Desde que as vacinas contra COVID-19 começaram a ser desenvolvidas, diversas fake news surgiram. Todo mundo deve ter escutado pelo menos uma delas: o tal de microchip que era colocado ao tomar um dos imunizantes ou que as próprias vacinas poderiam causar a doença.
Mesmo agora, com a vacinação ocorrendo desde o ano passado, ainda tem muita gente que acredita nos mitos envolvendo o imunizante –incluindo outros, além da vacina contra COVID. Tudo isso causa impacto nos dados. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal no país segue em queda há dez anos, com cerca de 50% a 60% de vacinados para as principais doenças, como sarampo e poliomielite.
Mas a principal mensagem que precisa ficar é: as vacinas são seguras e salvam vidas. A pandemia é o exemplo mais recente da importância delas. Para acabar de vez com o medo de se vacinar, a Seguros Unimed esclarece alguns mitos famosos a respeito das vacinas.
1 – Vacinas causam abortos ou má formação do feto
Não é verdade. As vacinas são extremamente seguras para grávidas e não causam nenhum problema para o bebê. Inclusive, dados coletados em mais de um ano desde o início das imunizações confirmam que vacinas contra COVID, que foram alvo de diversas fake news, são eficazes para proteger as gestantes.
Além disso, diversos estudos feitos já mostraram que a média de abortos sofridos por mulheres que se vacinaram não está acima da estatística esperada para determinada população.
Um outro benefício da vacinação em gestantes é que os imunizantes ainda são capazes de passar anticorpos para os bebês tanto via placenta como via leite materno depois do nascimento. Um exemplo é a coqueluche, um problema de saúde gravíssimo para os bebês, que é evitado através da vacinação.
No entanto, é preciso explicar que pessoas gestantes têm um calendário vacinal específico (confira aqui). Isso porque algumas vacinas, principalmente as de vírus vivo ou atenuado, como da febre amarela, não devem ser aplicadas neste período. Neste caso é indicado as vacinas que contenham vírus atenuados.
2 – Vacinas contras COVID têm microchips e alteram DNA
Esta teoria conspiratória surgiu de uma fala de Bill Gates sobre uma tecnologia futura que permitiria auxiliar na identificação de quem já teve COVID-19 ou foi vacinado. É preciso ficar claro que isso não é verdade e não há nenhuma relação com os imunizantes disponíveis.
Também é preciso destacar que as vacinas não alteram nosso DNA. O imunizante com RNA mensageiro –como a da Pfizer– mensageiro não invade o núcleo celular, mas ensinará ao nosso organismo à produzir uma proteína que imita a proteína do vírus que tem importância na sua ligação com o nosso corpo. Logo, é impossível alterar o DNA.
3 – Vacinas provocam doenças
Não é bem assim. A grande maioria das vacinas não provoca a doença para a qual foi fabricada para combater. Alguns imunizantes feitos com vírus vivo atenuado, como da febre amarela e a SCR (sarampo, caxumba e rubéola) podem, raramente, causar uma versão leve da doença que tentam prevenir. No entanto, são quadros muito leves que evoluem de forma positiva em poucos dias.
4 – Vacinas causam autismo
Mito, apesar de ser uma fake news muito popular. O imunizante que foi relacionado a este mito é a vacina chamada “triplice viral”, que combate sarampo, caxumba e rubéola, e não é capaz de causar autismo.
5 – Vacinas provocam a gripe
Os imunizantes que agem contra a doença são feitos de fragmentos do vírus inativado. Portanto, essa afirmação também não é verdadeira. Algumas pessoas podem se infectar dias antes e culpar a vacina e, em outras situações, ela sente diversos sintomas respiratórios (como tosse e dor de garganta) que podem ser causados por outras doenças sem ser a gripe. E é exatamente por isso que não devemos vacinar quando estamos apresentando qualquer tipo de sintoma.
6 – Vacinas contra COVID causa hepatite e problemas no coração
Essas duas afirmações foram muito veiculadas nos últimos meses. Sobre a hepatite, já descobriram que os mais de 600 casos descritos de hepatite fulminante em crianças em diversos países não tiveram as causas esclarecidas.
Já os casos de miocardite (inflamação no coração) em jovens, entre 16 e 30 anos, do gênero masculino, foram relatados após aplicação de algumas vacinas. Mas o que os dados mostraram foi que o número de pessoas que tiveram o problema comprovadamente causado pela vacina foi muito baixo em comparação às doses aplicadas.
Os estudos mostraram que os riscos de você desenvolver uma miocardite após contrair COVID-19 (que também provoca o problema) é bem maior do que se você se vacinar. Portanto, os imunizantes seguem sendo seguros e essenciais.