As doenças cardiovasculares são silenciosas e podem levar à morte. Elas atingem pessoas de todas as idades e necessitam de tratamentos específicos, muitas vezes por longo prazo. Saiba tudo sobre os sintomas e formas de prevenção no texto abaixo.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo, e o seu surgimento está muitas vezes associado a hábitos pouco saudáveis, como a alimentação rica em sódio e gorduras e a falta de atividades físicas regulares.
Até mesmo problemas congênitos podem resultar nesse tipo de doença, assim como infecções por vírus, fungos e bactérias. Além disso, o desenvolvimento muitas vezes lento dessas enfermidades e a falta de sintomas em seus estágios iniciais as tornam ainda mais perigosas.
Neste texto, vamos explorar as principais doenças cardiovasculares, assim como as opções de tratamento e de prevenção. Confira!
Veja também: O que são doenças congênitas?
O que são doenças cardiovasculares?
As doenças cardiovasculares englobam todas as patologias que se desenvolvem no coração ou nos vasos sanguíneos, prejudicando o seu funcionamento.
Essas patologias podem não apresentar sintomas até que atinjam um estágio mais avançado. Mas as queixas mais comuns dos pacientes são:
- Dor no peito;
- Falta de ar;
- Inchaço pelo corpo;
- Tontura;
- Formigamento nos membros.
Fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
Os principais fatores de risco de doenças cardiovasculares são:
- Estresse;
- Alimentação rica em sal e gordura;
- Diabetes. Esta doença exige um cuidado especial, já que seus portadores têm chances de 2 a 4 vezes maiores de sofrer um infarto;
- Tabagismo;
- Excesso de colesterol no sangue;
- Grande tensão arterial;
- Obesidade.
Quais as principais doenças cardiovasculares?
Existem inúmeras doenças cardiovasculares. Abaixo descrevemos as mais comuns.
1. Insuficiência cardíaca
Esta é uma das doenças cardiovasculares mais comuns, caracterizada pelo enfraquecimento do músculo cardíaco, o que faz com que o coração tenha dificuldades para bombear o sangue, limitando assim a desenvoltura do paciente em suas atividades diárias.
O problema é mais comum em quem possui pressão alta, e costuma despertar sintomas como falta de ar, tosse seca durante a noite, inchaço nas pernas e nos pés e aumento da sensação de cansaço sem motivo aparente.
2. Cardiopatia congênita
Engloba algumas alterações que ocorrem no coração da criança antes mesmo do nascimento e que podem gerar dificuldades e sintomas futuros, como cansaço ao mamar, dificuldade para ganhar peso e coloração roxa na boca e na ponta dos dedos.
Em alguns casos a cardiopatia pode ser identificada ainda no útero com a ajuda de exames de imagem. Esse tipo de diagnóstico precoce é fundamental para o início rápido do tratamento.
3. Doença reumática cardíaca
Esta enfermidade é uma complicação da febre reumática. Quando o tratamento não é feito a tempo ou não surte o efeito desejado, o coração pode ser comprometido. Assim surgem lesões, inflamações e cicatrizes nos músculos cardíacos ou nas válvulas.
Os sintomas cardíacos da doença incluem cansaço excessivo, irregularidade nos batimentos cardíacos, dores no peito e falta de ar.
4. Hipertensão
A hipertensão arterial está entre as doenças cardiovasculares mais comuns. Sua principal característica é o aumento da pressão arterial, o que faz com que o coração precise fazer mais força para bombear o sangue.
Um dos grandes fatores contribuintes para o desenvolvimento da patologia é o consumo de sal em excesso. Entretanto, o envelhecimento, a falta de exercícios e o peso elevado também devem ser considerados.
A doença geralmente só provoca sintomas quando o paciente passa por uma crise, o que dificulta o diagnóstico. Pois será necessário fazer a medição da pressão arterial diversas vezes, em dias diferentes.
5. Infarto
O infarto é caracterizado pela interrupção do fluxo de sangue para o coração, geralmente devido ao entupimento de uma artéria por uma placa de gordura.
O principal sintoma da doença é uma dor aguda no peito, mas os pacientes também podem sofrer de tonturas, suores frios, dor no braço e mal-estar geral.
Veja também: Como prevenir o infarto melhorando sua qualidade de vida?
6. Endocardite
Neste caso ocorre uma inflamação do tecido que reveste o coração em sua parte interna. Essa inflamação é geralmente causada por microrganismos, como fungos, bactérias e vírus.
Entretanto, o problema pode surgir como uma complicação de outras doenças, dentre as quais é possível citar a febre reumática, o câncer e doenças autoimunes.
Os sinais do problema surgem ao longo do tempo e os principais são dor muscular, febre, suor excessivo, falta de ar e tosse persistente.
7. Arritmia
A arritmia cardíaca faz com que os batimentos do coração deixem de ser regulares, assim eles podem ser mais lentos ou mais rápidos do que o normal. As causas do problema incluem doença de chagas, doenças autoimunes e doenças cardíacas congênitas.
