O Setembro Amarelo é o mês escolhido para conscientizar as pessoas sobre o suicídio. O dia 10 do mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Mas campanhas e conteúdos sobre o tema ocorrem durante o ano inteiro. Isso porque o suicídio é considerado um problema de saúde pública conforme mostram os dados.
No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil no mundo – isso significa que uma pessoa morre por esse motivo, no planeta, a cada 40 segundos.
Ainda de acordo com o órgão, 77% dos casos ocorreram em países de baixa e média renda no ano de 2019. O suicídio também foi responsável por 1,3% de todas as mortes em todo o mundo – tornando-se a 17ª causa de morte em 2019.
Por isso, o Setembro Amarelo surge como um momento em que a mídia, as associações médicas e os órgãos públicos divulgam ainda mais materiais e realizam campanhas para abordar o tema.
Até porque evitar o assunto não vai fazer com que ele seja “resolvido”. Então, é importante que o suicídio não seja um tabu e, dessa forma, que mais pessoas possam se informar e procurar ajuda o quanto antes.
A origem do Setembro Amarelo
A data teve início nos Estados Unidos, em 1994, quando um jovem de 17 anos cometeu suicídio. A cor amarela tem relação com o carro do rapaz, chamado de Mike Emme. Quando restaurou o veículo, um Mustang, resolveu pintá-lo com a cor – ficando, então, conhecido por “Mustang Mike”.
No velório de Mike, a decoração do local foi feita com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles, tinha a seguinte mensagem: “Se você precisar, peça ajuda”. A partir disso, iniciou-se a importante campanha de prevenção ao suicídio, com o laço amarelo.
No Brasil, a campanha “Setembro Amarelo” foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Em alguns anos, monumentos como o Cristo Redentor são iluminados na cor amarela.
Pandemia de Covid-19 e o risco ao suicídio
Inclusive, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta, em setembro de 2020, de que a pandemia poderia aumentar os fatores de risco para suicídio. De acordo com o órgão, estudos recentes mostraram que houve aumento da angústia, ansiedade e depressão, sobretudo entre os profissionais de saúde.
Isso tudo somado às questões de violência, transtornos por consumo de álcool, abuso de substâncias e sentimento de perda, são fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa decidir tirar a própria vida.
Reconhecendo sinais de ideação suicída
Não existe “receita de bolo” para identificar seguramente um pensamento suicida de uma pessoa próxima, mas há, sim, sinais que o indivíduo pode mostrar e que devem chamar a atenção de amigos e familiares. Veja alguns:
- a pessoa passa a falar sobre morte ou falta de esperança mais do que o normal;
- elas também dizem estar sem esperança e têm uma visão negativa da vida, além de se sentirem culpadas;
- alguns indivíduos começam a formular um testamento ou fazer seguro de vida;
- essas pessoas também podem se isolar: não atendem telefone, interagem menos nas redes sociais, reduzem a ida a eventos e preferem ficar sozinhas;
- há outros fatores externos que podem ser fatores que deixem a pessoa mais vulnerável, como perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado.
Saiba onde buscar ajuda
Caso você esteja pensando em atentar contra a própria vida, procure ajuda como o CVV, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da sua cidade.
CVV – Centro de Valorização da Vida
Telefone: 188
Site: https://www.cvv.org.br/
Programas da Seguros Unimed
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Também pensando na saúde mental de pacientes, a Seguros Unimed elaborou um material para esclarecer os principais sintomas relacionados aos transtornos psíquicos, incluindo o suicídio. Você pode ler o material neste link.