Não sabe o que fazer com a restituição do imposto de renda? Muitas pessoas têm dúvidas sobre como gastar esse dinheiro extra da melhor forma possível. Por isso, reunimos algumas dicas para quem quer utilizar esse recurso com sabedoria.
Se você faz a declaração de imposto de renda todos os anos, é possível que tenha direito a um valor a ser reembolsado pela Receita Federal.
Essa quantia é conhecida como restituição e é um direito de todo cidadão brasileiro em dia com suas obrigações fiscais.
Se você teve a oportunidade de recuperar parte do valor pago ao governo, pode estar se perguntando: “O que fazer com a restituição do imposto de renda?“.
A seguir, vamos lhe dar alguns conselhos para que você aproveite o montante recebido de forma inteligente, seja por meio de investimentos, quitação de dívidas ou planejamento financeiro. Confira!
O que é a restituição do imposto de renda e como funciona?
A restituição do IR é o valor que você pode receber de volta caso tenha pago mais impostos do que deveria. Isso acontece quando você possui despesas legais que reduzem o valor a ser tributado, como gastos com saúde e educação.
Após o envio da sua declaração, a Receita Federal analisa as suas informações e, caso constate que você tem direito à restituição, realiza o pagamento para você na sua conta bancária.
Dicas para utilizar a restituição do imposto de renda de forma inteligente
Receber uma quantia extra é sempre uma ótima oportunidade para melhorar sua situação financeira. Aqui estão algumas dicas sobre o que fazer com a restituição do imposto de renda:
Opções de investimentos para aproveitar a restituição
Uma das melhores formas de usar a restituição do imposto de renda é investir em aplicações financeiras que possam trazer rentabilidade para o seu dinheiro.
O primeiro passo é realizar o teste de suitability para identificar o seu perfil de investidor. Trata-se de um procedimento que te direciona para as aplicações financeiras compatíveis com seus objetivos de curto, médio e longo prazo, recursos financeiros e tolerância ao risco.
A avaliação dessas informações vai classificá-lo em um dos três perfis: conservador, moderado ou arrojado.
“O investidor que aplica em algum ativo fora do seu perfil acaba saindo do investimento na hora errada, pois não estava preparado para correr tal tipo de risco”, explica Erick Scott Hood, gestor da Guide Investimentos.
Com o perfil de investidor definido é possível avaliar as opções de investimentos que o mercado financeiro oferece. Lembre-se de considerar a sua necessidade de liquidez, ou seja, a facilidade e rapidez para vender um ativo e ter o dinheiro em mãos. Isso é um ponto fundamental caso precise resgatar o recurso.
“No caso de investidores conservadores e que precisam ter alguma liquidez, o ideal é investir em ativos de renda fixa e crédito privado com boa avaliação”, aconselha Hood.
Veja algumas sugestões:
Tesouro Direto Selic
É um investimento seguro e de fácil resgate. Você empresta seu dinheiro para o governo e recebe juros em troca. O valor mínimo para investir é de R$100,00. Você pode sacar seu dinheiro a qualquer momento, sem perder nada.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
É um título de renda fixa emitido por bancos. Geralmente, é uma boa opção para investidores iniciantes, pois costuma apresentar baixo risco. Você recebe juros pelo tempo em que mantiver o seu dinheiro aplicado. O valor mínimo para investir varia de acordo com a instituição.
Além disso, você conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Portanto, caso o banco declare falência, por exemplo, você tem a garantia de que até R$250 mil serão protegidos.
Letras de Crédito Imobiliárias (LCI) e do Agronegócio (LCA)
São investimentos que você faz em um banco para financiar projetos imobiliários ou do agronegócio.
Você receberá juros pelo tempo em que deixar o seu dinheiro aplicado. O valor mínimo para investir varia de acordo com o banco. Além disso, você tem a garantia do FGC e, o melhor de tudo, não precisa pagar imposto de renda sobre os rendimentos.
CRA e CRI
Os Certificados de Recebíveis Agrícolas e Imobiliários (CRA e CRI) são investimentos parecidos com as LCI e LCA, mas são emitidos por empresas e não por bancos.
Você também recebe juros pelo tempo em que deixar o seu dinheiro aplicado e não paga imposto de renda sobre os rendimentos. No entanto, é importante ressaltar que nessa modalidade você não tem a garantia do FGC.
Fundos de investimento
São investimentos que reúnem vários tipos de aplicações, como renda fixa, ações, câmbio, etc.
Quando você decide investir em um fundo, adquire quotas e paga uma taxa para que um gestor especializado cuide dos seus recursos financeiros.
O valor mínimo para começar a investir varia de acordo com o fundo escolhido e, é importante ressaltar, que existem diferentes níveis de risco e retorno a considerar.
Ações:
Ao investir na bolsa de valores, você adquire ações de uma empresa e se torna parte dela. Isso significa que você pode lucrar com o aumento do valor das ações ou através do recebimento de dividendos.
Porém, é um investimento arriscado e que depende das condições do mercado. O valor mínimo para investir depende do preço das ações.
Atenção: Esteja sempre atento ao risco de investimento. Não caia na tentação de aplicações que prometem altos retornos em pouco tempo. É crucial estar bem informado sobre o mercado financeiro e contar com a orientação de profissionais qualificados.
