Todo dia 9 de junho é dedicado à imunização, data mundial celebrada em diversos países. O Brasil tem muito a comemorar. O programa de vacinação nacional é considerado exemplar, segundo a Associação Paulista de Medicina.
Cerca de 95% das crianças brasileiras estão imunizadas contra as principais doenças, taxa que pode chegar a 100% em alguns casos. Esse índice é superior, por exemplo, ao dos Estados Unidos e de algumas nações europeias.
De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, desenvolvido há 42 anos, o Brasil produz 77% das vacinas que utiliza, outro dado positivo. Mas, apesar das boas notícias, existe o desafio de ampliar a comunicação com a população.
Graças a essa política de imunização, doenças como a varíola e a poliomielite foram erradicadas do país. Tétano, coqueluche, rubéola e sarampo estão totalmente controladas. Até pouco tempo, essas doenças eram fatais. Hoje, a intenção é controlar a meningite, o HPV e a catapora, doenças para as quais existem vacinas.
É importante lembrar que vacinar-se não apenas traz um benefício individual, ou seja, reduz a chance de o indivíduo adoecer, mas também um benefício coletivo, pois quem não adoece não pode transmitir o vírus, o que tem reflexos positivos em comunidades e populações inteiras.
As vacinas são totalmente seguras. Algumas utilizam o agente da doença enfraquecido, morto ou fragmentado, obrigando o corpo a produzir anticorpos contra o invasor. As chances de adoecer são, portanto, bem menores. E se ocorrer, será em um nível mais ameno.
Na época do ano em que estamos, a gripe é a grande vilã. Recentemente, no começo de junho, foi encerrada a campanha nacional de vacinação contra a doença. A meta era imunizar 80% do público-alvo, formado por mulheres que deram à luz recentemente, idosos, crianças entre seis meses e cinco anos, gestantes, trabalhadores da saúde, indígenas, presos e funcionários do sistema prisional.
A vacina protege contra os subtipos do vírus A (H1N1), A (H3N2) e influenza B. A imunização pode reduzir entre 32% e 45% o número de pessoas com pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Apesar da vacinação contra a gripe ter terminado, durante todas as épocas do ano é possível se vacinar e se proteger contra outras doenças. Basta procurar um posto de saúde.
Fontes: Associação Paulista de Medicina e Agência Brasil