Em São Paulo, pelo menos 150 academias já oferecem aulas de crossfit, um sinal de que o exigente exercício físico é uma tendência no mundo fitness.
Antes da popularização, o crossfit era ensinado apenas em locais credenciados, fora do ambiente das academias, e poucas pessoas conheciam a prática. Hoje, esses espaços ainda existem, mas as academias pagam royalties para entrar na onda e conquistar alunos entediados com a musculação.
É que, na musculação, cada músculo é exigido separadamente, o que pode tornar o exercício monótono. No crossfit, vários grupos musculares são trabalhados de uma vez por meio de tarefas como pular corda, correr, levantar peso e fazer abdominais, tudo com diferentes níveis de dificuldade. Os alunos vão ultrapassando limites conforme aumentam o próprio condicionamento, força e elasticidade, tornando cada aula um desafio.
Tudo começou nos anos 1990, nos Estados Unidos. O alto desempenho exigido é comparável àquele dos atletas. Pelo enorme esforço, os resultados são mais rápidos e, em poucos meses, o corpo todo pode ficar esguio e definido. Não à toa, o crossfit é o eleito entre equipes de polícia e do Exército, e é visto como uma constante superação entre os praticantes.
Porém, a modalidade não é para iniciantes. Logo de cara, exige um preparo físico básico. Talvez valha a pena abandonar o sedentarismo primeiro, fazendo atividades aeróbicas e musculação, e depois evoluir para o crossfit.
No entanto, muitos professores recomendam começar logo e cumprir as atividades propostas conforme os próprios limites, sem forçar. Só não devem se arriscar aqueles que já sofreram lesões graves nos ossos e músculos ou têm desvios posturais significativos.
Fonte: Folha de S.Paulo