Quando se compara a Geração Y, nascida entre 1981 e 1994, aos seus antecessores, é comum rotulá-la de superficial, arrogante e descomprometida. Isso porque essa geração não vê como fundamental ficar na mesma empresa por algumas décadas, por exemplo.
O conceito de estabilidade mudou e os “millennials” são vistos como insatisfeitos crônicos, que abandonam o barco ao menor sinal de contrariedade.
No entanto, um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, mostra que a fidelidade ainda é importante para a maioria dos 25 mil jovens (de 22 nacionalidades, incluindo o Brasil) entrevistados.
Mais de 60% deles afirmam que pretendem continuar em seu emprego pelos próximos nove anos e cerca de 44% gostariam de passar o resto da vida na empresa em que trabalham hoje.
O que mudou em relação aos pais e avós é que ficar é uma prioridade apenas se o emprego for flexível, oferecer estabilidade financeira para pequenos luxos e permitir dedicação à vida pessoal.
Para a coach Eva Hirsch Pontes, essa nova postura tem a ver com a descoberta de que a lealdade cobrada pelas companhias não é recíproca sempre. “A Geração Y assistiu à demissão dos pais por empresas a que dedicaram toda a vida”.
Assim, o jovem de hoje é mais crítico e mais cético em relação ao mundo corporativo, mas não irresponsável.
Um número ainda pequeno de empresas já está de olho nessas novidades e procura se adequar.
Uma delas é o Facebook, que passou a garantir licença maternidade remunerada de quatro meses para mães e pais, colocando como fundamental a necessidade de se dedicar à vida pessoal, independentemente do gênero.
Fonte: Exame