Algumas empresas estão retomando suas rotinas, após mais de cinco meses desde que foi detectado o primeiro caso de COVID-19 no Brasil.
No entanto, ainda não há vacina ou medicamento com eficácia comprovada contra o novo vírus, o que exige cuidado redobrado dos funcionários dentro dos escritórios e, sobretudo, a caminho do trabalho – especialmente para quem utiliza transporte público ou veículo compartilhado com outras pessoas.
Além do álcool em gel a 70% nas mãos frequentemente, a máscara é imprescindível – inclusive no interior do ambiente profissional, ao longo de todo o expediente.
Essas medidas constam em uma portaria assinada pelos ministérios da Economia e da Saúde, entre outras advertências dos protocolos sanitários para o retorno ao trabalho presencial. As orientações também preveem medição de temperatura dos funcionários e manutenção de distanciamento social em ambientes internos.
De fato, as máscaras representam uma barreira importante contra gotículas de saliva que podem transmitir o SARS-CoV-2.
Inicialmente, a indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS) era dirigida apenas a pessoas infectadas. Em seguida, a utilização de máscaras tornou-se uma recomendação geral, já que parte dos contagiados é assintomática. Depois, a proteção sobre a boca e nariz passou a ser prevista em lei e obrigatória.
Os modelos de máscaras adotados por profissionais de saúde, chamados de N95 ou PFF2, possuem alta capacidade de filtrar partículas em suspensão. Como estão potencialmente expostos ao coronavírus, médicos e enfermeiros requerem no dia a dia esse reforço de proteção.
Para as demais pessoas, máscaras artesanais de tecido demonstram eficácia. O que fará diferença é o seu uso, manuseio e lavagem.
Veja as orientações do médico Josué Rocha, membro do Comitê COVID-19 da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip).
Quais os principais cuidados que devemos ter com a máscara?
Antes de colocar a máscara é sempre importante verificar se está limpa, com integridade do tecido e do elástico, e se tem o tamanho adequado para a face. Ela deve ser armazenada separadamente de outros objetos, em envelope de papel, preferencialmente, ou saco plástico com furos.
Como trocar a máscara?
A máscara de tecido deve ser substituída pelas alças, evitando contato com a parte da frente. Após a colocação, deve estar ajustada na região do nariz e do queixo, visando minimizar espaços entre a face e a máscara. É sempre importante higienizar as mãos antes de colocar ou substituir a máscara.
Quando precisa ser trocada?
Deve ser trocada no mínimo a cada duas horas ou sempre que estiver úmida ou com perda de sua integridade.
Como lavar?
Após o uso, a máscara deve ser lavada com água e sabão, sem contato com o restante das roupas.
Se possível, deixe-a de molho em solução de água sanitária (contendo duas colheres de sopa do produto para 1 litro de água). Depois, a máscara deve ser enxaguada com água corrente e levada para secar, preferencialmente ao ar livre. Após o enxágue, evite torcer a máscara para não danificar o tecido e o elástico.