Os últimos anos vêm registrando um aumento no número de brasileiros que trabalham de maneira autônoma. Atualmente, 26,5% da população ocupada no país é composta por profissionais que atuam por conta própria (PNAD/IBGE). Seja por necessidade ou por vontade, esta modalidade de trabalho exige uma atenção redobrada quando se fala em proteção financeira para autônomos.
Isso porque é preciso lembrar que você se torna o único responsável pela organização de suas finanças como profissional. Tudo que diz respeito a impostos, contribuição para o INSS, plano de saúde e outras despesas, que normalmente são conduzidas pela empresa, para quem tem carteira assinada, fica sob os seus cuidados.
Além disso, ao invés de receber um salário fixo, sua renda passa a ser variável, já que depende do volume de serviços prestados por mês. Ou seja, contar com estratégias de segurança financeira é ideal para que você consiga manter as contas em dia tanto em períodos de alta como de baixa demanda.
Mas fique tranquilo, não é um bicho de sete cabeças. Basta ter disciplina e organização para manter tudo funcionando sem sustos. A seguir, veja algumas boas práticas de proteção financeira para autônomos que separamos para te ajudar nesta missão.
Separe as finanças pessoais das profissionais
Essa dica é fundamental quando se fala em proteção financeira para autônomos. Afinal, quando se trabalha por conta própria, acaba sendo comum confundir os seus gastos profissionais com os pessoais, já que ambos se concentram em… você! Entretanto, esse é um hábito que precisa ser deixado de lado para manter uma mínima organização das finanças.
Um caminho é colocar todas as despesas domésticas e do negócio em planilhas diferentes, para que não se misturem. Se possível, tenha também contas bancárias separadas para pessoa física e jurídica. Isso facilita que você concentre na conta PJ somente o que for necessário para os gastos da empresa, e não utilize esta reserva para fins pessoais.
Estabeleça valores de base
Ao organizar suas planilhas financeiras, tenha em mente não só os custos e receitas fixos do negócio, mas também os variáveis. Mesmo que gastos com materiais, por exemplo, mudem a cada mês, calcule uma média do último ano para saber o mínimo que precisa ser reservado para isso. A mesma coisa com a receita, garantindo que você tenha um capital de giro todo mês para manter a empresa funcionando.
Estabelecer estes valores traz uma maior visibilidade sobre como destinar seus recursos, se é preciso reduzir custos ou, inclusive, sobre novos objetivos que possam ser traçados, já que é possível entender o que dá para ser feito em termos de investimentos para a melhoria ou o crescimento do negócio.
Fundo de reserva e seguro de renda
Além dos custos do dia a dia, uma das melhores práticas de proteção financeira para autônomos é separar um valor mensal para auxiliar em momentos de dificuldade, o chamado fundo de reserva. Da mesma maneira que isso é recomendado para as finanças pessoais, é mais do que válido para empresas. Na hora de organizar sua planilha de custos, reserve sempre uma parcela da receita para essa finalidade.
Outra estratégia de segurança financeira é contratar um Seguro de Renda. Esta modalidade de seguro de vida, que também faz parte do portfólio da Seguros Unimed, garante uma renda adicional caso você precise ficar afastado do seu trabalho por um período.
Atenção para sazonalidades
Quem trabalha por conta própria sabe bem a montanha-russa que é gerir o próprio negócio. Todo mercado tem seus períodos de altos e baixos, e alguns deles podem ser previsíveis. Se você sabe que algum mês é mais complicado, busque alternativas para se preparar.
Vale tentar diversificar seu público e conquistar novos clientes, aumentar o investimento em anúncios, pesquisar novas formas de divulgação, criar promoções e produtos exclusivos para o período e o que mais puder gerar resultados.
Mantenha um planejamento financeiro
Não adianta investir seu tempo em criar planilhas completas se elas não fazem parte de uma rotina de planejamento financeiro. Por isso, separe um período do seu dia para manter o controle do fluxo de caixa. Organize as despesas a pagar, veja o quanto entrou de receita no dia e analise se as contas estão equilibradas.
Um indicador que ajuda a entender se o seu negócio está preparado para qualquer situação é o índice de sobrevivência financeira. Ele mostra por quanto tempo você consegue pagar suas despesas se perder sua fonte de renda. O ideal é que você tenha uma reserva boa o suficiente para se manter por pelo menos seis meses.
Quer calcular o seu? Acesse nosso conteúdo e saiba mais sobre o índice de sobrevivência financeira.