Na década de 1940, os cientistas Warren McCulloch e Walter Pitts falaram sobre redes neurais, ou seja, estruturas de raciocínio artificiais em forma de modelo matemático, capazes de imitar nosso sistema nervoso.
Na década seguinte, 1950, o matemático Alan Turing criou o teste de Turing, uma forma de verificar se uma máquina conseguiria se passar por ser humano numa conversa por escrito.
Esse teste é chamado “Jogo da Imitação”, que virou até filme com o ator Benedict Cumberbatch no papel do cientista.
O fato é que a Inteligência Artificial não é uma coisa nova. Mas, sim, algo que está em constante aprimoramento. E a medicina é um dos campos com bastante potencial para se beneficiar dessa história toda.
Para se ter uma ideia, existem doenças que só são diagnosticadas quando estão em estágio avançado. Isso porque a avaliação do paciente é feita por meio de análise clínica dos sintomas e eles, geralmente, aparecem quando a doença já evoluiu.
A doença de Parkinson é um exemplo. Fabio Augusto Barbieri, professor e pesquisador do Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências da Unesp, campus de Bauru, e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Movimento Humano (MOVI-LAB), conduziu um estudo, junto com pesquisadores da Universidade do Porto, em Portugal.
Eles testaram diversas linguagens algorítmicas para identificar com maior precisão a doença de Parkinson e seus estágios. Para isso, os cientistas utilizaram dados coletados durante sete anos em pesquisas realizadas com voluntários.
Só para você saber, a doença de Parkinson causa deficiências motoras, que aparecem em forma de tremores, movimentos lentos, dificuldade para caminhar e desequilíbrio. Além disso, causa também problemas para dormir ou acordar, dores no corpo e distúrbios sensoriais.
A conclusão do estudo é que a Inteligência Artificial pode ser capaz de identificar a doença e seus estágios antes mesmo que sintomas, que comprometem a saúde do paciente, possam aparecer.