Quem se preocupa com o futuro e, já parou para planejar, desejando manter a renda após a aposentadoria, provavelmente já tenha se questionado se a previdência privada vale a pena.
Esse tipo de investimento tem ganhado espaço e pode ser uma alternativa interessante para quem procura opções de longo prazo.
Contudo, antes de adquirir esse produto financeiro, é essencial saber como ele funciona, como é feita a cobrança dos impostos e quais são seus principais benefícios. Sendo assim, continue a leitura para saber mais sobre esse tema. Saiba mais!
O que é previdência privada e como ela funciona?
A previdência privada é um investimento que te ajuda no planejamento de um futuro com mais tranquilidade financeira na aposentadoria, reduzindo a dependência do INSS. O valor acumulado também pode servir para concretizar projetos de longo prazo.
O funcionamento é simples: o interessado seleciona um plano em uma seguradora e passa a fazer contribuições mensais. Esses aportes são aplicados e geram rendimentos, potencializando o montante final.
No momento do resgate, conforme a modalidade escolhida, é possível optar entre receber parcelas mensais, semelhantes a um salário, administrar resgates esporádicos ou sacar todo o capital acumulado de uma vez.
Previdência privada vale a pena?
A previdência privada vale a pena para quem objetive um investimento de longo prazo, com benefícios fiscais e possibilidade de transferência aos herdeiros de forma simplificada, pois o produto não passa por um processo de inventário.
Ela também se destaca como opção para complementar a aposentadoria do INSS, que tem um teto de remuneração, ou seja, um limite máximo no valor pago mensalmente.
Na prática, esse teto costuma ser inferior ao salário recebido durante a vida profissional. Por isso, quem pretenda preservar a renda na aposentadoria precisa considerar opções que garantam renda adicional.
Quais são os tipos de previdência privada?
Há dois tipos de previdência privada: o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), indicado para quem faça a declaração completa do Imposto de Renda, e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), ideal para aqueles que fazem a declaração simplificada ou já contribuem com o percentual máximo para obter o benefício fiscal no PGBL.
No PGBL, o Imposto de Renda incide sobre o valor total do resgate, contudo o contribuinte pode abater anualmente até 12% da renda bruta na declaração do IR. Já no VGBL, o tributo será aplicado somente sobre os rendimentos.
Além de escolher entre PGBL e VGBL, o produto possui duas formas de tributação de Imposto de Renda no momento de receber este recurso, regressivo ou progressivo, decidido no momento do 1º resgate ou no início do recebimento do recurso em renda mensal como um salário.
No primeiro caso, o valor dos tributos diminuirá com o passar dos anos, sendo calculado da seguinte forma:
- Até 2 anos (alíquota de 35% ao ano);
- 2 a 4 anos (30%);
- 4 a 6 anos (25%);
- 6 a 8 anos (20%);
- 8 a 10 (15%);
- Mais de 10 anos (10%).
Já no regime progressivo compensável, segue a tabela padrão de Imposto de Renda na fonte, aquela que é cobrada nos salários.
A alíquota pode variar entre 0% e chegar a 27,5%. Como o nome diz, trata-se de um imposto compensável, que em sua declaração Anual de IRPF é feito o cálculo de qual alíquota ajustando de acordo com o valor anual para base de cálculo deste Imposto.
Quais são os benefícios de investir em previdência privada?
Se você segue em dúvida se previdência privada vale a pena, confira a seguir quais os principais benefícios que esse investimento oferece:
- Garantia de renda extra no futuro;
- O valor investido não vai para o inventário;
- É isento de come-cotas, taxas cobradas semestralmente da maioria dos investimentos de renda fixa;
- Tem benefícios fiscais. No PGBL, é possível deduzir até 12% da renda bruta anual no IR. No VGBL, a tributação pode ser de 10%, percentual menor do que o das aplicações financeiras tradicionais, cuja alíquota mínima costuma ser de 15%.
Além disso, esse modelo é muito flexível, sendo possível fazer a portabilidade da quantia investida para outras seguradoras, sem que seja necessário resgatar o montante ou pagar Imposto de Renda, como ocorre com outros produtos financeiros.
