No Brasil, cerca de 50% a 60% da população sofre com algum grau de DTM. Além disso, essa condição costuma afetar mais mulheres em idade reprodutiva do que homens e crianças. No entanto, cada vez mais adolescentes têm apresentado esse problema.
A Articulação Temporomandibular (ATM) é o nome de uma estrutura que fica próxima ao ouvido e que liga o osso temporal à mandíbula. Essa articulação é composta por pequenos ossos e músculos.
A função da ATM é comandar todos os movimentos da mandíbula, como falar, mastigar e abrir e fechar a boca. Quando há algum problema nessa estrutura, ocorre uma Disfunção Temporomandibular (DTM).
Sendo assim, é possível perceber que ATM e DTM não são a mesma coisa, já que a primeira diz respeito a uma articulação que todas as pessoas têm. Enquanto a DTM representa uma disfunção nessa articulação, que alguns pacientes podem desenvolver ao longo da vida.
Entenda melhor a DTM neste conteúdo que preparamos pra você!
O que causa a disfunção temporomandibular?
Os dentistas acreditam que a DTM está relacionada aos seguintes fatores:
- Traumas na mandíbula – que podem ser causados por acidentes que ocasionam traumatismo na face;
- Uso de próteses mal-adaptadas ou muito gastas;
- Bruxismo – hábito de ranger os dentes enquanto dorme;
- Artrite nas articulações temporomandibular;
- Má postura;
- Tensões musculares;
- Costume de morder os lábios e as bochechas;
- Hábito de apoiar o maxilar com a mão;
- Costume de roer unhas;
- Flacidez dos músculos da mandíbula;
- Mudança na forma como os dentes superiores e inferiores se encaixam;
- Má formação da mandíbula.
Além disso, fatores emocionais, como ansiedade e estresse, também estão relacionados ao desenvolvimento de DTM, já que podem aumentar os casos de bruxismo e também fazer com que as pessoas pressionem mais os dentes.
Os casos de DTM também aumentaram devido à pandemia de COVID-19. Isso porque o número de pessoas sofrendo com estresse, ansiedade e depressão aumentou muito por causa dessa situação.
Quais são os sintomas da DTM?
A DTM é um problema que afeta mais da metade da população brasileira. No entanto, seu diagnóstico não é simples, visto que os sintomas variam muito de pessoa para pessoa.
Contudo, os principais sinais que o paciente costuma apresentar quando está sofrendo com essa condição são:
- Dificuldade para abrir e fechar a boca;
- Não conseguir abrir a boca completamente;
- Dificuldade para mastigar;
- Dentes desgastados;
- Inchaço;
- Emitir estalos quando abre a boca;
- Sensação de cansaço no rosto;
- Dores na cabeça, no pescoço e nos ombros;
- Ouvir um zumbido.
Para fazer um diagnóstico preciso, o dentista deve fazer um exame clínico no paciente, para avaliar a situação geral dele. Além de solicitar exames de imagens, como radiografias e ressonância magnética.
Como tratar a DTM
Há vários tipos de tratamento para esse problema. No entanto, somente após a avaliação de um dentista será possível determinar qual é a melhor opção terapêutica para cada paciente.
Além disso, dependendo do estado da pessoa e das causas que a levaram a desenvolver a disfunção temporomandibular, pode ser necessário que o paciente faça o tratamento também com um psicólogo ou fisioterapeuta.
Confira a seguir quais são os tratamentos mais indicados para quem sofre de DTM.
Placas de mordida
As placas de mordida são feitas de acrílico e tem a função de proteger os dentes e a mandíbula. Ela é muito indicada para pacientes que têm bruxismo e costumam ranger os dentes enquanto dormem.
Como essa estrutura ajuda a aliviar as tensões nas articulações temporomandibulares, ela é usada para tratar alguns casos de DTM.
Além disso, o uso da placa de mordida também pode ser aliado a outros tipos de tratamento, como o uso de medicamentos anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
Fisioterapia
O fisioterapeuta é um dos profissionais que podem trabalhar ao lado do dentista no tratamento dessa condição.
As técnicas de fisioterapia vão ajudar a diminuir a dor e a inflamação do local. Além disso, o fisioterapeuta também vai trabalhar na reeducação postural do paciente para ajudar a evitar novos casos de DTM.
Laser
O laser de baixa potência tem sido muito utilizado para tratar essa condição, já que tem efeito anti-inflamatório e anti-espasmódico. Além de aumentar a circulação de sangue no local e contribuir para a reparação do tecido afetado por essa disfunção. Contudo, somente um dentista pode receitar e realizar esse tipo de tratamento.
Ultrassom
O ultrassom é outro recurso muito utilizado no tratamento desse problema. Isso porque ele também tem ação anti-inflamatória, além de facilitar o processo de cicatrização e de controle da dor.
No entanto, pacientes que possuem implantes metálicos ou restaurações que possuam qualquer tipo de metal não devem fazer esse tratamento.
Cirurgia
A cirurgia é indicada para os casos mais graves de DTM, quando já há alguma alteração na mandíbula e nas articulações ou se os tratamentos menos invasivos não resolveram o problema.
Como prevenir a DTM
É possível prevenir o desenvolvimento da disfunção temporomandibular com a adoção de estilo de vida mais saudável e que ajuda a combater o estresse. Isso porque pessoas estressadas e ansiosas têm mais chances de apresentar casos de DTM.
Sendo assim, a adoção de alguns hábitos pode contribuir para diminuir o risco de desenvolver essa condição, como:
- Prática de atividades físicas;
- Passar um tempo ao ar livre;
- Ter um hobby.
Além disso, pessoas que sofrem muito com estresse e ansiedade precisam procurar ajuda profissional, já que esses problemas podem afetar a qualidade de vida e o desempenho no trabalho. Além de aumentarem as chances do paciente desenvolver outros problemas, fora a DTM.
Se você sofre de DTM, você precisa contar com o acompanhamento de um bom dentista, e para isso você deve ter um plano odontológico que atenda todas as suas necessidades. Confira os planos da Unimed Odonto e escolha o melhor para você.