia na época. Também não é impossível que Richard III tenha praticado as 10 regras que Giovanni de Arcoli, professor de medicina e cirurgia na Itália entre 1412 e 1427, desenvolveu para ajudar na preservação dentária.
Alguns itens são: evitar comer doces, enxaguar e limpar os dentes após cada refeição usando “pequenos pedaços de madeira.” Giovanni de Arcoli foi o primeiro a publicar sobre o uso da folha de ouro como material restaurador. “A provisão da odontologia no século 15 era surpreendentemente sofisticada com evidências de restaurações avançadas,” conclui o estudo. Dava para imaginar?
Fonte: Colgate.com.br (http://www.colgate.com.br/app/CP/BR/OC/Information/Articles/ADA/2014/article/ADA-03-Study-King-Richard-III-remains-give-insights-on-Middle-Ages-oral-health.cvsp)