Estratégias para quitar dívidas com a restituição do imposto de renda
Outra forma inteligente de utilizar a restituição do imposto de renda é quitar dívidas. Para isso:
- Priorize o que tem maior juros: Comece pagando as dívidas que possuem taxas de juros mais elevadas, como cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos pessoais.
- Negocie com os credores: se a restituição não for o suficiente para quitar todas as dívidas, tente negociar com os credores para conseguir um desconto ou um parcelamento mais vantajoso.
Como planejar suas finanças pessoais após receber a restituição
Agora que você já sabe o que fazer com a restituição do imposto de renda, é hora de planejar as suas finanças pessoais para manter o equilíbrio. Algumas dicas para isso são:
- Faça um orçamento: comece anotando todas as suas despesas e receitas para ter uma visão clara da sua situação financeira.
- Estabeleça metas: defina objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo e estabeleça um plano para alcançá-los.
- Acompanhe seus gastos: use um aplicativo, uma planilha ou um caderno para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro e não perder o controle das suas finanças.
- Crie uma reserva de emergência: tenha sempre dinheiro guardado para imprevistos, como uma doença ou uma demissão inesperada.
Veja também: Reserva de emergência para autônomos: como juntar dinheiro?
Orientações para evitar o desperdício da restituição do imposto de renda
Uma dica essencial para quem não sabe o que fazer com a restituição do imposto de renda é evitar o desperdício desse dinheiro.
Muitas vezes, as pessoas se empolgam com essa quantia extra e acabam gastando sem planejamento ou necessidade. Por isso, antes de sair comprometer a sua restituição, atente-se ao seguinte:
- Evite compras por impulso: ao realizar uma compra, reflita se ela é realmente necessária e se cabe dentro do seu orçamento atual.
- Pesquise e compare preços: ao adquirir um produto ou serviço, pesquise e compare preços. Isso ajudará a encontrar a melhor opção e economizar dinheiro.
- Não use a restituição para pagar contas do dia a dia: a restituição é melhor aplicada em investimentos ou para quitar dívidas, não para pagar contas do dia a dia.
Importância do planejamento financeiro ao utilizar a restituição
O planejamento financeiro permite que você defina prioridades e estabeleça metas realistas para o uso da restituição. Com ele, você pode direcionar os recursos para áreas importantes, como quitar dívidas, investir em educação ou saúde, ou até mesmo criar uma reserva de emergência.
Dessa forma, você consegue aproveitar ao máximo esse recurso extra e garantir uma maior estabilidade financeira no futuro.
Alternativas de aplicação financeira para aumentar o retorno da restituição
Se você deseja aumentar ainda mais o retorno da sua restituição, considere as seguintes alternativas de aplicação financeira:
- Previdência privada: investir em uma previdência privada é uma ótima opção para garantir uma aposentadoria tranquila. Pesquise sobre os diferentes planos disponíveis e escolha aquele que melhor se adequa ao seu perfil e objetivos.
- Seguro de vida: essa pode ser uma excelente forma de proteger sua família em caso de imprevistos. A cobertura do seguro de vida garante que seus entes queridos fiquem amparados financeiramente caso algo aconteça com você, não apenas em caso de falecimento, mas também em casos de doenças graves, acidentes ou invalidez.
Confira algumas outras dicas que podem te ajudar a receber mais dinheiro de volta do governo:
Declare as despesas dedutíveis
As despesas dedutíveis são aquelas que você pode subtrair do valor do imposto que você deve pagar.
Elas incluem gastos com saúde, educação, dependentes, pensão alimentícia e doações a projetos cadastrados pelo governo que incentivem esportes, cultura ou atividades audiovisuais.
Mas atenção: você precisa comprovar essas despesas para a Receita Federal por meio de notas fiscais ou recibos.
Faça uma declaração conjunta
Se você é casado(a) ou vive em união estável há mais de 5 anos, você pode fazer uma declaração conjunta com seu cônjuge. Isso pode aumentar sua restituição, pois vocês podem somar as despesas dedutíveis de ambos.
Se for autônomo, deduza os custos da sua atividade
Se você trabalha por conta própria, é possível deduzir os custos necessários para exercer a sua profissão.
Por exemplo, se você aluga um escritório ou trabalha em casa, é possível deduzir os gastos com aluguel, energia, água, telefone, condomínio e IPTU.
Para isso, é necessário preencher mensalmente um documento chamado Carnê-Leão, informando seus rendimentos e despesas.
Veja também: Dicas de investimento para crianças
Como equilibrar o uso da restituição entre investimentos e quitação de dívidas.
Por fim, é importante lembrar que não existe uma fórmula mágica sobre o que fazer com a restituição do imposto de renda. Cada pessoa tem suas próprias necessidades e objetivos financeiros.
Mas uma última dica é equilibrar esse dinheiro extra, utilizando uma parte para reduzir suas dívidas, caso existam, e outra parte para realizar investimentos que possam gerar retornos futuros.
Essa abordagem permite que você trabalhe simultaneamente na melhoria da sua saúde financeira atual e no crescimento do seu patrimônio a longo prazo.
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