Olá, pessoal! Tudo bem?
Equivocadamente, ouvimos dizer que os fundos de Previdência não são competitivos quando comparados aos Fundos de Investimentos Financeiros (FIFs) de renda fixa.
Essa afirmação é parcialmente correta se a comparação for feita apenas considerando o PGBL. Nessa modalidade de Previdência todo o valor depositado é tributado de Imposto de Renda (IR) no momento do resgate. Isso acontece porque conta com o benefício fiscal de até 12% da renda bruta tributável como dedução de IR, na declaração anual de IRPF no modelo completo.
Já o VGBL, que não conta com o benefício fiscal, a tributação de IR incide apenas sobre os rendimentos. Essa modalidade, portanto, é comparável com os FIFs de renda fixa cuja tributação incide também sobre os rendimentos. Mas a proposta desse texto é demonstrar que investir em VGBL é mais vantajoso do que investir num FIF de renda fixa, considerando o impacto fiscal nos investimentos de longo prazo.
Existem três vantagens importantes que fazem o VGBL ser mais competitivo, são elas:
1 – “Come-cotas”: Todo investimento que é realizado em um FIF de renda fixa possui pagamento antecipado de IR duas vezes ao ano (maio e novembro) independentemente se houve ou não resgate, o chamado “come-cotas”. Isso não ocorre no VGBL e, intuitivamente, já é possível perceber que o resultado final de um investimento será melhor do que no FIF de renda fixa.
2 – Movimentação de Investimentos: Talvez esteja aqui a maior vantagem do VGBL. Num mundo onde a taxa de juros está muito baixa e assim deverá ficar por muito tempo, a flexibilidade de alocação e a diversificação de riscos são palavras de ordem. Hoje, o segmento de fundos de Previdência possui tantas opções de investimentos quanto o de FIFs de renda fixa. Só que no segmento dos FIFs de renda fixa não possui a possibilidade de resgate. A portabilidade, que está presente apenas na Previdência, permite que o investidor migre de um fundo para outro sem nenhum ônus e/ou custo. Nos FIFs de renda fixa, essa movimentação requer que o investidor faça o resgate, pague o IR e recomece do zero o contador de tempo para efeito de tributação. Essa liberdade de movimentação que o VGBL possui, portanto, é uma enorme vantagem!
3 – Tabela de IR: Enquanto a alíquota mínima de IR no FIF de renda fixa é de 15% sobre os rendimentos, no VGBL é de 10% após o período de 10 anos. Nas tabelas abaixo estão as diferenças de tributação. Repare que, se o horizonte de investimento for inferior a 8 anos, o VGBL perde sua competitividade fiscal, mas mantém o que falamos sobre movimentação de investimentos. O investidor só terá impacto fiscal se fizer resgate, mas se decidir mudar de tipo de investimento não terá impacto algum de IR.
Para dar exemplo da diferença entre FIF de renda fixa e VGBL, vamos simular a projeção de um investimento de R$ 100 mil no período de 25/08/20 a 02/10/30, com dados reais de projeções de taxa de juros pela B3 (Bolsa de Valores e Futuros). Nesse exemplo, consideramos o efeito do “come-cotas” para dar uma dimensão do impacto que há na antecipação do pagamento de IR nos investimentos. O gráfico demonstra a evolução nesse período.
Para as mesmas condições de taxa de juros, ao final do período, o VGBL acumula uma reserva de R$ 172,8 mil e o FIF de R$ 159,8 mil. Uma diferença de R$ 13 mil a favor do VGBL ou 8% maior. Embora o prazo seja de 10 anos, que pode parecer muito, a ideia desse exercício é mostrar que o olhar de todo o conjunto da operação (rentabilidade e tributação) tem que estar no radar do investidor.
Quando o CDI, a principal referência da renda fixa, estava na casa de 13% esse “olhar” fiscal não era tão relevante, já que a remuneração líquida ainda era expressiva e superava com folga a inflação do período. Esse tempo de juros altos não é muito distante de nós. Em 2017, tínhamos o CDI nesse patamar. Só que esse tempo de juros altos é passado e, de agora em diante, para avaliar se um investimento é bom será preciso ter esse “olhar” fiscal para identificar qual o resultado final esperado. Sem esse olhar o investidor poderá ter retornos até abaixo da inflação.
Conclusão: o VGBL pode sim ser comparado com os FIFs de renda fixa, dada a diversidade de opções que o segmento de Previdência oferece, e se mostra mais competitivo no longo prazo considerando o impacto fiscal. A Seguros Unimed tem um fundo perfeito para atrair os investidores dos tradicionais de FIF’s de renda fixa.
Em outras palavras, os investidores deveriam considerar a migração dos recursos investidos nos tradicionais FIFs de renda fixa para o VGBL. A resultante entre rentabilidade, tributação de IR e visão de longo prazo é vantajosa.
Um abraço e até a próxima.
Luiz Sacchetto é administrador de empresas com mais de 30 anos de experiência em finanças. Já atuou em bancos e em empresas dos setores agrícola, farmacêutico, químico e de seguros. Atualmente é Gerente Nacional de Vendas do ramo Previdência na Seguros Unimed
Excelente artigo. Muitas dúvidas sanadas com ele!
Adoreiiiiiiiii
Adorei!!!
Muito bom e de fácil entendimento.
Ótimo artigo!
Interessante!
Boa tarde,
migrei da Sulamerica para unimed, estou satisfeito.
Muito bom e esclarecedor! Obrigada por compartilhar…