Saiba mais: Rendimento na previdência privada: o que você precisa saber
Quais as desvantagens da previdência privada?
Apesar de ter muitas vantagens, essa aplicação também apresenta algumas desvantagens. Veja abaixo quais são as principais:
- Cobrança de taxas de administração, que é cobrada em qualquer fundo de investimento, podendo variar entre cada instituição financeira. Por isso, é preciso pesquisar bastante antes de escolher onde investir, compare sempre a rentabilidade de cada produto;
- A previdência privada não é coberta pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso significa que, se a instituição na qual o seu dinheiro está alocado falir, você poderá perder todo o valor aplicado;
- Tributos elevados caso o investidor precise retirar o dinheiro no curto prazo e tenha escolhido o regime de tributação regressivo.
Como a previdência privada se compara a outras formas de investimento para aposentadoria?
Esse recurso está entre as poucas aplicações criadas com o objetivo de garantir renda complementar ao investidor quando ele se aposentar, além de garantir o pagamento direto aos Herdeiros Legais, sem precisar passar por um inventário. Ainda assim, há outras opções que podem ser utilizadas com a mesma finalidade.
O Tesouro Direto, por exemplo, é um investimento de renda fixa cuja rentabilidade depende do título escolhido. Embora ofereça segurança, a tributação mínima é de 15%, acima da menor alíquota da previdência privada, que pode chegar a 10%.
Também há as ações que distribuem dividendos, remunerando os investidores periodicamente, conforme a quantidade de papéis em carteira.
Esse modelo, no entanto, envolve maior risco, já que os preços variam ao longo do tempo e exige conhecimento para selecionar empresas adequadas ao planejamento. Além disso, para receber valores expressivos em dividendos, é necessário acumular um grande número de ações.
Como escolher o plano de previdência privada mais adequado?
Para escolher o plano de previdência privado mais adequado a sua realidade é necessário levar os seguintes fatores em consideração:
- Tempo de contribuição: para os investimentos a longo prazo a não cobrança do Imposto semestral (come-cotas) garante maior retorno financeiro.
- Modelo de declaração do Imposto de Renda: para quem fizer a declaração completa, o PGBL é a aplicação mais indicada. Já para aqueles que optam pelo modo simplificado ou já aplicam os 12% de incentivo garantidos no PGBL, o ideal é escolher o VGBL;
- Taxas administrativas: analise as instituições que ofereçam esse tipo de produto, na maioria as taxas já estão diluídas no rendimento do produto, observe sempre a rentabilidade divulgada dos planos;
- Solidez da seguradora: como esse investimento não é coberto pelo FGC, é fundamental escolher uma empresa sólida e com boa reputação no mercado para aplicar o seu dinheiro.
Veja mais: 12 perguntas e respostas sobre a previdência privada
Quantos anos tem de pagar a previdência privada para se aposentar?
Diferentemente da aposentadoria pública, no modelo privado não há um número determinado de anos que o indivíduo tenha de contribuir para ter acesso aos rendimentos.
Portanto, mesmo quem já trabalhe há muitos anos pode aderir a um plano. Contudo, é importante saber que, quanto mais tempo você contribuir, maior será o montante acumulado. E, que não importa quando começar, o que muda é o montante a ser aplicado mensalmente para alcançar o valor projetado.
Em quais situações a previdência privada é mais vantajosa?
A previdência privada vale a pena para todas as pessoas que não queiram depender apenas do INSS quando pararem de trabalhar e que estejam em busca de uma opção segura para garantir uma renda extra na aposentadoria.
Ou para aqueles que desejam fazer a sucessão de patrimônio, de forma direta, sem precisar passar por um inventário.
Portanto, se você não quiser perder o seu estilo de vida, acesse agora mesmo o site da Seguros Unimed, confira todos os planos de previdência privada disponíveis, e escolha aquele mais adequado para você.
Em muitos casos, o valor investido nesse produto financeiro procura arcar com gastos que o segurado sabe que terá no futuro, como a faculdade do filho que ainda nem nasceu, por exemplo.
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