O número de pessoas com câncer bucal vem crescendo a cada ano. De acordo com estimativas do INCA, os casos dessa doença devem aumentar aproximadamente 6% até 2030. Atualmente, essa enfermidade atinge cerca de 640 mil pessoas no mundo todos os anos. Por isso, é preciso alertar a população sobre esse problema e mostrar quais são as formas de prevenção.
O câncer bucal costuma atingir mais homens do que mulheres. Segundo estimativas do INCA, há aproximadamente 11.180 homens com essa doença no Brasil e 4.010 mulheres com o mesmo problema.
Além disso, a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 55 anos, sendo que apenas ¼ dos diagnósticos desse câncer são feitos em pessoas mais jovens.
Assim como em qualquer tipo de câncer, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de melhora do paciente. Por isso, é importante consultar um dentista a cada seis meses.
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O que é o câncer de boca?
O câncer (ou tumor maligno) de boca pode se manifestar nos lábios, língua, assoalho de boca, palato, na garganta e também nas glândulas salivares.
Os tumores malignos são formados por células que se multiplicam muito rápido e de maneira descontrolada, o que pode fazer com que elas se espalhem para outras partes do corpo, como os linfonodos do pescoço (ínguas).
Além disso, essas células malignas podem comprometer profundamente os órgãos que atingem.
Quais são os fatores de risco que contribuem para o câncer bucal?
Alguns hábitos e comportamentos podem aumentar as chances da pessoa desenvolver câncer bucal, entre eles podemos destacar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Além disso, quanto maior for o número de cigarros e de doses de bebidas consumidas, maior é o risco do desenvolvimento desse problema.
Segundo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), cerca de 80% das pessoas com idades entre 50 a 60 anos diagnosticadas com câncer bucal são fumantes, ou fumaram durante muito tempo.
Mas também há outros fatores de risco para o desenvolvimento de câncer bucal, são eles:
- Não escovar os dentes direito;
- Não passar fio dental;
- Deficiências nutricionais, principalmente de vitamina C;
- Exposição solar sem proteção;
- Infecção pelo vírus HPV;
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Quais são os sinais e sintomas?
Os sintomas de câncer bucal variam muito de pessoa para pessoa, contudo, os principais sinais que alguém com esse problema apresenta costumam ser:
- Feridas ao redor dos lábios e dentro da boca;
- Presença de caroços na bochecha;
- Boca inchada;
- Diminuição da sensibilidade ou dormência;
- Presença de manchas brancas ou vermelhas;
- Dificuldade para mastigar ou para engolir;
- Dor;
- Mudança na voz;
- Dentes moles;
- Mau hálito;
- Sangramento;
- Dificuldade para abrir a boca ou mexer a língua;
- Área vermelha ou esbranquiçada em qualquer lugar da boca.
No entanto, nem sempre o paciente consegue perceber esses sinais. Por isso, é fundamental contar com o acompanhamento regular de um dentista. Além disso, é sempre importante fazer o possível para prevenir a doença.
Como prevenir o câncer bucal?
O número de pessoas com essa doença vem crescendo a cada ano. Entretanto, é possível prevenir o câncer bucal com pequenas mudanças no seu dia a dia, como:
- Para de fumar;
- Diminuir o consumo de álcool;
- Manter uma boa higiene bucal;
- Ter uma alimentação saudável e equilibrada.
Além disso, você deve visitar o dentista regularmente e também sempre observar a sua boca para verificar se há algo de errado com ela.
O autoexame ajuda a prevenir a doença?
O autoexame da boca não previne o câncer bucal. No entanto, essa técnica simples permite que a pessoa perceba que há algo de errado logo no início da doença, o que aumenta as chances de recuperação.
Qualquer pessoa pode fazer esse autoexame, que consiste na análise da estrutura da boca. Dessa forma, é possível identificar anormalidades como:
- Caroços;
- Feridas que não cicatrizam por mais de 2 semanas;
- Inchaços;
- Alterações na aparência dos lábios e da parte interna da boca;
- Partes da boca que estão endurecidas;
Contudo, mesmo fazendo o autoexame regularmente, você deve se consultar com um dentista a cada seis meses.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico dessa doença deve ser feito por um profissional especializado, como um dentista, um cirurgião de cabeça e pescoço ou um médico otorrinolaringologista.
Normalmente, o profissional vai pedir um exame de imagem, como uma tomografia, e uma biópsia da lesão;
Como é o tratamento?
O tipo de tratamento vai depender do estágio do tumor, portanto, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menos invasiva será a intervenção médica.
As principais opções de tratamento para câncer bucal são:
- Quimioterapia;
- Radioterapia;
- Cirurgias.
Dependendo do estado do paciente, pode ser necessário combinar dois tipos de tratamento, como cirurgia e radioterapia.
Além disso, dependendo da localização do tumor, pode ser que um tipo de tratamento seja mais indicado do que outro. Pacientes com câncer no céu da boca, por exemplo, precisam passar por uma cirurgia chamada de maxilectomia ou maxilectomia parcial.
Após o término do tratamento do câncer bucal, o paciente ainda pode precisar passar por uma cirurgia de reconstrução, pois, normalmente há perda de parte da estrutura óssea do rosto
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação do paciente. Portanto, fique atento a qualquer anormalidade na sua boca e consulte um dentista a cada seis meses.
Se você não quer correr o risco de ter câncer bucal, você precisa contar com o acompanhamento de um bom dentista, e para isso você deve ter um plano odontológico que atenda todas as suas necessidades. Confira os planos da Unimed Odonto e escolha o melhor para você.