O movimento Outubro Rosa teve início nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, em 1990. Na ocasião, a Fundação Susan G. Komem for the cure promoveu uma corrida para com o objetivo de arrecadar fundos incentivar pesquisas do câncer de mama.
Todos os participantes usaram um laço rosa na altura do peito. O acessório, desde então, tornou o símbolo mundial da campanha que, atualmente, acontece de diferentes maneiras em todo o mundo.
Mas, não é só o laço rosa que merece destaque nesse movimento. Por trás dele, existe uma série de ações que reforçam o empoderamento feminino. É sobre isso que precisamos falar.
Empoderamento da mulher, autocuidado e amor próprio
O empoderamento feminino surge como resposta à uma sociedade patriarcal que, durante séculos, insiste em reduzir a esfera feminina à fragilidade, serventia e inferioridade.
Em um contexto em que cuidar, doar, maternar e servir são atributos da mulher, fica difícil pensar em autocuidado e amor próprio. Mas, graças a Joana d’Arc, Dandara, Leila Diniz, Pagu, entre outras mulheres extraordinárias, a história tomou um rumo diferente.
Mesmo diante de tantos desafios e desigualdades, a força feminina reside e resiste em outros verbos. Trabalhar, votar, descansar, decidir, amar, recusar, lutar, negar, existir, resistir…
Esses elementos estão relacionados à liberdade para traçar o próprio caminho e agir de acordo com as próprias escolhas, sem se preocupar com julgamentos ou padrões impostos. Mulheres empoderadas são mulheres livres.
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E o que isso tem a ver com o Outubro Rosa?
De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), o câncer de mama, ao lado do de pulmão e do colorretal, é o que mais acomete mulheres no mundo. No Brasil, a cada ano, mais de 50 mil mulheres são diagnosticadas com a doença.
Se quisermos reverter esse quadro, precisamos entender que liberdade é autoconhecimento. O primeiro passo para o diagnóstico precoce do câncer de mama é conhecer o próprio corpo.
O empoderamento feminino começa pela liberdade de explorar, conhecer e se reconhecer no próprio corpo, sem culpa, sem vergonha. Além disso, ele consiste na adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e descanso.
Em um ritmo cada vez mais frenético em que se acumula papéis de mãe, estudante, empreendedora, é fundamental encontrar o tão sonhado e precioso tempo para diminuir as estatísticas de câncer de mama.
Mulheres, conheçam seus corpos, examinem suas mamas. Estejam atentas a qualquer alteração que possa ser sinal de anormalidades. Tenha um tempo para cuidar de você, consulte-se com o ginecologista, faça os exames de rotina.
A incidência da doença é maior a partir dos 40 anos, mas isso não significa que quem tem idade inferior a essa está livre da doença. Em todos os casos, a redução de risco decorre do diagnóstico precoce.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), quando descoberto no início, o câncer de mama pode ser tratado e combatido em 95% dos casos. Quanto mais avançado for o estágio da doença, menores serão as chances de cura.
Além disso, é possível reduzir em 28% os riscos de câncer de mama se você se alimentar corretamente, praticar exercícios com frequência e evitar bebidas alcoólicas, cigarro e uso de hormônios em altas doses.
Compartilhe essas informações com outras mulheres e fortaleça essa rede de apoio por meio da comunicação. O empoderamento feminino começa todos os dias, quando você acorda e diz sim para sua vida, seus sonhos e metas.