Quem não sonha em garantir um futuro tranquilo para os filhos? Esse é um projeto de longo prazo que exige planejamento e educação financeira. Outro ponto importante é saber quando e como falar sobre investimento com as crianças.
Das primeiras lições sobre o dinheiro até os conceitos um pouco mais complexos sobre mercado financeiro, é possível trazer uma série de lições que serão assimiladas gradualmente pelas crianças. Ao longo dessa jornada, pais e responsáveis precisam estar preparados para demonstrar a importância de pensar no futuro, mas sem criar um ambiente rígido e desgastante em relação ao tema.
A ideia é enfatizar os benefícios do planejamento financeiro para a realização dos sonhos. Isso pressupõe que os adultos sirvam de exemplo para oferecer estímulos e orientações adequados a cada etapa do desenvolvimento. Existem cinco pontos essenciais nessa trajetória. Confira!
- Organize e planeje a sua vida financeira
- Promova a educação financeira
- Construa uma relação positiva com o dinheiro
- Estimule as conquistas
- Ensine de forma gradual
Vamos detalhar cada um desses pontos na sequência. Acompanhe!
Organize e planeje sua vida financeira
Para poderem auxiliar os filhos a conquistarem um futuro tranquilo, pais e responsáveis precisam, em primeiro lugar, organizar e planejar a própria vida financeira. Ou seja, é fundamental que tenham um bom controle do orçamento, contem com mecanismos para proteger o patrimônio e invistam em seus próprios planos de longo prazo, como a previdência.
Organizar e planejar a própria vida financeira é a melhor forma de transmitir segurança às crianças. Além disso, funciona como exemplo e estímulo para que os filhos adotem as boas práticas em relação ao dinheiro, como manter um bom controle orçamentário, formar uma reserva de emergência, planejar, investir, contar com seguros para proteger os investimentos, entre outros pontos.
Promova a educação financeira
A educação financeira pode começar muito cedo, a partir do momento em que a criança começa a demonstrar algum entendimento sobre o dinheiro. Se houve o pedido para você comprar algo, é porque a criança já compreende o básico: que o dinheiro dá acesso a coisas interessantes, como um brinquedo ou um doce. Está aí a oportunidade de explicar o que é o dinheiro e como ele funciona, de forma simples e básica, adequada para o entendimento infantil.
Com o tempo, outros conceitos podem ser trazidos e, assim que a criança tem capacidade de usar o dinheiro, até mesmo a semanada pode começar a ser dada. A autonomia é essencial no aprendizado, e como há pouco dinheiro envolvido nessa etapa, até os erros são valiosas lições. Procure sempre instruir e apoiar a criança nessa jornada.
Construa uma relação positiva com o dinheiro
Existe um erro que precisa ser evitado no processo de educação financeira: a rigidez excessiva. Muitas vezes, o desejo de fazer com que a criança aprenda a poupar e investir leva pais e responsáveis a exercerem um controle elevado. Evite impor limites severos e grandes sacrifícios. De fato, a criança deve compreender que o dinheiro existe para realizar objetivos, mas, durante a infância, os propósitos tendem a ser mais simples e o esforço precisa ser compatível com isso.
Comece preparando a criança para realizar planos de curtíssimo prazo, mesmo que pareçam banais. Como o dinheiro da semanada ou da mesada ainda é muito baixo, os desejos de maior valor demoram muito a serem alcançados. Por isso, vale a pena começar com propósitos mais modestos.
Estimule as conquistas
A experiência da conquista é fundamental nesse processo e deve ser estimulada, sem grandes pressões. Oriente a criança a ter um plano de curto prazo e se esforçar para conseguir realizá-lo. Mesmo as coisas mais simples já trazem a satisfação de alcançar o objetivo que foi estabelecido.
O equilíbrio é sempre um caminho a ser buscado ao orientar a criança nesse processo. Por exemplo, o dinheiro da semanada ou da mesada não precisa ser integralmente poupado para a realização de um sonho. É interessante mostrar que parte desse dinheiro pode ser usada para comprar coisas simples, cotidianas, enquanto outra parte pode ser poupada para adquirir algo mais caro, porém viável.
Assim, a criança vai aprendendo que o dinheiro pode ser administrado. Isto é, não há necessidade de poupar tudo para usufruir apenas no futuro assim como não é legal gastar sem considerar projetos de longo prazo.
Ensine de forma gradual
Conforme a criança vai ganhando maturidade em relação ao dinheiro, é possível instruí-la a investir com foco em rentabilizar o dinheiro. Por isso, a educação financeira é um processo gradativo. Ao falar sobre investimento para crianças é importante trazer conceitos aos poucos.
Entre os conceitos elementares, é necessário abordar a questão da segurança, que envolve uma série de fatores. A criança deve entender que esse é um assunto particular, que não deve ser abordado fora da família.
Quanto às diferentes modalidades de investimento, é interessante começar com instrumentos de fácil compreensão, como a poupança e a previdência privada. Além disso, é possível abrir uma conta poupança para menores ou aderir à previdência privada infantil.
Nesse aspecto, vale a pena explicar que é preciso escolher o investimento certo em relação ao prazo para realizar determinado objetivo. A poupança seria uma boa opção para fazer os primeiros investimentos com foco em projetos de curto prazo, e a previdência atende aos objetivos para o futuro, como alcançar uma fonte de renda passiva.
Falar sobre investimento para as crianças é uma etapa a mais da educação financeira para ensiná-la a administrar melhor o próprio dinheiro. Mas você pode se antecipar e começar a investir pensando no futuro do seu filho. A previdência privada é a melhor opção, pois esse é um investimento que se rentabiliza a longo prazo. Faça uma simulação e confira como iniciar esse planejamento.