Comum, essa doença viral é altamente contagiosa e causa febre, feridas ou bolhas dolorosas, principalmente em crianças. O período de maior contágio ocorre durante a primeira semana da infecção e as crianças menores de 5 anos têm mais chances de contraí-la. Entenda a condição e veja quando procurar ajuda médica!
A doença mão-pé-boca ocorre com muitas crianças, causando nelas um estado de irritação e dor. Apesar de contagiosa, essa infecção causada por vírus costuma melhorar sozinha, num período de 7 a 10 dias.
Por outro lado, os adultos também podem ser infectados, especialmente aqueles que estão com sistema imunológico fraco. Nesse sentido, embora seja uma condição leve e autolimitada, seu alto potencial de disseminação requer cuidados especiais, principalmente em ambientes como creches e escolas.
Se você não conhece muito sobre o assunto, veio ao lugar certo! Preparamos esse artigo completo, com as informações sobre o assunto para que você possa tirar suas dúvidas. Confira a seguir!
O que é a doença mão-pé-boca?
A Doença Mão-Pé-Boca (DMPB) é uma infecção viral comum que provoca lesões dolorosas na boca, além de erupções cutâneas nas mãos, pés e, em alguns casos, nas nádegas. Ela é altamente contagiosa e afeta principalmente crianças pequenas, embora possa também acometer adultos.
O vírus responsável pela DMPB pertence à família dos enterovírus, sendo o mais frequente o Coxsackievirus A16.
Os sintomas doença mão pé boca incluem:
- Febre: é o primeiro sintoma e pode ser leve ou moderado;
- Feridas na boca que se formam na parte interna, como gengivas e língua, dificultando a alimentação e a ingestão de líquidos;
- Erupções cutâneas: manchas vermelhas que evoluem para bolhas nas mãos, pés e, por vezes, nas nádegas;
- Fadiga e irritabilidade: comuns em crianças devido ao desconforto causado pelas lesões.
Se você tem um filho adolescente ou jovem adulto, também é importante ficar atento! Isso porque podem contrair a doença, embora seja menos comum e severa nesses grupos.
A maioria dos casos é autolimitada, e a recuperação completa ocorre em uma semana a dez dias, sem necessidade de tratamento específico, além do alívio dos sintomas.
O que provoca a doença mão, pé e boca?
Ela é causada por vírus pertencentes à família dos enterovírus, sendo o mais comum o Coxsackievirus A16. Outros enterovírus, como o Enterovirus 71, também podem ser responsáveis. Esses vírus infectam o corpo por meio do contato direto com secreções de uma pessoa infectada.
A DMPB é transmitida de várias formas, mas a principal delas é o contato direto com secreções respiratórias, como gotas de saliva ou secreções de espirros e tosse de pessoas infectadas.
Características da doença, as bolhas liberam fluidos que contêm os vírus e se espalham quando rompidas. Além disso, a transmissão fecal-oral é comum, especialmente em ambientes como creches, nos quais a troca de fraldas e o contato com superfícies contaminadas ocorrem com frequência.
Infelizmente, esse vírus é resistente e sobrevive nas superfícies de brinquedos e outros objetos por dias. Devido à sua capacidade de sobrevivência, é importante desinfectar frequentemente objetos tocados por pessoas infectadas.
Como a doença mão-pé-boca afeta a saúde bucal?
Essa enfermidade pode causar impacto significativo na saúde bucal, devido às lesões orais que ela provoca. Essas lesões se manifestam como pequenas bolhas e úlceras dolorosas que aparecem na boca, incluindo a língua, gengivas, parte interna das bochechas e garganta, afetando a capacidade de comer, beber e manter uma boa higiene oral.
Ao contrair essa infecção, as crianças, em particular, começam a recusar alimentos sólidos, água e outros líquidos, o que acarreta o risco de uma desidratação.
As lesões na boca podem, em casos raros, infeccionar se não forem bem cuidadas. Isso ocorre quando bactérias entram nas feridas, agravando o quadro e prolongando a recuperação.
A dor causada pelas feridas dificulta a escovação dos dentes e o uso de fio dental, aumentando o risco de cáries e outras condições dentárias a longo prazo.
Quando procurar um odontopediatra?
