No Brasil, a contribuição para o INSS é obrigatória, até mesmo para quem trabalha como PJ (pessoa jurídica). Sendo assim, na maioria das vezes, não é necessário escolher entre previdência privada ou INSS, já que a contribuição para o órgão público é inevitável.
Contudo, pode não ser uma boa ideia depender só do governo para garantir a sua aposentadoria.
Além disso, o INSS possui um teto, que em 2023 é de R$ 7.507,49. Isso significa que os benefícios pagos pelo órgão público não podem ultrapassar esse valor. Portanto, quem está acostumado a gastar mais por mês vai ter que diminuir o seu padrão de vida para se adequar ao valor da aposentadoria, caso dependa somente do INSS.
Sendo assim, o ideal é garantir uma fonte de renda extra para quando você parar de trabalhar. Dessa forma, você não precisará depender somente do governo e vai poder manter o padrão de vida, ou até aumentá-lo, quando estiver aposentado.
Como funciona o INSS?
O sistema previdenciário brasileiro funciona da seguinte forma: quem paga as aposentadorias hoje são os trabalhadores na ativa. Sendo assim, o dinheiro que é descontado todos os meses do seu salário para o INSS não vai para uma conta para arcar com a sua aposentadoria no futuro, mas é usado para pagar os benefícios de quem já está aposentado.
Um dos problemas desse sistema é que a demografia do país está mudando, pois os brasileiros estão tendo menos filhos. Portanto, no futuro, haverá mais pessoas aposentadas e menos indivíduos contribuindo para o INSS.
Isso pode aumentar o déficit da previdência social, que em 2020 chegou a R$ 304,45 bilhões. Esse rombo pode impactar no recebimento dos benefícios no futuro.
É necessário garantir uma segunda fonte de renda para não depender inteiramente do governo. Por isso, pode ser interessante entender melhor como funciona a previdência privada.
Qual é a idade mínima para se aposentar pelo INSS?
Para se aposentar pelo INSS é preciso ter uma idade mínima, que em 2023 é de 58 anos para as mulheres e 63 para os homens.
Contudo, devido à reforma da previdência de 2019, a idade mínima para se aposentar, tanto para os homens quanto para as mulheres, vai aumentar seis meses a cada ano até 2031. Nessa data, as mulheres só poderão se aposentar quando completarem 62 anos e os homens 65.
Para conseguir se aposentar com o benefício integral, é necessário ter contribuído para o INSS por 30 anos, no caso das mulheres, e por 35, no caso dos homens.
Como funciona a previdência privada?
A grande diferença entre a previdência privada e o INSS é que a contribuição para a primeira é voluntária. Isso significa que você pode escolher fazer essa contribuição ou não.
Além disso, o contribuinte pode escolher como o seu dinheiro será aplicado. Isso porque existem fundos de previdência privada que investem em títulos de renda fixa e outros que investem em ativos de renda variável, como ações.
Sendo assim, é possível obter uma grande rentabilidade do dinheiro investido na previdência privada, diferente do que ocorre com o valor pago para o INSS.
Uma das grandes vantagens da previdência privada é que você pode fazer grandes aportes na sua conta em diferentes momentos, como uma vez por ano ou a cada seis meses. Dessa forma, é possível garantir uma renda ainda maior no momento da sua aposentadoria.
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PGBL ou VGBL?
Existem duas modalidades dentro da previdência privada: PGBL e VGBL. É importante que você conheça cada uma delas para decidir qual atende melhor às suas necessidades.
A PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é ideal para quem vai investir até 12% da sua renda mensal na previdência privada. Um dos benefícios dessa modalidade é que é possível deduzir as contribuições realizadas no Imposto de Renda.
Contudo, na hora de sacar o dinheiro será necessário pagar imposto sobre o valor total que o beneficiário tem na previdência (rendimentos e contribuições).
Já a VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é recomendada para aqueles que investem mais de 12% da renda em previdência privada. Uma das vantagens dessa modalidade é que os beneficiários só precisam pagar imposto sobre os rendimentos da previdência.
Diferenças entre a Previdência Social e a Previdência Privada
Se você ainda tem dúvidas de qual modelo de aposentadoria é melhor, previdência privada ou INSS, confira agora as principais diferenças entre essas modalidades:
- Não existe um valor máximo que você pode receber de aposentadoria para previdência privada, diferente do INSS que tem um teto que não pode ser ultrapassado;
- Você não precisa completar uma determinada idade ou ter contribuído por um certo número de anos para ter acesso ao dinheiro investido na previdência privada. Já para obter o benefício do INSS é preciso obedecer às regras do órgão público;
- As regras da previdência privada são definidas pelo investidor e pela seguradora. Já as do INSS são definidas pelo governo, e podem mudar enquanto você ainda está contribuindo.
O que é melhor Previdência Social ou Privada?
Se você está pensando em optar pela previdência privada ou pelo INSS, saiba que esses dois modelos apresentam diferentes vantagens. Sendo assim, é importante que você conheça os principais benefícios de cada um antes de fazer a sua escolha.
No entanto, saiba que é possível, e até recomendado, contratar uma previdência privada e continuar contribuindo para o INSS. Dessa forma, será possível garantir duas fontes de renda e um valor de aposentadoria maior, já que você vai somar os dois benefícios.
Vantagens do INSS
Os principais benefícios do INSS são:
- Os contribuintes têm direito de receber auxílio-doença e auxílio-maternidade e seguro desemprego;
- Os familiares têm direito de receber pensão por morte do contribuinte;
- É possível abater as contribuições ao INSS no Imposto de Renda.
Vantagens da Previdência Privada
Já os principais benefícios da previdência privada são:
- Não tem teto;
- É possível escolher como aplicar o seu dinheiro;
- Não é preciso esperar atingir determinada idade para receber a aposentadoria;
- As regras são acordadas entre a seguradora e o investidor.
Como utilizar tanto o INSS e Previdência Privada?
Para utilizar a previdência privada é necessário ter contratado um plano e ter feito as contribuições estabelecidas no contrato. Após o período de contribuição, que é definido pelo investidor e pela seguradora, é possível sacar o valor investido por meio de aportes mensais ou de uma só vez.
Para obter o benefício do INSS é necessário ter atingido uma idade mínima estabelecida e ter contribuído o número de anos determinado pelo órgão.
Quem contribuiu tanto para o INSS quanto para a previdência privada receberá em contas separadas essas duas aposentadorias. Dessa forma, o aposentado terá duas fontes de renda e não ficará totalmente dependente do governo, além de não precisar diminuir o seu padrão de vida.
Agora que você sabe que não é necessário optar pela previdência privada ou INSS, mas que é possível escolher os dois. Acesse o site da Seguros Unimed e confira os planos de previdência privada disponíveis. Dessa forma, será possível garantir um futuro mais tranquilo e próspero.