Covid-19: veja quem são os principais cientistas brasileiros que ajudam no combate à desinformação no Twitter

Um relatório elaborado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), em parceria com a iniciativa Science Pulse, revelou quais foram os principais divulgadores científicos no Twitter em 2021. Os perfis ranqueados ajudaram no combate à desinformação sobre a covid-19. 

Os brasileiros ficaram com diversas dúvidas enquanto o país atravessava a pior crise sanitária da história, com o avanço da pandemia do novo coronavírus e suas variantes. 

No ápice da fase mais crítica da doença, o país chegou a registrar mais de 4 mil mortos em apenas um dia. Durante esse período, divulgadores científicos se destacaram ampliando o debate com informações seguras, pelas plataformas digitais, principalmente na rede social. 

O levantamento encontrou os 15 perfis mais influentes. Desse total, 10 são influenciadores, como Átila Iamarino, Natalia Pasternak e o pesquisador Vitor Mori, que utilizaram a visibilidade digital para democratizar o conhecimento. Os outros 5 perfis pertencem a organizações ligadas à ciência. 

O estudo reuniu 450.906 publicações de 1.088 perfis de cientistas. O período de recorte do levantamento, que teve também o apoio do Instituto Serrapilheira e do International Center for Journalists (ICFJ), aconteceu entre os meses de novembro de 2020 e novembro de 2021.

Instituições listadas

A pesquisa mostrou que as instituições brasileiras de excelência em ciência foram fundamentais para o esclarecimento do público. Nomes como a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além do Instituto Butantan, foram reconhecidos pelo trabalho nas redes. Veja o ranking:

1º – Agência Fiocruz – Agência de notícias – @agencia_fiocruz

2º – Fiocruz – Instituto de Pesquisa – @fiocruz

3º – Instituto Butantan – Instituto de Pesquisa – @butantanoficial

4º – Observatório Covid-19 BR – Projeto colaborativo – @obscovid19br

5º – USP – Universidade – @usponline

Influenciadores com vontade de ajudar

Alguns dos influenciadores listados perceberam a importância da própria voz durante a pandemia. Foi o que ocorreu com o pesquisador Vitor Mori, que atualmente mora nos Estados Unidos.

“Eu comecei a falar mais de covid no Twitter por volta de setembro de 2020, e a principal motivação foi uma percepção de que a compreensão sobre como o vírus é transmitido era muito equivocada”,  falou em entrevista à CNN Brasil.

Mori é membro do Observatório Covid-19 BR, organização também listada no ranking das principais vozes no Twitter. Confira os outros influenciadores:

Ranking dos principais influenciadores 

1º – Atila Iamarino – divulgador científico – @oatila

2º – Daniel Dourado – médico e advogado sanitarista – @dadourado

3º – Denise Garrett – médica / epidemiologista – @dogarrett

4º – Isaac Schrarstzhaupt – analista de dados – @schrarstzhaupt

5º – Luiza Caires – jornalista / divulgadora científica – @luizacaires3

6º – Mellanie Fontes-Dutra – neurocientista / divulgadora científica – @mellziland

7º – Natalia Pasternak – microbiologista – @TaschnerNatalia

8º – Otavio Ranzani – epidemiologista / médico – @otavio_ranzani

9º – Pedro Curi Hallal – epidemiologista / editor científico / professor – @PedroHallal

10º – Vitor Mori – físico / pesquisador – @vitormori

A importância das vacinas  

A vacinação foi um dos principais assuntos no Twitter. A comunidade científica na plataforma esteve presente em massa para ajudar a esclarecer dúvidas e informar sobre avanços na corrida contra o tempo para o desenvolvimento das vacinas. 

De acordo com dados da pesquisa, 97% dos influenciadores da ciência falaram sobre os imunizantes, para combater notícias falsas e ajudar no encorajamento da população. As menções às vacinas somam 100.945 tuítes, segundo o relatório. 

Critérios para ranking

Para selecionar os 15 principais perfis mais influentes, a pesquisa considerou fatores de autoridade, que demonstram quais contas são centrais na divulgação de informações, demonstrando quais possuem o maior prestígio entre os usuários. O alcance também foi um fator determinante, ou seja, a quantidade de seguidores – este último item foi o critério de desempate do ranking.