Os principais sinais de alerta para você procurar pelo atendimento odontológico infantil são:
- Dificuldade para comer ou beber: as lesões orais, típicas da doença, tornam extremamente doloroso para a criança ingerir alimentos ou líquidos. Por isso, se houver recusa prolongada na alimentação, o acompanhamento profissional é fundamental para evitar complicações maiores;
- Desidratação: se a criança estiver recusando líquidos por mais de 24 horas ou apresentando sinais de desidratação, como boca seca e letargia, é urgente procurar ajuda;
- Dor intensa ou agravamento dos sintomas: caso a dor causada pelas lesões na boca seja severa ou se os sintomas estiverem se agravando, como aumento do número de feridas, febre alta ou sinais de infecção nas lesões, é hora de buscar o atendimento de um odontopediatra.
Como o dentista pode auxiliar no tratamento?
O papel do dentista, especialmente o odontopediatra, é fundamental para avaliar e tratar os efeitos da DMPB na saúde bucal da criança. Durante a consulta, ele realiza uma inspeção cuidadosa das lesões orais para verificar o estágio da infecção, a presença de inflamação ou infecções secundárias, e a extensão das feridas.
Ele também avalia o grau de dor e desconforto da criança, considerando seu histórico de saúde. Além disso, orienta os pais sobre a necessidade de cuidados especiais com a higiene bucal durante a doença.
Como tratar mão, pé e boca em criança?
Embora não exista um tratamento para doença mão-pé-boca que seja específico, o dentista pode recomendar medidas para aliviar os sintomas e acelerar a recuperação, como analgésicos do tipo paracetamol ou ibuprofeno que aliviam a dor.
Em alguns casos, o dentista pode sugerir o uso de soluções anestésicas tópicas, aplicadas diretamente nas feridas bucais, para reduzir o desconforto.
Mesmo com o desconforto, a higiene bucal deve ser mantida de maneira suave. Para isso, o dentista recomenda o uso de escovas de dentes macias e, se necessário, enxaguantes bucais suaves.
Cuidados em casa durante o tratamento
Comece oferecendo alimentos frios e macios. Eles ajudam a aliviar o desconforto das lesões na boca. Nesse sentido, opções como iogurte, purês, gelatinas, sorvetes ou sucos gelados são ótimas ideias.
Do mesmo modo, evite alimentos quentes, ácidos, picantes ou com sal, pois eles irritam ainda mais as feridas bucais.
Apesar da dor, é importante manter a higiene bucal para evitar infecções secundárias. Para isso, utilize uma escova de dentes macia e, se a criança não conseguir escovar, lave a boca com água ou solução de bicarbonato (uma colher de chá de bicarbonato em um copo de água) após as refeições.
Manter a hidratação é essencial. Ofereça água, sucos naturais e sopas frias em pequenas quantidades, várias vezes ao dia, porque a desidratação é um dos maiores riscos.
Para aliviar a febre e a dor, medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno podem ser usados, sempre seguindo a orientação médica. Analgésicos tópicos ou sprays anestésicos reduzem a dor nas feridas bucais.
Durante o tratamento em casa, é crucial monitorar os sintomas da criança e estar atento a sinais de piora, como:
- Agravamento das feridas ou aumento do número de bolhas;
- Febre persistente, por mais de três dias;
- Boca seca, diminuição da produção de urina, sonolência ou irritabilidade.
Prevenção doença mão pé boca
Os cuidados com a saúde bucal infantil conseguem prevenir o surgimento das infecções de mão, pé e boca além das cáries e outros problemas dentais. Embora não exista uma vacina específica, algumas medidas reduzem a propagação, como:
- Ensinar as crianças a lavar as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes de comer, depois de usar o banheiro e após o contato com outras crianças;
- Desinfectar superfícies e objetos compartilhados, como brinquedos e móveis, para reduzir o risco de contaminação;
- Manter as crianças que apresentam sintomas de DMPB afastadas de ambientes coletivos, até estarem completamente recuperadas;
- Manter a saúde bucal das crianças em dia, com a introdução de hábitos saudáveis desde cedo contribui para o desenvolvimento adequado da dentição e para a prevenção de infecções;
- Levar a criança ao dentista a partir do primeiro ano de vida ou assim que os primeiros dentes nascerem.
Vimos neste artigo, que a doença mão-pé-boca é uma infecção viral comum e altamente contagiosa que afeta crianças menores de cinco anos, embora também possa acometer adultos.
Caracterizada por febre e dolorosas feridas bucais, a condição é autolimitada e melhora em uma semana a dez dias. No entanto, devido ao seu potencial de disseminação e impacto na saúde bucal, é crucial reconhecer quando buscar a ajuda de um odontopediatra.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia para evitar a propagação da doença. Desse modo, ensinar as crianças a manter boas práticas de higiene, desinfectar superfícies e objetos, e garantir consultas regulares ao dentista são passos essenciais para proteger a saúde bucal e geral.
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