A febre de dente é um problema que os bebês podem desenvolver durante o nascimento dos primeiros dentinhos. Entenda como aliviar o desconforto do seu filho e ajudá-lo a passar por essa fase.
O nascimento dos primeiros dentinhos geralmente provoca vários sintomas no bebê. Um dos mais comuns é a febre, problema que costuma gerar desconforto e mal-estar nas crianças.
Além da febre, a erupção dos dentes também pode ser acompanhada de inflamação na gengiva, diarreia, dor, perda de apetite, entre outros sintomas.
Por conta disso, a fase de nascimento dos dentes normalmente gera medo e preocupação nos pais, que buscam soluções para aliviar os sintomas associados ao início da dentição do bebê.
Se o seu filho está com febre ou algum dos sintomas mencionados anteriormente, continue a leitura deste artigo e entenda como tratar o seu bebê.
O que é “febre de dente”?
“Febre de dente” é uma expressão popular utilizada para se referir a sensação de febre que os bebês sentem durante o processo de dentição, ou seja, durante o surgimento dos primeiros dentes.
Geralmente, esse tipo de febre não ultrapassa a temperatura de 38°C e normalmente dura um ou dois dias. Esse sintoma pode aparecer quando o bebê completa entre 6 e 10 meses de idade, faixa etária na qual os primeiros dentes começam a nascer.
O problema também pode ocorrer quando a dentição inicia de forma precoce, por volta de 3 a 4 meses, ou tardia, após os 10 meses.
Vale lembrar que febres persistentes podem estar associadas a outros problemas de saúde. Por isso, eles devem ser investigados quanto antes.
“Febre de dente” existe mesmo?
Apesar da “febre de dente” ser um problema comumente identificado pelos pais, não existe consenso sobre a associação entre febre e erupção dentária. Ou seja, a existência desse problema é controversa.
Isso porque a maioria dos estudos publicados até o momento sobre o tema mostram que o início da dentição não provoca febre na criança.
Um desses estudos foi realizado por pesquisadores brasileiros, que analisaram 83 pesquisas científicas sobre o tema e constataram que não existe associação entre febre e erupção dos primeiros dentes.
Por conta disso, muitos especialistas defendem que a “febre do dente” não existe e que esse quadro febril é resultado de outros fatores comuns ao período de desenvolvimento da criança.
O que causa a “febre do dente”?
Os estudos recentes sobre o tema admitem que o bebê pode sentir uma febre baixa durante o período de dentição. No entanto, esse sintoma não é causado necessariamente pelo nascimento dos dentes.
De acordo com esses estudos, a fase de erupção dentária coincide com outros processos que tornam o bebê mais vulnerável ao desenvolvimento da febre.
Nessa fase, a criança está iniciando a introdução alimentar, começa a colocar objetos na boca e tem contato com pessoas e ambientes diferentes, por exemplo.
Como sua imunidade da ainda não está totalmente fortalecida, ela se torna mais suscetível a contaminações bacterianas ou virais e acaba desenvolvendo uma febre baixa.
Outro fator que contribui para o quadro febril do bebê é o “rompimento” das gengivas para a erupção dos dentes.
Nesse caso, as gengivas ficam inflamadas por conta da baixa resistência da criança, que o tornam mais suscetível a uma infecção oportunista e, por consequência, à febre.
Quais os sintomas associados à “febre de dente”?
Embora a associação entre febre e dentição ainda provoque debates, o fato é que o bebê pode desenvolver vários sintomas durante o surgimento dos primeiros dentes.
Os pais devem ficar atentos a esses sinais para adotar medidas que aliviam o desconforto e a dor da criança nesse período.
Geralmente, os bebês em fase de dentição apresentam os seguintes sintomas:
- Gengiva inchada e sensível;
- Diarreia;
- Excesso de baba (salivação excessiva);
- Manchas de pele (erupção cutânea) causada pelo excesso de baba;
- Dor, sintoma que o bebê expressa por meio do choro e da irritabilidade;
- Desenvolvimento do hábito de morder e levar objetos à boca;
- Perda de apetite;
- Dificuldade para dormir.
Como tratar a “febre de dente”?
Para tratar a “febre de dente”, os pais podem utilizar três estratégias diferentes. Uma delas é a administração de um medicamento antitérmico específico para crianças.
Esse remédio deve ser prescrito pelo médico pediatra ou odontopediatra, já que o princípio ativo e a quantidade de medicamento devem ser específicos para bebês.