O paciente pode apresentar diversos sintomas, como dor no peito, suor frio, falta de ar e palidez.
8. Angina
A angina tem como principal característica a redução do fluxo sanguíneo para o coração, o que causa uma sensação de aperto e peso no peito, além de dor. Os pacientes apresentam acúmulo de gordura nas artérias, o que impede que o sangue flua normalmente até o músculo cardíaco.
O problema é mais comum em pessoas acima dos 50 anos, sobretudo em quem sofre de diabetes fora de controle, pressão alta e não leva uma vida saudável.
Além da dor no peito, o paciente pode se queixar de suor frio, falta de ar, sensação de queimação e dor que irradia para os membros superiores.
9. Valvulopatias
Essa enfermidade faz com que as válvulas do coração se tornem mais rígidas devido ao acúmulo de cálcio, o que reduz o fluxo sanguíneo. O problema é mais comum em homens a partir de 65 anos e em mulheres que atingiram os 75 anos.
A doença se desenvolve lentamente e não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Mas quando se torna mais grave o paciente passa a sofrer de dor no peito, falta de ar, cansaço, inchaço nas pernas e pés e sopro no coração.
10. Miocardite
É uma inflamação do músculo cardíaco resultante de uma infecção por microrganismos. Os sintomas clássicos são dor no peito, cansaço, falta de ar, inchaço nas pernas e irregularidade dos batimentos cardíacos.
Veja também: O que é o sedentarismo, quais o sintomas e como evitar
Diagnóstico
O diagnóstico de doenças cardiovasculares é realizado pelo cardiologista. Durante a consulta, o especialista irá avaliar os sintomas e o histórico familiar do paciente. Por isso é importante estar preparado para fornecer todos os detalhes necessários.
Além disso, o médico irá realizar um exame físico e, caso seja preciso, poderá solicitar 1 ou mais exames que irão fornecer detalhes do sistema cardiovascular, como:
- Ecocardiograma: é um exame que proporciona uma análise anatômica do coração, incluindo seu tamanho e padrão de contração, além da observação dos batimentos em tempo real;
- MAPA: a monitorização ambulatorial de pressão arterial é um exame no qual o paciente leva consigo um aparelho que irá monitorar sua pressão por 24 horas, possibilitando um diagnóstico mais preciso de doenças como a hipertensão, além de fornecer dados valiosos que auxiliam o médico na escolha do tratamento;
- Holter: é um exame similar ao MAPA, mas fornece uma visão mais completa da atividade elétrica do coração por meio de eletrodos ligados ao corpo do paciente por 24, 48 ou 72 horas, conforme a indicação médica;
- Cintilografia do Miocárdio: o principal objetivo desse exame é medir o fluxo sanguíneo nas artérias do coração. Ele é realizado de forma não invasiva com o auxílio de um equipamento que gera diversas imagens da área solicitada.
Tratamentos disponíveis para doenças cardiovasculares
O tratamento das doenças cardiovasculares vai variar conforme o tipo de patologia e a gravidade do problema. De forma geral, os cardiologistas receitam medicamentos para controlar a pressão, reduzir o esforço do coração e aumentar a força e a eficiência do músculo cardíaco.
Entretanto, há casos em que são realizadas cirurgias, por exemplo, em situações graves de infarto, quando é necessário devolver o fluxo sanguíneo ao coração.
Como se prevenir de doenças cardiovasculares?
Grande parte das dicas para prevenção de doenças cardiovasculares passam por mudanças no estilo de vida, como:
- Parar de fumar;
- Controlar o peso;
- Contratar um Seguro Saúde para ter acesso a atendimento médico, exames e tratamentos sempre que necessário;
- Se exercitar com regularidade, o que significa praticar uma atividade física de 3 a 5 vezes por semana por um período entre 30 e 60 minutos. Mas lembre-se de que é fundamental elaborar seu plano de exercícios com a ajuda de um profissional;
- Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas;
- Manter sob controle a pressão arterial, a glicose e o colesterol;
- Manter uma alimentação saudável, dando preferência a alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes, além de evitar sempre que possível açúcar, sal e alimentos industrializados no geral;
- Beber bastante água;
- Estabelecer uma rotina e criar momentos para realizar atividades relaxantes, pois isso é muito importante para reduzir o estresse do dia a dia.
Atualmente há um entendimento maior das doenças cardiovasculares, mas o modo de vida moderno, com acesso fácil a alimentação de baixa qualidade e o aumento do sedentarismo, tornou esse tipo de patologia cada vez mais comum. Por isso, fazer alterações no estilo de vida quanto antes é fundamental.
Além disso, visite o cardiologista regularmente, sobretudo se há histórico familiar desse tipo de doença, pois elas são silenciosas e o diagnóstico precoce ajuda no sucesso do tratamento.
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