Olá! Tudo bem?
O primeiro semestre termina muito diferente de como começou. Tivemos eventos que trouxeram perspectivas positivas ao longo dos últimos seis meses:
- Atividade econômica: os indicadores de crescimento econômico surpreenderam, considerando o cenário de pandemia bastante difícil neste período.
- Orçamento federal: ainda que tenha sido questionável a qualidade do orçamento aprovado pela Câmara, foi positivo o fato de ter sido preservado o teto de gastos, contribuindo para o controle do déficit público.
- Avanço da vacinação: apesar das dúvidas, houve evolução, com boas perspectivas para o segundo semestre. E alguns estados importantes anteciparam seus cronogramas de vacinação.
- Cenário externo: observamos a retomada das maiores economias mundiais e com reflexos nos preços das commodities, contribuindo para as exportações brasileiras.
Junho chegou dando um choque de realidade, reduzindo um possível excesso de otimismo.
- CPI da Covid: o que seria uma investigação sobre as ações do Governo Federal no combate à pandemia, evoluiu para investigações de possível corrupção na compra de vacinas por parte do Ministério da Saúde.
- Popularidade do governo: a CPI estimulou manifestações nas ruas, em vários estados, contrárias ao Presidente da República; pesquisas indicaram queda importante na aprovação do Governo Federal.
- Inflação e o Banco Central: na reunião do Copom, a autoridade monetária mostrou preocupação maior com o combate à inflação. Os comunicados indicam que o ciclo pode ser maior e mais intenso para trazer novamente a ancoragem das expectativas para inflação futura, especialmente em 2022.
- Crise hídrica: os níveis muito baixos dos reservatórios trazem dúvidas sobre a geração de energia pelas hidrelétricas e sobre riscos de racionamento ou apagão. Riscos negados pelo Ministério de Minas e Energia. Mas já houve aumento de tarifas, o que pode impactar à atividade econômica e à inflação.
- Evolução da pandemia: a variante Delta causou aumento de casos, motivando a revisão no ritmo de abertura de alguns países, principalmente, na zona do euro. Embora não seja mais letal, preocupa a taxa de transmissão que pode trazer impactos no ritmo do crescimento econômico mundial. A aceleração da vacinação poderá neutralizar o impacto da variante.
Mas há pontos positivos que mantêm expectativas positivas para o segundo semestre.
- Agenda de reformas: houve avanços. O governo apresentou o texto da reforma tributária e segue para tramitação na Câmara. A reforma administrativa ainda está sendo discutida, mas sem perspectivas do que será e quando o projeto estará em tramitação no Congresso.
- Privatizações: foi aprovada a MP da Eletrobrás, e está na pauta da Câmara dos Deputados a votação da privatização dos Correios, com apoio do presidente Arthur Lira. Indicações de que a agenda de privatizações está avançando, o que ajudará no controle do déficit público e a atrair investimentos.
- EUA: bons indicadores de recuperação da economia, do emprego e do consumo reforçam as expectativas de forte crescimento. Mesmo com o alerta do FED para riscos inflacionários, que podem implicar em aumento dos juros em 2023 e o início da retirada de estímulos monetários, é algo positivo por indicar uma retomada nas condições monetárias pré-pandemia.
Para ilustrar como foi a evolução das expectativas ao longo do primeiro semestre, seguem três gráficos:
Neste primeiro, vemos a evolução do Ibovespa. A área destacada em amarelo mostra o mês de junho, com uma piora nas expectativas, mas, ao longo do semestre, há uma recuperação importante após o pior momento no mês de março, representado pela linha vermelha.
Não foi diferente com o dólar.
No início do ano, com uma forte valorização até meados do mês de março; em seguida, uma significativa recuperação do real, representada pela linha vermelha. Na área em destaque, em amarelo, repare que, no fechamento do mês, o dólar apresenta uma tendência de alta, demonstrando maior preocupação com o balanço de riscos.
No mercado de taxas de juros, expresso pelo IMA Geral ex-C, há, no início do ano, até meados de março, uma queda importante no índice, indicando expectativas de alta para as taxas de juros. A partir daí, há uma forte recuperação no índice, indicando reversão das expectativas para a alta das taxas de juros, representada pela linha vermelha. Observe que, na área em destaque, em amarelo, o índice permanece abaixo do observado no início de 2021. Dentre todos os motivos, cabe destacar que a preocupação com a inflação pode levar a um movimento de maior austeridade do Banco Central na condução das taxas de juros.
Nossos fundos
Os fundos Unimed RV15 e RF100C, com um longo histórico, demonstraram resiliência num cenário tão volátil como o do primeiro semestre de 2021. Ambos, nas janelas de 12 a 60 meses, com retornos consistentemente acima do CDI.
O Unimed Multiestrategia, lançado em 10 de julho de 2020, apresentou uma excelente performance no primeiro semestre. O desempenho foi obtido pelas características do fundo, que possui olhar no mercado local e no exterior e alocação em diversos ativos.
Neste momento, quando se vislumbra boas oportunidades no cenário internacional versus o cenário político mais complexo no Brasil, com a proximidade das eleições de 2022, o Multiestrategia oferece melhores oportunidades de rentabilidade pelas amplas possibilidades de diversificação.
Veja em nosso site as soluções ideais de Previdência Privada da Seguros Unimed para você!
Luiz Sacchetto é administrador de empresas com mais de 30 anos de experiência em finanças. Já atuou em bancos e em empresas dos setores agrícola, farmacêutico, químico e de seguros. Atualmente é Gerente Nacional de Vendas do ramo Previdência na Seguros Unimed.