Embora existam registros que indicam que a homossexualidade e a bissexualidade eram comuns na Idade Média, o preconceito perdura em diferentes sociedades até os dias de hoje, muitos séculos mais tarde.
No Brasil, após décadas de luta, com muitos protestos em prol de mais respeito, combate à discriminação e proteção de direitos, a população tem hoje o reconhecimento de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito federal, a criminalização da discriminação contra pessoas LGBT e o direito a casamento homoafetivo – que só foi decretado em 2013.
São conquistas importantes e necessárias, mas ainda há um campo enorme a ser avançado, e por isso é essencial que o assunto esteja em pauta e seja discutido entre indivíduos, empresas e todos os setores importantes da sociedade, que têm o papel de abraçar a diversidade e contribuir, em diferentes maneiras, para que mais avanços sejam alcançados.
Foi nos Estados Unidos, em um bar onde os grupos considerados marginalizados se encontravam que ocorreu a primeira manifestação, em 1969, que originou a data – e o mês – que conhecemos hoje como comemorativo do orgulho e da visibilidade LGBTQIA+.
A sigla significa lésbicas, gays, bissexuais, travestis, trans, queers, assexuais e o símbolo de “+” inclui todas as identidades que fazem parte do movimento, como pessoas pansexuais, não binárias etc.
Até os anos 1960, o país, assim como a maioria do mundo, possuía uma legislação anti-LGBT bastante cruel. Era crime amar alguém do mesmo sexo, mesmo se o relacionamento fosse consensual e privado. Quem desobedecesse podia ser condenado à prisão.
Além disso, métodos bárbaros como castração, choque elétrico e lobotomia (um procedimento cirúrgico que retira parte do cérebro do paciente), eram usados como tentativas de “cura” para homossexuais.
Em meio ao preconceito e violência, a população LGBTQIA+, antes chamada de LGBT, se organizava. Em um dos poucos locais de Nova Iorque que recebia a comunidade, o bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, encontros aconteciam com frequência.
Em uma noite de junho de 1969, um grupo reunido ali decidiu enfrentar o que poderia ser mais uma batida policial violenta, criando o começo de uma mudança. Por dias, aquela parcela da comunidade combateu os policiais, deixando um claro manifesto antiopressão.
No ano seguinte ao episódio que ficou conhecido entre alguns por “Revolta de Stonewall”, aconteceram as primeiras Paradas LGBT nos EUA, como uma comemoração de aniversário do evento. A data exata é 28 de junho, marcada em calendários ao redor do globo como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Todo o mês de junho, então, é tido como uma oportunidade para lembrarmos dos avanços conquistados até aqui, mas também para continuarmos clamando – e principalmente agindo – para que todos possam conviver com direitos iguais.