Outra medida que pode ajudar a reduzir a febre é dar um banho no bebê com água morna ou utilizar um pano molhado em água morna para massagear o seu corpo.
Isso pode deixar o bebê mais confortável e proporcionar alívio quase imediato da sensação de corpo febril.
Por fim, manter o bebê hidratado durante esse período também é importante para garantir sua recuperação. Para isso, basta amamentar ou alimentá-lo com uma fórmula infantil.
Vale lembrar que esse período de febre é normal e dura, no máximo, dois dias. Caso o problema persista, os pais devem entrar em contato com o pediatra ou o odontopediatra.
Outras medidas para aliviar os sintomas causados pela dentição do bebê
Além da febre, o bebê pode desenvolver outros sintomas devido ao surgimento dos dentes de leite. Conforme explicado, esses sintomas incluem dor, gengiva inchada, desconforto, entre outros problemas.
Caso a criança desenvolva esses sintomas, não é necessário levá-la imediatamente ao dentista. Afinal, com algumas medidas simples, é possível aliviar esses incômodos em casa.
Confira abaixo algumas dicas que vão te ajudar a aliviar o desconforto do bebê nessa fase:
Faça massagem na gengiva do bebê
Lave as mãos e envolva o dedo limpo com uma gaze ou fralda umedecida com soro fisiológico, ou água filtrada fria. Depois disso, massageie a gengiva do bebê com movimentos circulares, leves e suaves.
Essa massagem também pode ser feita com o auxílio de uma “dedeira”, um tipo de massageador específico para essa finalidade.
Utilize mordedores firmes e resfriados
Os mordedores são brinquedos criados especialmente para aliviar o desconforto e reduzir a coceira que o bebê sente durante o surgimento dos primeiros dentes.
Para potencializar os benefícios desse brinquedo, os pais podem investir em mordedores firmes e colocá-los na geladeira para o seu resfriamento. Isso porque o mordedor gelado alivia ainda mais o desconforto do bebê.
Ofereça alimentos gelados ao bebê
Além do mordedor gelado, os pais também podem oferecer leite gelado para o bebê. Caso a criança ainda amamente, a mãe pode extrair o leite, colocá-lo para gelar e oferecê-lo ao bebê posteriormente.
Outra opção é congelar esse leite materno em formas de picolé, formando um “sorvete de leite” que reduz a coceira da gengiva e ainda alivia o calor. Vale lembrar que essas receitas também podem ser feitas com fórmula alimentar.
Quando consultar um odontopediatra?
Nem sempre é necessário levar o bebê à odontopediatra por conta da febre de dente ou de outros sintomas associados ao surgimento dos dentes de leite.
Conforme explicado, esses sintomas são normais e, geralmente, podem ser aliviados com a adoção de medidas simples.
Caso os pais identifiquem algum problema, atraso ou surgimento precoce dos dentes, o ideal é marcar uma consulta com o dentista infantil.
No entanto, o bebê não apresentar nenhum sintoma atípico nesse processo de dentição, os pais podem levá-lo ao odontopediatra apenas quando ele tiver seus primeiros dentes.
Mesmo que não apresente nenhum problema aparente, o dentista poderá orientar os pais quanto à higiene bucal infantil e à dieta adequada para a idade da criança.
Dessa forma, os pais podem começar a escovação infantil, fundamental para prevenir o desenvolvimento de problemas dentários em crianças.
Quanto antes esses cuidados forem introduzidos na rotina do bebê, maior será a probabilidade dessa criança continuar adotando esses hábitos ao longo da infância.
Além desse benefício, a consulta com o dentista infantil também ajuda o bebê a se acostumar com o ambiente odontológico.
Assim, caso a criança desenvolva algum problema dentário, será mais fácil realizar o tratamento adequado, uma vez que ela já estará adaptada ao ambiente.
Por que o bebê deve ser atendido por um odontopediatra?
O odontopediatra é um dentista especializado no atendimento odontológico dos bebês, crianças e adolescentes.
Por esse motivo, ele é capacitado para orientar os pais em relação aos cuidados com a dentição do bebê e monitorar o surgimento dos dentes de leite e permanentes.
Além disso, ele também é capacitado para tratar cáries, doenças periodontais como a gengivite, entre outros problemas odontológicos em crianças.
Por conta disso, levar o bebê para consultas regulares no odontopediatra é fundamental para cuidar da sua saúde bucal na infância e evitar problemas que comprometam sua qualidade de vida.
Vale lembrar que a forma mais fácil de garantir o acompanhamento dentário do seu filho é contar com o apoio de um bom plano odontológico.
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