Também é preciso ter em mente que essa fase da vida é muito importante para o aprendizado, desenvolvimento e manutenção de grande parte dos hábitos sociais e emocionais que estão relacionados a estabilidade mental.
Todas as transformações e vivências podem causar muito estresse e apreensão nos adolescentes. Por isso, é importante prestar atenção na saúde mental deles, pois podem estar sujeitos a depressão, suicídio e psicoses, além de transtornos alimentares, de ansiedade, de conduta, abuso de álcool e drogas ilícitas – que levam a comportamentos de riscos, como sexo desprotegido ou direção perigosa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade das doenças mentais começa aos 14 anos, mas, na maioria das vezes, elas não são detectadas nem tratadas. Nesse sentido, para uma juventude saudável, é fundamental a adoção de padrões de sono saudáveis, a realização regular de exercícios físicos e o desenvolvimento de habilidades para gerenciar dificuldades. Aliás, aprender formas de resolução de problemas interpessoais, nesta fase da vida, é essencial para lidar com as emoções, adversidades e frustrações.
Situações como: falta de qualidade de vida doméstica; desemprego; conflitos familiares graves; problemas de relacionamentos com pais, professores e colegas; bullying ou exposição à violência seja ela física ou psicológica, sempre contribuíram e ainda contribuem para desestabilizar psicologicamente os adolescentes.
Mas para toda uma geração, podemos somar mais dois fatores: a pandemia que provocou a interrupção dos estudos e o isolamento social, significando um risco para a qualidade de vida e o uso excessivo de eletrônicos, que apesar de ser visto pelos jovens como uma atividade recreativa para aliviar o estresse, pode gerar problemas de relacionamento social e familiar.
Para amenizar os efeitos das doenças mentais na vida dos adolescentes, não há nada melhor do que as conexões afetivas com mães, pais, cuidadores e amigos, além da integração de ações nas áreas da educação, saúde e assistência social. E caso você perceba que seu filho adolescente esteja com irritação excessiva, problemas de sono, tristeza frequente, isolamento social, falta de apetite ou compulsão alimentar, apatia, tremores, vertigens ou dificuldade de realizar tarefas do dia a dia, não hesite em procurar a ajuda de profissionais de saúde como o médico de família e o psicólogo.