Dentre os diversos tipos de fundos de investimento disponíveis, os fundos de renda fixa são considerados mais conversadores e indicados para pessoas que não desejam assumir muitos riscos. Apesar dessa designação, alguns investidores iniciantes ainda ficam com receio devido às lâminas e cláusulas do investimento. Entender como funcionam, riscos e expectativas de rendimento é fundamental para investir bem.
O que são fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa agrupam títulos públicos e privados, que operam como empréstimos com pagamento de juros. Alguns exemplos de aplicações são: Tesouro Direto, letras financeiras (LCIs e LCAs), debêntures, notas promissórias, entre outros.
“Quando falamos de renda fixa, temos taxas pré e pós fixadas. No momento da aplicação, o seu gerente ou gestor já vai informar qual será a sua rentabilidade. Na primeira, você já sabe de forma determinada qual será o seu retorno, e na outra, variará de acordo com o indexador”, explica Cleber Zanetti, professor de Economia da IBE Conveniada FGV. Os indexadores mais comuns nos investimentos em renda fixa são o CDI, que acompanha a taxa Selic, e a inflação medida pelo IPCA.
Quais são os riscos?
Neste tipo de investimento, os principais riscos estão relacionados às variações das taxas de juros e a inadimplência do emissor do título.
Como escolher um fundo de renda fixa?
O primeiro passo para iniciar o investimento é pesquisar um gestor de recurso qualificado, avaliar e comparar outras opções. Também vale procurar o gerente da sua conta corrente no banco e comparar com os produtos oferecidos nas demais instituições financeiras, incluindo corretoras de investimentos. “É preciso verificar o selo Anbima, que audita os fundos, conhecer a instituição que está ofertando o produto e, o mais relevante, ficar atento a regra de liquidez”, orienta Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper.
Cautela com o regulamento
Cada fundo tem suas regras específicas e política de investimento inseridas no regulamento. Portanto, a leitura atenta da lâmina é crucial. Existem modalidades nas quais é necessário deixar o dinheiro aplicado durante 30 dias, posteriormente solicitar o resgate e aguardar mais alguns dias para ter o dinheiro na conta.
Quanto custa?
Geralmente, o custo para investir no fundo inclui uma taxa de administração para remunerar os serviços do gestor. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor dos encargos pode variar e é possível encontrar investimentos de curto prazo que cobram 0,5% ao ano e outros semelhantes, com mais de 4%. O investidor deve ficar atento às taxas de administração muito elevadas, que podem prejudicar sua rentabilidade.
Segundo levantamento realizado pela Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com a taxa Selic em 6,5% ao ano, fundos de renda fixa com taxas administrativas acima de 1%, perdem para a poupança no quesito rentabilidade. Por isso, é importante pesquisar e comparar os encargos.
Outra taxa recolhida é a de performance, quando a rentabilidade é melhor que a expectativa. A CVM alerta que é proibida a cobrança de taxa de performance em fundos de curto prazo, referenciados e de renda fixa, exceto renda fixa de longo prazo. Alguns fundos também cobram encargos de entrada e saída, por isso é importante pesquisar, comparar opções e ter um gestor capacitado para não perder rentabilidade.
“Caso o investidor tenha escolhido um gestor de sua confiança, uma leitura do contrato com atenção é suficiente. Em fundos de renda fixa é comum termos contratos relativamente padronizados”, diz Antônio Duarte, professor de Finanças do Ibmec RJ.
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